sábado, 13 de julho de 2013

A Igreja Que prevalece é Aquela Que Persevera na Oração.

Textos bíblicos para reflexão durante a semana:

Segunda: Lucas 18:1-8                                    Sexta: Atos 4:23-31
Terça: Tiago 4:1-10                                        Sábado: Atos 12:1-19
Quarta: Hebreus 10:19-25                             Domingo: Atos 2:42
Quinta: Hebreus 11 
                                         
Introdução

Temos diante de nós um dos maiores desafios da vida cristã: a oração!
Os grandes avivamentos da história sempre aconteceram através da oração! As igrejas que estão crescendo são aquelas que têm dobrado os seus joelhos e buscado ao Senhor continuamente; são aquelas que, não apenas desenvolvem um programa de oração, mas os seus membros são comprometidos com uma vida de oração.
Vejamos algumas verdades bíblicas sobre a oração.

1. O QUE É ORAÇÃO ?

É o meio pelo qual nos comunicamos com Deus. É o meio pelo qual nos encontramos com Deus!
Em Atos 4:13, admirados com a intrepidez e ousadia de Pedro e João, os líderes judeus reconheceram que eles haviam estado com Jesus.
É por meio da oração que entramos na sala do trono e conversamos com o único Deus vivo e verdadeiro!

2. O PODER DA ORAÇÃO

A obra de Deus precisa ser feita com o poder de Deus. Quando deixamos de orar, substituímos o poder de Deus pelos nossos próprios recursos. 

Vale a pena lembrar que a igreja primitiva não possuía metade dos recursos de que dispomos hoje para a proclamação do evangelho, entretanto era uma igreja que perseverava na oração (Atos 2:42; 4:24-31; 12:5) e, por isso, “a cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos” (Atos 2:47).

Como diz Sammy Tippit, “a igreja que ora conhece a glória e o poder de Deus” 1
Em I Samuel 7:14 encontramos Samuel sendo usado por Deus para dar vitória ao povo de Israel sobre os filisteus. Ele  não foi um herói de guerra, mas foi um homem de oração. E, por meio da oração, conduziu o seu povo triunfantemente.

3. OBSTÁCULOS À ORAÇÃO

Vejamos alguns motivos pelos quais Deus não atende as nossas orações.

3.1 - Lucas 18:11-14 - Ele não ouve a oração do justo aos seus próprios olhos;
3.2.  Tiago 4:3 - Ele não ouve quando pedimos mal;
3.3. Salmo 66:18/ João 9:31 - Ele não ouve quando há iniquidade/vaidade no coração;
3.4. I Pedro 3:7 - Ele não ouve quando há desrespeito no relacionamento conjugal.

Creio que Deus também não ouve a oração, quando tentamos ensiná-lo a agir; quando tentamos dizer-lhe o que é que deve fazer.

4. FORMAS DE ORAÇÃO

4.1 - Adoração

Por meio da oração de adoração e louvor, exaltamos a Deus por tudo o que ele é. A Bíblia diz que ele é santo (I Pedro 1:16), justo, benigno (Salmo 145:17)...

4.2 - Gratidão

Por meio da gratidão, rendemos graças a Deus por tudo o que ele fez, tem feito e fará por nós e em nós: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios” (Salmo 103:2).

4.3 - Petição

É a forma de oração mais utilizada! Somos habilidosos em pedir. Entretanto o próprio Deus nos encoraja a isso:“Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (Jeremias 33:3). 

Em Filipenses 4:6-7, encontramos: “Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”.

A oração é apresentada aqui como a solução para a ansiedade. Quando oramos, derramamos o nosso coração diante de Deus. Lançamos sobre ele as nossas preocupações. Abrimos o nosso coração para Deus e recebemos dele a sua paz, que excede todo o entendimento (Salmo 62:8; I Pedro 5:7). 

Quando nos aproximamos de Deus, temos melhores condições de enfrentar os problemas da vida. Perto dele encontramos paz, alívio, segurança, conforto para as nossas preocupações.

A razão pela qual não precisamos ficar ansiosos é que temos um Deus provedor, sustentador. Um Deus que conhece as nossas necessidades, antes mesmo de lhe pedirmos.

Diante da ansiedade é preciso orar, mas orar com fé no Deus que provê! Ele tem poder para resolver os problemas da vida!

4.4 - Intercessão

Isso fazemos quando oramos em favor de outras pessoas. Essa era a função do sacerdote no Antigo Testamento. Ele se apresentava diante de Deus para pedir em favor de si mesmo e para interceder em favor do povo.

Pedro afirma que somos “o sacerdócio real” (I Pedro 2:9). Precisamos interceder em favor dos nossos familiares; em favor daqueles que desejamos colocar em relacionamento direto com Cristo. Precisamos levar as cargas uns dos outros por meio da oração (Gálatas 6:2).

4.5 - Confissão

Normalmente é a forma de oração menos usada. A confissão acontece a partir de uma confrontação da nossa realidade de vida com a santidade de Deus. Isaías confessou o seu pecado porque teve uma confrontação com a glória de Deus (Isaías 6:1-7).
Essa confrontação com a glória produz quebrantamento que, por sua vez, produz confissão e arrependimento, que significa mudança de atitude em relação ao pecado.
A confissão arranca dos nossos ombros o fardo da culpa e nos deixa livres para servir ao Senhor novamente. Essa foi a experiência de Davi, assinalada nos Salmos 32 e 51.

5. COMO ORAR

5.1 - Com fé

“Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; por que é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).

5.2 - Com sinceridade

Hebreus 10:22 nos exorta a nos aproximarmos de Deus com verdadeiro coração. Vivemos num mundo que nos ensina a usar máscaras para impressionar os outros e, em alguns momentos, tentamos fazer o mesmo com Deus, como se isso fosse possível.
Mais uma vez Isaías nos ensina a orar. Ele não tentou impressionar Deus ou qualquer outra pessoa com uma aparente piedade. Ele foi honesto e sinsero com Deus e consigo mesmo (Isaías 6:1-8).

Essa também foi a atitude do publicano na parábola contada por Jesus: “O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!(Lucas 18:13).

5.3 - Com submissão à vontade de Deus

Orar é sempre um desafio!Mas, como afirma João, orar de acordo com a vontade de Deus é um desafio ainda maior: “... se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve” (I João 5:14-15).

Quantas vezes questionamos o silêncio de Deus! Quantas vezes achamos que Deus não se importa conosco porque não atende as nossas orações! Quantas vezes não compreendemos a vontade de Deus!Graças sejam dadas a este bendito Deus, que não nos atende em tudo o que pedimos. Que bênção preciosa! Sabermos que, acima de nós, está um Deus que é muito maior do que nós; que tem uma visão muito maior do que a nossa; que sabe perfeitamente o que é melhor para nós; e só nos atende naquilo que realmente é melhor para nós! 

Como diz John Stott, essa é uma das maiores seguranças do crente.  “A oração não é um recurso conveniente para impormos a nossa vontade a Deus, ou para dobrar a Sua vontade à nossa, mas, sim, o meio prescrito de subordinar a nossa vontade à de Deus. É pela oração que buscamos a vontade de Deus, abraçamo-la e nos alinhamos com ela. Toda oração verdadeira é uma variação do tema, “faça-se a tua vontade”. Jesus nos ensinou a assim proceder através da oração do “Pai nosso”e no Getsêmani. Nessas orações, e somente nessas, ele nos ouve, isto é,  ele não apenas anota as nossas petições. Ele ouve, ele escuta o nosso clamor”2. 

Essa questão é difícil pelo menos por dois motivos: (1) normalmente oramos egoisticamente; (2) nem sempre queremos aceitar aquilo que o Senhor nos oferece.

Vejamos algumas orações não-respondidas por não estarem de acordo com a vontade de Deus: Deuteronômio 3:26 - para Moisés entrar na  terra prometida; II Samuel 12:16 - pelo primeiro filho que Bate-Seba deu a Davi; II Coríntios 12:8 - pelo espinho na carne de Paulo. Deus tem uma grande obra a fazer em nosso meio. Oremos! Oremos! Oremos segundo a sua vontade! Busquemos fazer a sua vontade! Procuremos ajustar o nosso viver à sua vontade!

6. A PRIORIDADE DA ORAÇÃO

Neste tempo em que a agitação da vida moderna consome a nossa mente e o nosso tempo; neste tempo em que nos vemos tão atarefados e esgotados com os afazeres da vida, torna-se cada vez mais difícil compreender que a oração é a mola-mestra que impulsiona a nossa vida e, conseqüentemente, a igreja. Precisamos perceber que, sem oração, sem dependência constante de Deus, não chegaremos a lugar nenhum. Portanto, hoje, antes de qualquer coisa, precisamos compreender a importância da oração em nossa vida diária e na vida da igreja. O pouco que fazemos com oração vale mais do que todo o nosso ativismo sem oração.

“Em Êxodo 33:7, descobrimos que Moisés armava a sua tenda fora do arraial. Ele tinha um lugar e um tempo para falar com Deus (Mateus 6:6). Hoje é preciso que você arme a sua tenda de oração e leve a sua vida de oração a sério. A cada encontro com Deus, sentimos a manifestação do seu caráter em nosso interior. A cada encontro nos tornamos mais semelhantes ao seu Filho. O nosso local de oração é a oficina em que Deus trabalha como um oleiro, moldando o nosso caráter à semelhança de Jesus. Deus precisa de homens e mulheres que se pareçam com Jesus por terem estado com Jesus”. 3

Conclusão

Quais são os momentos que a sua igreja lhe oferece para orar? Você os tem aproveitado? Quais são as suas sugestões para que a sua igreja aperfeiçoe o seu programa de oração? (Anote numa folha a parte e entregue ao seu professor para que ele encaminhe à liderança da igreja).
 
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

1. TIPPIT, Sammy. Retiro da Ordem dos Pastores Batistas Fluminenses, Rio Bonito, maio, 1995.
2. STOTT, John. As Epístolas de João, Introdução e Comentário. São Paulo, Vida Nova, 1982, p. 159.
3. TIPPIT, Sammy. op. cit.

fonte:www.pibmadureira.org.br

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