quinta-feira, 6 de junho de 2013

Um titulo que ninguém quer.

Estou impressionado com a quantidade de títulos eclesiásticos criados  nos últimos anos. De apóstolo, a apóstolo embaixador, o que mais temos no meio evangélico é o culto a hierarquia institucionalizada.  

Há pouco ouvi um relato de uma irmã  que ao dirigir-se a um senhor chamou-lhe de irmão. Para surpresa dela, o homem de modo sisudo respondeu firmemente dizendo: Irmão não. Pastor. Por favor me chame de pastor.

Pois é,  lamentavelmente alguns dos líderes evangélicos tupiniquins tem demonstrado ao longo dos anos uma enorme fome por titulos. Se não bastasse os oficios e titulos convencionais, esta corja aproveitadora, inventou outros tantos mais. Nesta perspectiva  multiplicaram-se os apóstolos, apareceram os profetas da restauração que a reboque  fabricaram os titulos de paipostolo,  Patriarca  Apostólico, Principe de Israel, dentre tantos outros mais.

Caro leitor, essa busca desenfreada por títulos e oficios me enoja. A questão é que essa galera descompromissada com as Escrituras prefere a ostentação de uma função eclesiástica a ser um simples servo. Aliais, o termo servo, definitivamente caiu em desuso.  Todavia,  ao contrário do que deveria ser, parte da igreja evangélica brasileira esqueceu  das Palavras de Jesus que nos ensina que todo aquele que deseja ser grande deve aprender a servir.

Jesus os chamou e disse: "Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos". Marcos 10:42-45

Lamentavelmente os homens querem ostentação, sem contudo entenderem que somos e fomos chamados para servir àqueles que conosco se relacionam. Como bem afirmou Thomas Brooks, "os cristãos que permanecem no serviço do Senhor precisam considerar mais a cruz do que a coroa." 

Prezado amigo, quem somos nós? Que possuímos nós? Ora, não somos nada! Como bem disse o reformador Martinho Lutero, nós não passamos de  sacos de esterco, servos inúteis carentes da graça e da misericórdia de Deus.

Pense nisso!

fonte - Renato Vargens => www.renatovargens.blogspot.com.br

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