domingo, 27 de julho de 2014

LIÇÃO Nº 03 (EBD) - OBSTACULOS Á VIDA DE COMUNHÃO NA IGREJA.

 TEXTO BIBLICO: 1ª João Cap. 1.



 LEITURA DIARIA:

 Segunda Feira -------------=> 1ª João Cap. 1.

Terça Feira -----------------=> Salmo 133.

Quarta Feira ---------------=> Filipenses 2: 1 – 11.

Quinta Feira ---------------=> Efésios 2: 1 – 19.

Sexta Feira ----------------=> Mateus 18: 15 – 35.

Sábado --------------------=> João 1: 12 – 13.

Domingo ------------------=> Mateus 7: 1 – 5.

 Comunhão não é algo que se tem pronto. A comunhão estre pessoas precisa ser construída no relacionamentos. A própria palavra dimensão vertical de nossa comunhão com Deus não acontece de forma automática. Depende de esforço e muita disciplina horizontal da comunhão.

 Da mesma forma a dimensão horizontal da comunhão na igreja não acontece de uma hora para outra. Ela surge nos relacionamentos entre as pessoas que formam a comunidade cristã. Anteriormente considerávamos a importância de uma vida de comunhão entre os cristãos, como membros família de Deus.

 Surge então, a pergunta: por que o nível tão superficial de vida comunitária nas igrejas?

Quais as causas que impedem que os cristãos vivam uma vida de comunhão entre sí?

 A resposta a essas perguntas é de natureza complexas como a própria natureza do problema. Possivelmente existe um numero amplo que explicam o fenômeno psico-economico-social-espiritual da dificuldade de experimentarmos uma vida de comunhão frutífera e restauradora, de forma integral, da suade das pessoas em nossas igrejas.

 É bom ter na lembrança que a lista em análise não pretende ser exaustiva. Desafiando você e seu grupo a ampliarem essa lista a partir do que acontece em sua própria igreja ou congregação.

             1.       AUSÊNCIA DE CONVERSÃO.

 Pode acontecer  que aqueles que se reúnem como igreja a fim de cultuar a Deus não sejam cristãos de fato. Tem uma base cristã. Compartilham e defendem os valores cultura cristã. Seus pais foram ou são crentes, mas falta-lhes, como filhos, uma convicção de experiência pessoal e direta com a pessoa de Jesus Cristo. Em ultima análise, falta-lhes a experiência da conversão. Não nasceram de novo.

 Esse é fenômeno conhecido como o da segunda ou terceira geração de crentes. Esse grupo é formado por aquelas pessoas que nasceram no contexto da fé e se acostumaram aos valores cristãos. Sua vida, no entanto, se ressente da autenticidade dos que, pela fé no filho de Deus, recebem o direito de serem chamados filhos de Deus ( João 1: 12 – 13 e 1ª João 3: 1).

 Parece que as igrejas não estão preparadas para trabalhar esse problema. Na verdade, poucas igrejas têm consciência desse problema para dedicar a ele tempo necessário para desenvolver estratégias especificas que ajudem no seu equacionamento. No entanto, à medida em que avançamos na historia, esse fenômeno se torna mais crucial na vida das igrejas.

              2.       PECADOS NÃO CONFESSADOS.

 Um segunda causa pode ser o pecado não confessado na vida dos crentes. Não se trata de dizer genericamente que todos estamos em pecado. Significa a existência de pecados específicos, não confessados, os quais destroem em primeiro plano a nossa comunhão com os outros irmãos e irmãs;

 O pecado nos leva à desconfiança. Nos faz agir de forma camuflada. Temendo ser descoberto deixamos de ser espontâneo. Nossas conversas com outros se tornam superficiais em demasia. É sempre bom termos em casa memorias as palavras do apostolo João sobre o assunto (1ª João 1: 3 – 7).


          3.       INCAPACIDADE DE VIVENCIAR A GRAÇA DE DESUS.

 A falta de comunhão entre os crentes pode ser o resultado de nossa incapacidade de crermos o suficiente na graça de um Deus de amor revelado em Jesus Cristo.

 Falamos muito da garça mas somos incapazes de viver a graça em nossas experiência cotidiana. Predomina no seio da igreja uma atitude legalista, de condenação das pessoas junto aos seus erros. Não separamos as pessoas dos seus erros e generalizamos nosso conceito sobre elas. Gostamos de exercer o papel de Juiz dos outros em flagante desobediência ao mandamento de Jesus.(Mateus 7: 1 – 5. 18: 15 – 35). Olhamos mais para fora, para os outros, do que para nós mesmos.

 Assim procedendo temos dificuldade de cumprir o que o apostolo Paulo recomenda: Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Gálatas 6: 1.

 De acordo com esse ensino a igreja deveria funcionar como um hospital a fim de restaurar a saúde das pessoas em todos os sentidos, principalmente no plano espiritual. O ambiente na igreja deveria ser o mais saudável possível para que as pessoas ficassem á vontade para colocar para fora os seus problemas, sabendo que seriam compreendidas. Mas ao invés de agir assim, as igrejas tem se transformado em verdadeiros centros de contaminação e discursão de enfermidade pessoais e sociais.

 Tendo em vista um ambiente como esse, quem, em sã consciência, se habilitaria  a compartilhar problemas pessoais em um nível mais profundo.

             4.       A ESTRUTURA FUNCIONAL DA IGREJA.

 A estrutura funcional da igreja pode dificultar a comunhão. Uma estrutura hierárquica centralizadora tende a afastar as pessoas uma das outras. Essa estrutura pode ser muito formal. O próprio arranjo dos bancos no santuário pode tomar-se um obstáculo neste sentido.

 Bancos em fileiras fazem com que as pessoas se conheçam pelas nucas umas das outras. Bancos arranjados em forma circular fazem com que as pessoas olhem para os rosto umas das outras, o que facilita um contato mais pessoal entre elas.

 A igreja pode ser tão grande em numero de membros que as pessoas se perdem em sua grandeza. As igrejas muito grandes, no dizer de John stott tendem a ser agregações. Transformam-se em agregações de pessoas que não tem relação entre si.

 Isto tem levado algumas igrejas grandes  a desenvolverem a estratégia de trabalho em pequenos grupos a fim de aprofundar o sentido de comunhão entre os seus membros. São grupos de dez a doze pessoas que se reúnem uma vez por semana na casa de um de seus componentes para estudar a bíblia, compartilhar problemas, orar uns com os outros, demostrar solidariedade, recrear-se e ate mesmo “jogar conversa um pouco de fora”, sentindo-se como gente. Tudo o que se puder fazer para facilitar e aprofundar a comunhão entre os crentes ainda será pouco.

             5.       O ESTILO DE LIDERANÇA.

 O estilo de liderança do pastor e da equipe ministerial também pode ser uma das causa do baixo nível de comunhão na comunidade cristã. Pastores cujo estilo de liderança é muito formal se tornam distantes e suas ovelhas correm o risco de assumir esse comportamento na relação umas com as outras. Essa é uma razão pela qual os grupos carismáticos estruturados mais ao estilo de comunidade cristãs, geralmente mais informais, crescem de forma assustadora.

 Seria bom se as igrejas de corte mais tradicional fizessem uma avaliação de sua estrutura e estilo de funcionamento a fim de introduzir as mudanças que venham a atender à necessidade de comunhão por parte dos seus membros.

             6.       OS GRUPOS DE ELITE.

 Entendemos por elitismo, a atitude superior demostrada por alguém que produz um comportamento baseado na exclusividade. Trata-se de uma tendência satânica pois induz o conceito de segregação por classes dentro da igreja. Onde predomina o elitismo torna-se impossível vivenciar a verdadeira comunhão.

 No elitismos as pessoas constroem barreiras entre si. Na comunhão as barreiras são derrubadas pois as pessoas passam a ter as coisas em comum. Os assim chamados”grupos de elite” na igreja têm sido uma pedra de tropeço no sentido de impedir que os crentes desfrutem a benção de uma vida em comunhão (Salmo 133).

 A leitura e estudo de Filipenses 2: 1 – 11 nos lembra do exemplo de Deus que tomou-se servo entre nós para revelar –nos o amor, a graça e a salvação de Deus para todo gênero humano. 

            7.       A AUTO-SUFICIÊNCIA.

 Precisamos reconhecer, como o afirma Thomas  Merton, que “ homem algum é ilha”. Não pode haver comunhão quando as pessoas não percebem que dependem umas das outras. É uma atitude de orgulho que distancia as pessoas entre si.

 A hipocrisia predomina nessa atitude por criar a falsa impressão de que uma pessoa é melhor que a outra. Quem pesa dessa maneira jamais terá disposição para compartilhar seus problemas pois terá dificuldade de solicitara juda ao seu irmão ou irmã. Qualquer que seja a fonte da auto-suficiência, ela exclui por completo a comunhão.

           8. A VIDA EM FAMÍLIA PRESSUPÕE A VIDA EM COMUNHÃO.

 Escrevendo aos efésios (2: 19) “Paulo assim se expressa: Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus...”. Essa é uma verdade substancial que nos é dada pela revelação de Deus. A metáfora da família se aplica bem à igreja. No plano de Deus, as pessoas na igreja deviriam se considerar realmente como irmãos e irmãs.

 Numa família temos:


       1)      Origem comum;   

      2)      Vida em comum;

      3)      Identidade de proposito;

      4)      Diferença decorrente das personalidades de cada um;

      5)      Disposição para ajudar;

      6)      Ambiente favorável para compartilhar problemas;

      7)      Solidariedade.

 Dentre todos esses fatores destaca-se os que pressupõem a comunhão familiar. Esse é um fato psicossocial: a vida em família implica necessariamente numa vida de comunhão.

 Como é difícil quando numa família, surgem disputas e contendas que impedem a comunhão dos seus membros. Da mesma forma, como membros da família de Deus,  deveríamos nos esforçar por desenvolver a comunhão no mais extremo e profundo de que somos capazes. Isso será sem duvida algo que glorificará o nosso Pai que está no céu.

              CONCLUSÃO!


 Há muito por fazer com relação à comunhão a ser desfrutada e evidenciada pelos salvos em cristo. E, na Bíblia, temos diversos indicadores e princípios sobre a maneira pela qual podemos desenvolver a vida de comunhão no ambiente da igreja. isso implica em desenvolvera vida corporativa, o sentido de estar juntos, as atitudes e a mutualidade na igreja. são princípios tirados da palavra de Deus. Eles devem ser vistos no seu conjunto e não tratados de forma isolada.

 Em última análise tais princípios representam aquilo que nós, como cristão devemos uns aos outros.

 Vamos conhecê-los a fim de coloca-los em pratica?


 Autor: Pr. Darci Dusillek: Bacharel em teologia, licenciado em filosofia, especialista em documentação científica e mestre em ciência da informação. Foi professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, da Universidade do Rio de Janeiro, da PUC e da Universidade Gama Filho, todos no Rio de Janeiro.



É autor do conhecido Livro: A Arte da Investigação Criadora.

Em janeiro de 2006 lançou seu último livro: O Que Deus Sabe Sobre o Meu Futuro? — a doutrina da predestinação e eleição à luz da Bíblia, da teologia e da cosmologia.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

LIÇÃO Nº 02 (EBD) – O QUE É COMUNHÃO?



 TEXTO BÍBLICO: ATOS 2: 42 – 47.

 LEITURA DIÁRIA:

 Segunda Feira -------=> Atos 1: 1 – 2.

Terça Feira----------- => Atos 1: 13 – 20.

Quarta Feira ---------=> Atos 1: 21 – 26.

Quinta Feira ---------=> Atos 2: 1 – 13.

Sexta Feira ----------=> Atos 2: 14 – 21.

Sábado ---------------=> Atos 2: 22 – 36

Domingo -------------=> Atos 2: 37 – 47.

 Um dos grandes problemas da vida moderna é a falta de relevância que as pessoas sentem em termos de sua individualidade. A sociedade moderna tem deixado pouco espaço para que as pessoas se relacionem. O fenômeno da urbanização, apesar de reunir milhares de pessoas em uma mesma área geográfica, tem provocado o efeito colateral do distanciamento entre as pessoas.

 Esbarramo-nos uns nos outros, mas não nos comunicamos. Vemos pessoas em diferentes situações, mas temos receio de desenvolver relacionamento significativo com elas. Se é verdade que nunca estivermos tão uns do outro em termos físico, não menos verdade é que nuca estivermos tão distante em termos de relacionamento pessoais. Temos medo de nos expor. Temos medo de compartilha problemas. Apavoramo-nos com a ideia de que alguém invada a nossa privacidade. Ao invés de aprofundarmos nossas relacionamentos  em termos pessoais, recolhemo-nos nas cavernas em que se transformaram nossas casas e apartamento. E o que não dizer dos verdadeiros presídios representado pelos condomínios.

 Nossos relacionamentos, em consequência, são por demais superficiais. Ate mesmo a forma de cumprimentarmos os outros denuncia a nossa a nossa incapacidade – ou seria melhor dizer, falta de vontade?  - de conhecer melhor as pessoas comas quais nos relacionamos no dia a dia de nossas vidas.

 Quando cumprimento alguém perguntamos: “Como vai? Vai tudo bem?” E as pessoas respondem: “Sim, vai tudo bem, e você?” temos receio de que a pessoa fale que não esta bem, que esta enfrentando algum tipo de problema pois caso isso aconteça, nos veremos na contingencia de parar a fim de escuta-la. Neste caso, o “vai bem?” funciona como uma espécie de coerção para que a pessoa nos responda de forma convencional.

 Por outro lado, a pessoa que nos responde prefere dizer que esta “tudo bem”, pois não desenvolveu a confiança necessária para compartilhar problemas a nível mais profundo.  Desta forma vivemos a farsa de relacionamentos amistosos, aparente. Quando enfrentamos crises profundas, entramos em depressão por não termos com quem compartilhar os problemas. Muitas pessoas se desesperam e atentam contra a vida.

 Deus tem um remédio para tudo isso. Através da igreja de Jesus Cristo temos a chance de viver a gostosa experiência de comunhão solidaria. A nossa comunidade formada pelos salvos que respondem com fé à graça de Deus revelada em Jesus Cristo, de acordo com o plano do pai celestial, deve ser e promover o ambiente necessário e indispensável para que as pessoas desenvolvam relacionamentos significativos no aqui e no agora de suas vidas.

       1)    COMUNHÃO: QUE BICHO É ESSE?

 Quando você ouve a palavra comunhão, que tipo de imagem se forma em sua mente?

Um cafezinho ou um lanche na cantina da igreja?

A conversa com seus irmão e irmã em Cristo, depois que o culto termina?

Uma viagem turística a Israel com um grupo de pessoas?

Uma atividade de grupo na igreja?

 Temos o hábito de utilizar a palavra comunhão para designar a nossa participação em atividades como essas. Mas esse uso da palavra comunhão é equivocado. O fato de participarmos de atividades sociais com outras pessoas na igreja, não significa necessariamente que temos comunhão com elas. Não se nega que que tais atividades tenham o seu lugar na vida da igreja. Mas coloca-las como se fossem sinônimas de comunhão é um abuso da linguagem Cristã.

 Esse é um abuso perigoso. Leva a decepção por nos induzir ao pensamento de que estamos mantendo comunhão uns com os outros quando na verdade, o nosso ser interior está faminto por falta de verdadeira comunhão.

 COMUNHÃO É UMA DAS GRANDES PALAVRAS DO NOVO TESTAMENTO

 Detona algo que é vital para a saúde espiritual do Cristão e que tem um significado central para a verdadeira vida da igreja. é de suma importância portanto, que esclarecemos o seu real sentido no cristianismo.

 A palavra comunhão aparece na primeira descrição que o novo testamento nos dá sobre a vida da jovem igreja Atos 2: 42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na “comunhão...conversas, lanches, viagens turísticas? Não; para os cristãos primitivos comunhão era uma palavra que detonava algo de uma outra natureza e de um nível mais profundo.

 A continuação da leitura de Atos cap. 2 nos esclarece o sentido e a profundidade da palavra comunhão.

 Veja Atos 2: 42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. 43 E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. 44 E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. 45 E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. 46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, 47 Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

 A luz desse quadro fica evidente que estamos bem longe de experimentar a verdadeira comunhão. Uma grande quantidade de atividade que denominamos de comunhão não tem nada a ver. Dai a importância de resgatarmos o sentido da verdadeira comunhão no novo testamento, a fim de viver essa experiência no aqui e no agora de nossas vidas, como participantes do Corpo de Cristo – A igreja.

 Na língua grega, idioma em que foi escrito o novo testamento, a palavra que é traduxida por comunhão é “koinonía" . Essa palavra  expressa a ideia de participação, de ter algo em comum com alguém mais.

Veja 1º Cor. 10: 16  Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo? 17 Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão.1º Cor. 6: 14 Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder.1º Cor. 13: 13  Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor. Diz respeito ás coisas que compartilhamos uns com os outros e as quais nos relacionamos. Um companheiro, por exemplo, é koinonós.
Essa comunhão pode assumir duas formas:Você pode permite que uma outra pessoa participe daquilo que você tem ou faz; Ou você pode participar daquilo que uma outra pessoa tem ou esta fazendo. Na comunhão cristã  essa duas formas tem o seu lugar.

      2)    A DUPLA DIMENÇÃO DA COMUNHÃO CRISTÃ.

 A comunhão cristã tem uma dupla dimensão: É primeiramente vertical e, depois horizontal. O plano horizontal da comunhão que é a nossa preocupação imediata, pressupõe a dimensão vertical como garantia de nossa própria existência. A dimensão vertical como da comunhão foi descrita pelo apostolo João quando ele escreveu: O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. 1ª João 1: 3 é essa comunhão que identifica um cristão.

 De fato, João evita uma definição precisa de um cristão. Ele apenas diz que a pessoa que não esta em comunhão como pai e com o filho, por mais piedosa que possa parecer aos nossos olhos, não é cristã.

 Já a dimensão horizontal da comunhão é o compartilhar habitual, o constante dar e receber um do outro, que deve caracterizar o verdadeiro e autentico padrão de vida para o povo de Deus. A comunhão com Deus, portanto, é a fonte de onde se origina a comunhão entre os cristãos. A comunhão com Deus é o fim ultimo a ser alcançado. A comunhão cristã é um meio para se atingir essa meta.

 Consequentemente, não deveríamos considerar a nossa comunhão com os outros cristãos como um tipo de capricho espiritual ou como um acréscimo aos nossos exercícios devocionais privados! Pelo contrario! A comunhão é algo essencial a vida própria cristã! Devemos reconhece-la como uma como uma necessidade espiritual, pois Deus nos fez de tal maneira que a nossa comunhão com ele seja alimentada pela nossa comunhão com os nossos irmãos em Cristo.

 Precisamos alimenta-la constantemente para que possamos aprofundar e enriquecer a nossa comunhão com o próprio Deus.

 CONCLUSÃO!!!

 “TER COISAS EM COMUM, ViVER COM PESSOAS EM COMUM”. É isto o que a verificamos na vida das igrejas na atualidade?Vivemos realmente aquilo que é chamado no novo testamento de comunhão dos santos, como família de Deus?

 Parece que a realidade que observamos é bem diferente. Em muitas igrejas, hoje, seria difícil reconhecer que os cristãos têm qualquer coisa em comum, a não ser que se reúnem para cultuar a Deus em conjunto, em um período determinado do dia de domingo, num lugar especifico chamado templo ou santuário. Terminando o período de culto suas vidas não se tocam mais.

Caminham por direções completamente separadas e distantes.

Não oram um pelo o outro.

Não se ajudam mutuamente.

Algumas vezes nem mesmo se conhecem.

 Que tipo de comunhão é essa?

Será que esse tipo de convivo social e superficial pode ser chamado de comunhão?

 Carente de relacionamento significativo, os membros da igreja irão procura-lo em outros lugares como: Clubes de serviço ou recreativo, grupos sociais profissionais, seitas religiosas emergentes, misticismo oriental, ou outras igrejas cuja proposta procuram suprir essa necessidade básica de pertencer e de sentirem-se relevantes, ou valorizados, em termos pessoais.

 QUAIS AS PROVÁVEIS CAUSA DESSA SITUAÇÃO?

 Por que as igrejas, em grande numero, não tem conseguido suprir a necessidade de comunhão entre os seus membros, uma vez que, de acordo com o ensino  da bíblia, a comunhão é parte inseparável de sua natureza de ser?

 Por outro lado, como desenvolver a vida de comunhão na vida da igreja, de acordo com o novo testamento?

 Isto é o que vamos procurar responder no próximo estudo.

  

Autor: Pr. Darci Dusillek: Bacharel em teologia, licenciado em filosofia, especialista em documentação científica e mestre em ciência da informação. Foi professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, da Universidade do Rio de Janeiro, da PUC e da Universidade Gama Filho, todos no Rio de Janeiro.



É autor do conhecido: A Arte da Investigação Criadora.

Em janeiro de 2006 lançou seu último livro: O Que Deus Sabe Sobre o Meu Futuro? — a doutrina da predestinação e eleição à luz da Bíblia, da teologia e da cosmologia.

domingo, 20 de julho de 2014

LIÇÃO Nº 01 (EBD) – QUE TIPO DE COMUNHÃO É A IGREJA?



/TEXTO BÍBLICO: Hebreus 12: 22 – 23.


Leitura diária:


Segunda Feira -----------=> Hebreus 12: 1 – 9.

Terça Feira ---------------=> Hebreus 12: 10 – 13.

Quarta Feira -------------=> Hebreus 12: 14 – 18.

Quinta Feira -------------=> Hebreus 12: 19 – 25.

Sexta Feira ---------------=> Hebreus 12: 26 – 29.

Sábado --------------------=> Hebreus 12: 30 – 33.

Domingo -----------------=> Hebreus 12: 34 – 39


A julgar pelo comportamento de muitos cristão nos dias  atuais, parece estar lhes faltando uma consciência clara sobre a natureza, proposito e missão da Igreja. Ser membro de uma igreja parece estar se tornando igual a pertencer a um clube social ou de serviço. A comunhão superficial que as pessoas mantem entre sí, no ambiente da igreja, faz com  que elas procurem suprir essa falta participando de outras alternativas de agrupamentos social.


Precisamos nos aprofundar, com urgência, o sentido ser cristão e de pertencer ao corpo de cristo. Precisamos recuperar compreensão do tipo de comunhão que é a igreja, a fim de reconhecer o privilegio que temos de pertencer à família de Deus. Temos necessidade  de vivenciar essa comunhão em todas as dimensões.


No terceiro milênio os grupos sociais que estiverem aptos a oferecer condições de as pessoas se relacionarem em um nível mais aprofundo, terão encontrado a chave para o seu crescimento e para se tornarem um grupo de referencia para as pessoas que deles fizerem parte.


Quando lemos Hebreus 12: 22 Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; 23 À universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; 24 E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel. 25 Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus... Aqui vamos perceber que, para o autor dessa carta (escrita em tempos de perseguição e crise, o tipo de comunhão que constitui a igreja em sua essência, não encontra paralelo em nenhum outra organização existente no mundo.


A IGREJA É A ÚNICA ORGANIZAÇÃO DE SUA ESPECIE DO MUNDO.


                O que o autor inspirado esta querendo nos transmitir é o sentimento que predomina nas primeiras gerações de cristãos sobre o pertencer à igreja. Esse é o sentimento que deveria predominar em nossas mentes e corações também hoje. Ele esta tentando nos dar uma ideia da extraordinária e rica herança que recebemos ao pertencermos à igreja, o corpo de cristo. É como se ele nos perguntasse: com quem vocês estão se encontrando quando se reúnem? A reposta nos é dada pelo texto de Hebreus, primeiramente em termos negativo Hb.12: 18 Porque não chegastes ao monte palpável, aceso em fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade, 19 E ao sonido da trombeta, e à voz das palavras, a qual os que a ouviram pediram que se lhes não falasse mais; 20 Porque não podiam suportar o que se lhes mandava: Se até um animal tocar o monte será apedrejado ou passado com um dardo.  21 E tão terrível era a visão, que Moisés disse: Estou todo assombrado, e tremendo. Ele lembra a experiência ao pé do Monte Sinai, como as nuvens, relâmpagos e trovões que aterrorizavam o povo. Os cristãos não haviam chegado ao velho sistema rígido de exclusão, onde apenas Moises poderia falar com Deus e o povo de Israel tinha de ficar á distancia para não morrer. Em termos positivo, ele afirma que os cristãos chegaram ao Monte Sião, a miríade de anjos em procissão festiva, à igreja dos primogênitos inscritos nos céus a Deus que é o juiz de todos, e aos espíritos dos justos que já partiram, a Jesus e ao sangue da aspersão do novo pacto. Essa é a vossa herança declara ele aos destinatário da carta. Essa é verdade sobre a igreja em adoração.


TEMOS ESSA CONSCIÊNCIA HOJE?


Vamos aprofundar a nossa compreensão do texto, a fim de resgatar o elevado privilegio de pertencer à comunhão da igreja de cristo aqui na terra.


      1)      A IGREJA É UMA COMUNHÃO ESPIRITUAL.


É como se autor nos declarasse que temos contato direto como o mundo espiritual invisível, que é a realidade ultima de todas as coisas. Não somos prisioneiros detrás das barras limitadoras de uma curta existência terrena, onde respiramos o ar sufocante de uma filosofia materialista. Temos horizontes amplos a frente! Respiramos o ar puro da verdade espiritual.


Devemos nos abster entretanto, de colocar a dimensão do mundo espiritual contra a dimensão do mundo secular, há uma distinção, em termos de valores e de soberania entre o mundo espiritual e o mundo secular. O evangelho não nos aliena deste mundo. Deus se encarnou na historia dos seres humanos. É impressionante no mundo em que vivemos que devemos nos fazer presentes em nome de Deus, como testemunha da verdadeira vida.


      2)      A IGREJA É UMA COMUNHÃO UNIVERSAL.


O autor de Hebreus não esta pensando na igreja gloriosa e triunfante  na eternidade mas, antes, numa igreja inserida na historia da sociedade humana. Ele escreve de um ponto localizado na historia para pessoas que vivem a sua própria historia. Aqueles que pertencem a jesus Cristo, ele declara, que eles não estão isolado ou solitários. Eles agora fazem parte da maior comunhão que pode existir sobre a face desta terra: A IGREJA UNIVERSAL!


O conceito Mais básico e fundamental de igreja é o da igreja formada por todos os salvos, em todos os lugares, de todas as raças, do passado, do presente e do futuro. Já é um fato glorioso pertencermos a uma comunhão que não conhece fronteiras de qualquer tipo no tempo que se chama hoje. Mas o alcance da realidade da igreja universal é de natureza transcendental. A igreja já é um igreja gloriosa e vitoriosa aqui na historia. Porem, sua vitória é eterna porque é garantida pela vitória do Senhor Jesus contra todas as potestades e poderes visíveis e invisíveis.


Efésios 1: 10  De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;


Efésios 3: 6  A saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; 7 Do qual fui feito ministro, pelo dom da graça de Deus, que me foi dado segundo a operação do seu poder. 8 A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, 9 E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo; 10 Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, 11 Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor, 12 No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele.


Um dos hinos composto por Faber declara: “ tornamos o amor de Deus estreito demais por limites falsos que nós mesmos atribuímos a ele”. Podemos dizer que fazemos o mesmo com relação a igreja. tornamos a igreja de Cristo muito estreita e pequena por meio dos preconceitos e limites falsos que lhe atribuímos. Tornamos a igreja de Jesus Cristo em nossa igreja particular como se fossemos donos dela. Mas a igreja é uma comunhão universal.


A despeito de todos os nossos preconceito e limites humanos, ela continua sendo uma comunhão universal. Não há outro tipo de comunhão social, politica, filosófica ou internacional que possa se comparar a comunhão universal da igreja. e cada vez que nos reunimos para cultuar como igreja, afirma o autor de Hebreus, “temos chegado a universal assembleia dos primogênitos”.


      3)      A IGREJA É UMA COMUNHÃO INMORTAL.


O autor agora se encontra, (podemos perceber) do outro lado do rio e comtemplar a igreja universal e triunfante na eternidade. Ele contempla os milhares de olhares das hostes celestes que cantam o TE DEUM das regiões celestiais: “Digno é o cordeiro que foi morto, de receber poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra e glorias e bênçãos”.


Quando nos reunimos para louvar e adorar ao senhor e nos prostramos diante do trono da majestade de Deus, o escritor sagrado nos declara que os nossos irmãos que já partiram para eternidade tocam muitoproximos de nós. A tão grande nuvem de testemunhas (Heb. 12: 1) nos cerca de forma especial. É desse modo que a comunhão imortal se torna uma realidade concreta da qual participamos com a historia de nossas vidas, como a historia de pessoas e comunidade. Que grande privilegio é esse que temos de pertencermos à comunhão imortal da igreja.



       4)      A IGREJA É UMA COMUNIDADE DIVINA.


Quando você se reúnem para cultual e louvar ao Senhor, ele nos escreve – chegando e tocando no próprio coração a essência da matéria, vocês se aproximaram de Deus, conforme revelado em Jesus. De fato se não fosse assim, todas as coisas gloriosas de que falou seria insuficiente e se desvaneceriam, como a neblina ao amanhecer do dia.


É realidade divina de jesus Cristo, o Senhor da igreja, que dá sentido à comunhão formada pelos salvos aqui na terra. Diferente dos outros grupos humanos, por mais nobres que sejam ou possam vir a ser. A igreja é incomparável!


Não há nada que se lhe assemelhe na face da terra. A igreja é uma comunhão cuja natureza essencial é divina. Você acha que muitos crentes se ausentariam da reunião dos salvos, formada pela igreja, caso tivessem uma consciência clara sessa realidade?


      5)      A IGREJA É UMA REUNIÃO REDENTIVA.


O grande problema que enfrentamos é o problema do pecado. São as nossas fraquezas que, não resistindo as tentações sutis de satanás, nos fazem desejar coisas que nos afastam de uma vida de consagração a Deus. Porem, o que o autor de Hebreus afirma é queque todos igualmente somos carentes e necessitados da graça redentiva de Deus.


E nós, os que já experimentamos essa graça retentiva e o perdão de Deus, tendo sido purificados pelo sangue da aspersão de Jesus Cristo, devemos agora levar essa mensagem a todos os seres humanos a fim de que conhecermos a graça de Deus e sejam salvos.


A igreja não existe como um fim em si mesma. Ela existe para glorificar a Deus aqui na terra através de vidas transformadas e edificadas pelo Senhor Jesus, de acordo com a orientação do Espirito Santo, e tem a missão de proclamar as boas novas a todas as pessoas na face da terra.


As pessoas de todas as raças, tribos e nações precisam ter uma oportunidade valida de serem confrontadas com a manifestação do amor de Deus, revelado em Jesus Cristo (Pacto de Lausanne) e, assim, possam responder aceitando ou rejeitando a pessoa do filho de Deus. Não é um privilegio fazer parte dessa comunhão?


CONCLUSÃO


Bom seria se cada crente reavaliasse a sua vida em função de sua participação na vida e ministério da igreja à qual pertence.


A IGREJA É COMUNHÃO.


Para o autor de Hebreus, a igreja é uma comunhão espiritual, universal, imortal, divina e redentiva. Lamentavelmente é que muitos cristão tenha banalizado o privilegio de pertencer a uma comunhão de natureza tão peculiar e especial.


É tempo de voltarmos ao primeiro amor!

É tempo de nós voltamos para Deus!


Faça um voto hoje, você com o seu Deus, de participar ativa e fervorosamente da comunhão formada pela igreja, as qual você é parte integrante, mercê do amor de Deus revelado em cristo Jesus.


Antes de colocar defeitos nos seus irmãos e irmãs, olhe para sí mesmoe verifique se o problema não esta em você. Vá e se reconcilie com o irmão ou irmã que porventura tenha cometido alguma falta contra você.


AJUDE A SUA IGREJA A DESENVOLVER A COMUNHÃO!


Deus deseja que a igreja seja o melhor lugar da terra para se estar e viver.

Ele deseja que todos desfrutem da comunhão e da salvação outorgada pelo filho de bendito do seu amor.




Autor: Pr. Darci Dusillek: bacharel em teologia, licenciado em filosofia, especialista em documentação científica e mestre em ciência da informação. Foi professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, da Universidade do Rio de Janeiro, da PUC e da Universidade Gama Filho, todos no Rio de Janeiro.



É autor do conhecido: A Arte da Investigação Criadora.

Em janeiro de 2006 lançou seu último livro: O Que Deus Sabe Sobre o Meu Futuro? — a doutrina da predestinação e eleição à luz da Bíblia, da teologia e da cosmologia.