terça-feira, 5 de março de 2013

O papel dos profetas no Antigo Testamento



Jeremias 1: 1-10
Como era o profeta do Antigo Testamento? Como a Igreja primitiva via esses homens de Deus do passado e como exerceu o dom de profecia? Por que os livros dos profetas são chamados de maiores e ou menores? Qual a mensagem de cada um? E hoje, existe ainda profeta? Qual é o papel deles na Igreja? Se você não tem as respostas, mas quer estudar este necessário e atualíssimo assunto, apanhe sua Bíblia e acompanhe-nos.
Deus nunca desamparou seu povo. Sempre deu-lhe líderes, reis, sacerdotes, profetas e pastores. Porém, a influência marcante foi exercida pelos profetas; seu trabalho consistia de ensino e ação. Vejamos.
I - O PROFETA NO ANTIGO TESTAMENTO
a) O profeta -  O que poderia parecer mero descuido da Lei para o homem comum, era visto como um horrendo desastre pelo profeta, tal sua sensibilidade diante do pecado, Jr 2: 12, 13, 19. O profeta não somente ouvia a voz de Deus como sentia seu coração, Jr 6: 11; 20: 9. Tal sentimento era conseqüência de um estreito relacionamento com Deus, Am 3: 7; assim, compreendia melhor do que ninguém os propósitos de Deus para o povo com quem tinha um pacto.
b) A mensagem dos profetas normalmente continha advertências aos que colocavam sua confiança em outras coisas e não em Deus, tais como na sabedoria humana, Jr 8: 8, 9; 9: 23, 24; na riqueza, Jr 8: 10; na autoconfiança, Os 10: 12,13; no poder opressor;  em outros deuses.
Constantemente o profeta desafiava a falsa santidade  do povo judeu e tentava desesperadamente encorajar sincera obediência à Lei.
c) A dedicação - Os profetas eram homens totalmente dedicados a Deus. Detestavam o “meio" compromisso, a entrega parcial a Deus. A fidelidade ao Senhor deveria ser total. Isso implicava em esforçar-se para levar o povo a uma completa submissão a Deus. Os profetas não aceitavam uma sociedade injusta, mas lutavam pela manutenção dos princípios do pacto do Sinai e por eles davam a vida.  Condenavam especialmente a opressão social, ou seja, não admitiam que os mais ricos explorassem os que nada tinham, Am 4: 1. Também pregavam contra a bajulação aos abastados, usada para conseguir qualquer favor, Am 6: 1. Por esses posicionamentos, vemos que o povo de Deus tinha e tem de ser comprometido com o seu Deus e não com o homem. A mensagem profética é muito atual.
II - O PROFETA NA IGREJA PRIMITIVA
No Novo Testamento não há o ofício profético como havia no Antigo, mas há o dom de profecia,  I Co 12: 28, 29 e Ef 4: 11. Nessas passagens, o profeta é citado imediatamente após os apóstolos, e está associado aos mestres, como se vê na Igreja de Antioquia, At 13: 1. Eram também considerados alicerces (fundamentos) sobre os quais a Igreja foi edificada,  Ef 2: 20.
Os profetas do Novo Testamento tinham como função a proclamação e a predição; eram canais através dos quais Deus transmitia uma orientação especial à Igreja. Foi, por exemplo, o que fez Ágabo, At 11: 28; 21: 10 e 11; e Judas e Silas, At 15: 32. Esses homens, usados pelo Espírito Santo, tinham objetivos definidos em sua atuação, I Co 14: 3; tornando-os responsáveis pela pregação da mensagem completa sobre o pecado e a salvação, alertando sobre a ira e a graça de Deus.
Os profetas do NT não eram fonte de novas verdades doutrinárias a serem absorvidas pela Igreja e sim expositores da verdade já revelada por Jesus e pelos apóstolos.  Eram dotados do dom sobrenatural de conhecer, e com a liberdade de revelar, os “segredos do coração humano”, I Co 14: 24,25.
Para que o emocional e o humano não se impusessem ao divino, trazendo prováveis confusões, Paulo declara que outros cristãos experientes têm liberdade de julgar o que for profetizado, I Co 14: 29; ou seja, qualquer declaração profética está sujeita a exame e só pode ser aceita se for achada na mesma linha dos ensinos dos apóstolos, II Co 11: 4.
III - O PROFETA NA IGREJA HOJE
 Não se pode perder a noção de que a responsabilidade da Igreja Local e a sua direção espiritual estão com o pastor, que é auxiliado pelos presbíteros, no que lhes cabe, e por todos aqueles que possuem talentos e dons. É isso que se interpreta com base no significado do próprio título “pastor” (bispo) como está em  At 20: 28.
 Portanto, ao pastor cabe transmitir à Igreja as mensagens como diretrizes para o rebanho do Senhor. Segundo Ap 2: 1, 8 e 12, o pastor é o anjo protetor designado pelo Senhor para aquela localidade.  Logo, o que possui o dom de profecia deve alinhar-se com o pastor e ajudar a promover a paz e o crescimento do rebanho, I Co 14: 33, repreendendo as distorções sem se intimidar com os que agem como Jezabel, Ap 2: 20.
Para concluir, precisamos deixar claro que os profetas  canônicos existiram até João Batista, Mt 11: 13; mas no NT e, portanto, na Igreja, há o dom de profecia, que é concedido pelo Espírito Santo que habita no crente, II Co 6: 16. Todo crente, e aí se inclui também o pastor, foi comissionado por Jesus, Mc 16: 15, para transmitir ou expor sua mensagem, segundo a Bíblia a apresenta, falando em nome de Deus.
A maioria dos homens ainda não conhece e nem vive essas verdades e o Senhor está esperando que seus pregadores se despertem e anunciem sua santa vontade.






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