terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Bebidas alcoólicas, bebo ou não?





“O vício pode começar com o primeiro gole”

Seja sábio
O vinho é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio.
Provérbios 20. 1 (arc)

Este versículo descreve a natureza e o mal em potencial da bebida fermentada. Note a prescrição da bebida embriagante juntamente com os seus efeitos.

(1) - O vinho, como “escarnecedor”, freqüentemente leva ao escárnio e zombaria daquilo que é bom (cf. 9.7, 8; 13.1; 14.6; 15.12). As bebidas alcoólicas, por serem “alvoroçadoras”, freqüentemente causam distúrbios, inimizades e conflitos nas famílias e na sociedade.

(2)- O vinho e as bebidas embriagantes são chamados escarnecedores e alvoroçadores independentemente da quantidade ingerida.

(3)- “Aqueles que neles errar”, por julgar que as bebidas embriagantes são admissíveis, boas, saudáveis, ou inócuas, se ingeridas com moderação, desconsidera a advertência clara das Escrituras 23. 29-35).

(4)- Esta condenação da bebida alcoólica não significa que a Bíblia condena o uso de todos os tipos de “vinho”. Yayin, a palavra hebraica comum para “vinho” no AT, freqüentemente se refere ao suco de uva não fermentado. A Bíblia não condena o uso de vinho não fermentado (ver 23. 29-35 notas; ver o estudo O vinho nos tempos do Antigo Testamento, p.241). (bep)

Seja inteligente

A incontinência, e o vinho, e o mosto tiram a inteligência.
Oséias 4. 11 (arc)

O espírito de prostituição, quer associado ao vinho velho, quer ao novo (mosto), destruía o juízo e o discernimento dos caminhos de Deus. O vinho novo não fermentado (i.e., tirosh), em si, não deixa de ser uma benção (ver Is. 65. 8 nota), mas associado a atividades malignas, tais como a prostituição e a idolatria, faz-se maldição para todo o povo de Deus. (bep)

Encha-se do Espírito Santo

Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito.
Efésios 5. 18 (benvi)

Paulo faz um contraste entre se embriagar com o vinho, que produz uma temporária sensação de “bem-estar”, e ser cheio do Espírito, que produz uma permanente alegria. Embriagar-se com vinho está associado à antiga forma de vida e aos seus iníquos prazeres. Em Cristo, gozamos de uma alegria superior, mais elevada e mais duradoura, que cura nossa depressão, monotonia ou tensão mental. Não devemos nos preocupar com o quanto temos do Espírito Santo em nós, mas com o quanto nossa vida está entregue a Ele. Submeta-se diariamente à sua orientação e obtenha d`Ele forças. (beap)

Conclamação

Acordem, bêbados, e chorem! Lamentem-se todos vocês, bebedores de vinho; gritem por causa do vinho novo, pois ele foi tirado dos seus lábios.
Joel 1. 5 (benvi)

Bêbados. Embora Joel conclame ao arrependimento, a embriaguez é o único pecado específico mencionado no livro. Pressupõe um modo egoísta de vida, de satisfazer as próprias vontades (cf. Is. 28. 7,8; Am. 4.1), seguido pelos que dão mais valor às coisas materiais que às espirituais. Chorem. Vários segmentos da comunidade (os bêbados, aqui; a população em geral, v8; os agricultores, v.11; os sacerdotes, v. 13) são conclamados a lamentar-se. A destruição das vinhas pelos gafanhotos deixa os bêbados sem vinho para beber. (benvi)

Não se deixe atrair pelo vinho

Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.
Provérbios 23. 31 (arc)

Este versículo adverte sobre o perigo do vinho (hb. yayin) uma vez fermentado. Portanto, o yayin a que se refere esta passagem deve ser distinguido do yayin não fermentado. Fermentação é o processo pelo qual o açúcar do suco de uva converte-se em álcool e em dióxido de carbono.

(1) – O verbo “olhar” (hb. ra’ah) é uma palavra comum que significa “ver, olhar, examinar” (cf. Gn. 27.1); ra’ah é também empregado no sentido de “escolher”, o que sugere que não devemos olhar com desejo para o vinho fermentado. Deus instrui seu povo a nem sequer pensar em beber vinho fermentado; nada se diz nesta passagem sobre beber vinho com moderação.

(2)- o adjetivo “vermelho” (hb. ‘adem) significa “vermelho, avermelhado, rosado”. Segundo o Lexicon de Gesenius, isso refere-se à “efervescência” do vinho no copo, i.e., seu borbulhar cintilante.

(3)- A frase seguinte: “quando resplandece no copo”, diz literalmente “quando [o vinho] dá olho no copo”. Trata-se das bolhas de dióxido de carbono produzidas pela fermentação, ou à aparência borbulhante do vinho fermentado. (bep)

Jesus e a água feita vinho

Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima. - E disse-lhes: Tirai agora e levai ao mestre-sala. E levaram. - E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os empregados que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo. - E disse-lhe: Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então, o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.
João 2. 7 a 10 - (arc) -Ver do versículo 1 ao 10-

Vinho bom. De conformidade com vários escritores antigos, o vinho “bom” era o vinho mais doce, vinho este que podia ser bebido livremente e em grandes quantidades sem causar danos (i.e., vinho cujo conteúdo de açúcar não fora destruído através da fermentação). O vinho “inferior” era aquele que fora diluído com muita água.

– (1) – O escritor romano Plínio afirma expressamente que o “vinho bom”, chamado sapa, não era fermentado. Sapa era suco de uva fervido até diminuir um terço do seu volume a fim de aumentar seu sabor doce (IV. 13). Ele escreve noutro trecho que “os vinhos são mais benéficos quando toda a sua potência é removida através do coador” (Plínio, História Natural, XIV. 23-24). Plínio, Plutarco e Horácio sugerem que o melhor vinho era o do tipo “inofensivo”.

– (2) – Os documentos rabínicos afirmam que alguns rabinos recomendavam o vinho fervido. O Mishna dos judeus diz: “O rabino Yehuda permite-o (o vinho fervido como oferta alçada), porque a fervura o melhora”.

– (3) – É notável que o adjetivo grego traduzido “bom” (v.10), não seja agathos, mas kalos, que significa “moralmente excelente ou apropriado”. (bep)

As seis talhas de pedra usadas por ocasião do casamento em Caná da Galiléia, continham em números redondos de 80 a 115 litros cada uma. (ndb)
A quantidade de água transformada em vinho foi de 480 a 690 litros.

O conselho de Paulo a Timóteo

Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades.
I Timóteo 5. 23 (arc)

(1) - Este texto deixa claro que Timóteo não bebia nenhum dos tipos de vinho usados pelos judeus dos tempos do NT (ver o estudo O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO

(1), p. 1517). Se Timóteo tivesse o costume de beber vinho, não teria sido necessário Paulo aconselhá-lo a tomar um pouco de vinho com propósitos medicinais (ver 3. 3 nota).

–(2)- Timóteo começara a ter distúrbios gástricos, provavelmente devido ao teor de álcali na água em Éfeso. Paulo, portanto, declara que ele devia usar um pouco de vinho com aquela água para neutralizar os efeitos daninhos da alcalinidade. O vinho usado para o estômago, de conformidade com os antigos escritos gregos sobre medicina, costumava ser do tipo não-embriagante. O escritor Ateneu, declara: “que tome vinho doce, ou misturado com água, ou aquecido, especialmente do tipo chamado protropos (o suco de uva antes de espremê-las), por ser bom para o estômago, porque o vinho doce (oinos) não deixa a cabeça pesada” (Ateneu, Banquete, 2. 24; ver também Plínio, História Natural, 14. 18).

(3) – Timóteo, por respeito ao apóstolo Paulo, tomaria “um pouco de vinho”, quando necessário, e exclusivamente com fins medicinais. Citar o conselho de Paulo a Timóteo para justificar o uso de vinho embriagante, em apoio a bebedores de vinho, é distorcer o significado desse trecho bíblico. (bep)

Os alcoólatras não herdarão o reino de Deus

Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, - nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus.
I Coríntios 6. 9 e 10 (benvi)

Paulo não parece concordar com a opinião moderna, que diz que o alcoolismo é uma “enfermidade”. Parece muito mais provável que ele atribuiria esse vício à desintegração gradual da vontade, devido ao excesso de indulgência do indivíduo consigo mesmo. Esse vício anda sempre de mãos dadas com várias outras formas de vício. O alcoolismo é um multiplicador de vícios, produtor de numerosíssimas misérias humanas. (nti)

Em uma sociedade permissiva, é fácil para os cristãos ignorar ou tolerar algum comportamento imoral (a cobiça, a embriaguez, etc.) enquanto se mostram indignados com outros (por exemplo, furtos e homossexualidade). Não devemos participar de qualquer forma de pecado ou tolerá-lo; não podemos ser seletivos naquilo que condenamos ou perdoamos. Afastar-se das formas mais “aceitáveis” de pecado é penoso, porém não é mais difícil para nós do que foi para os coríntios. Deus espera que seus seguidores, de todas as épocas, tenham elevados padrões morais. (beap)


Examine estes textos: Provérbios 21. 17 - Provérbios 23. 20 e 21
Provérbios 23. 29 a 35 - Isaías 5. 11 e 22 - Isaías 28. 1 a 8
Lucas 21. 34 - Romanos 13. 13 - I Coríntios 5. 11 - Gálatas 5. 21
I Pedro 4. 3


Para pensar: Ao ingerir bebidas alcoólicas mesmo em pequenas doses, estou cooperando para o crescimento da indústria destes produtos?

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