domingo, 14 de julho de 2013

A Arca de Noé.



TEXTO ÁUREO “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mat. 24.37).

VERDADE PRÁTICA

Somente não perecerá aquele que estiver abrigado na arca da salvação – Jesus Cristo.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Enoque, por haver andado com Deus, havia sido trasladado para o céu antes que a maldade humana chegasse ao auge e Deus tivesse que desencadear o julgamento por meio do dilúvio. A mistura dos filhos de Deus com os filhos dos homens havia gerado gigantes, valentes e varões de fama, mas Deus viu que “a maldade do homem se multiplicara sobre a terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente” (Gn 6.5).

I. A MALDADE HUMANA E SUAS CONSEQÜÊNCIAS

A condição do homem perante Deus era só má continuamente, e isso em virtude da mistura da semente santa com a impura, que resultou nas piores conseqüências. O alvo de Satanás continua o mesmo: misturar para corromper. Por isso pergunta o apóstolo: “Que comunhão tem a luz com as trevas?” (2 Co 6.14).

1) A sentença divina (v. 7). O Senhor arrependeu-se de “haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração” (v. 6). O arrependimento de Deus e sua tristeza, embora admitidos como a transferência de atributos humanos para a divindade, expressam realmente uma experiência real de Deus, que teve de mudar de atitude em relação ao homem que criara.

Nada menos do que o fim de toda a carne produziria efeito. Os valentes e os varies de fama tinham de ser igualmente varridos da face da terra. Tinha de haver completa destruição de tudo o que havia sido corrompido.

2)Tal como nos dial de Noé. Tal como ocorre nos nossos dias, também na época de Noé a mensagem do iminente juízo divino não encontrou aceitação por parte das classes brilhantes dos políticos, dos artistas, dos intelectuais, dos “valentes” e dos “varões de fama”. A lavoura, a pecuária, a ciência, as artes e talvez a própria religião, tudo parecia indicar que o “modus vivendi” prosseguiria inalterável. Os cidadãos continuariam comendo, bebendo, casando-se e dando-se em casamento. Falar em juízo divino era uma loucura.

II. O JUIZO DE DEUS

1. Deus anuncia o dilúvio a Noé (Gn 6.13). A Bíblia afirma que Noé era homem justo e reto, e que andava com Deus. Isso não significa que ele era sem pecado, pois todos pecaram (Rm 3.23), mas que ele prezava a retidão e a integridade, e que confiava em Deus. Por isso Deus revelou-lhe seu plano.

2. Noé constrói a arca (Gn 6.14-16.22). Durante 120 anos (v. 3) o patriarca trabalhou naquele imenso empreendimento, certamente ouvindo as zombarias dos seus contemporâneos. Estes não podiam crer na possibilidade de um dilúvio, pois tal coisa era contrária à própria natureza (Gn 2.5,6). Porém, a Bíblia afirma que “Noé, divinamente avisado das coisas que ainda se não viam, temeu, e para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé” (Hb 11.7).

3. Noé aguarda ordens de Deus (Gn6.22). A arca estava já terminada e Noé esperava, agora, ordens de Deus. Não vemos aqui nada de precipitação, mas fé” A fé” sabe esperar com paciência (Sl 40.1), e não comete os erros de Israel, que não pode esperar por Moisés e caiu na idolatria (Ex 32.1-8), ou de Saul, que se impacientou com a demora de Samuel e acabou rejeitado por Deus (1 Sm 13.8-14).

4. Noé e sua família entram na arca (Gn 7.1,13). A ordem divina chegou e Noé e sua família abrigaram-se dentro da arca, “e Deus o fechou por fora” (v. 16). Isso significa plena segurança para os que estão dentro e eterna perdição para os que estão de fora. Noé não fechou a porta por dentro; Deus a fechou por fora! A segurança dos que estavam na arca não poderia ser obra do homem, mas de Deus. É Deus mesmo cerra a porta por fora, revelando seu especial cuidado para com os que haviam crido nele e obedecido sua palavra. Noé creu e obedeceu. Nada se diz de sacrifícios oferecidos por Me nos capítulos 6 e 7 de Genesis, certamente porque “o obedecer é melhor do que o sacrificar” (I Sm 15.22). Isso não quer dizer que ele não adorava ao Senhor, pelo contrário, ele o fazia de modo perfeito através das obras da fé. A fé sem as obras é morta (Tg 2.17).

III. O SIGNIFICADO ESPIRITUAL DA ARCA

1. As condições do mundo antediuviano (Mt 24.37-39). Jesus, ao apontar como um sinal dos tempos os dias de Noé, afirma que as pessoas “comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento”. É evidente que nada de errado há nessas coisas, quando praticadas dentro de suas próprias limitações, tal como ensinou Jesus (Mt 6.33). Mas, naqueles dias de Noé, a indiferença para com as exigências divinas era tão grande que só pensavam em seguir “o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência” (Ef 2.2).

Muitos, em nossos dias, teimam ainda em anunciar um novo mundo criado pelas boas iniciativas humanas. Os teólogos da libertação e os adeptos do evangelho social, na sua distorcida compreensão do reino de Deus, planejam alcançar as bem-aventuranças da Bíblia pelo esforço próprio. As palavras de Jesus cortam pela raiz todas essas vãs e ilusórias especulações, ao afirmarem que “assim será também a vinda do Filho do homem”.

2. A arca aponta para Cristo (1 Pe 3:18-22). Assim como a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, igualmente, hoje, a mesma longanimidade divina, não querendo que alguns se percam, espera que todos se arrependam (2 Pe 3.4). Foi essa longanimidade que salvou os ninivitas nos dias de Jonas.

Além do longo tempo de espera enquanto Noé construía a arca, Deus ainda esperou sete dias mais. Uma semana para que o mundo se arrependesse! Todavia continua¬ram zombando de Noé e rindo da sua “loucura”! Desde que a arca da nossa salvação foi terminada na cruz, sua porta ainda continua aberta para receber os crentes. É a porta da graça, que um dia será definitivamente fechada pelo próprio Deus. Em todo esse tempo, Cristo está dizendo: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim salvar-se-á” (Jo 10.9). O tempo para abrigar-se do juízo divino é hoje (Hb 3.7,8). Amanhã pode ser muito tarde.

As águas do juízo divino não haveriam de atingir Noé e sua família, mas fazê-los flutuar em segurança Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo - nossa Arca (Rm 8.1). A mesma palavra que condena os de fora (Jo 12.48), salva os de dentro (Jo 10.28). Dentro da arca misericórdia; fora da arca, ira divina (Jo 3.36). A zombaria dos contemporâneos de Noé transfor¬mou-se logo em desespero, e seu desprezo pelos avisos divinos terminou em pavor e destruição. Chegará o tempo de Deus mostrar a diferença que há entre aquele que o serve e o que não o serve. “Então vereis ou¬tra vez a diferença entre o justo e o impio; entre o que serve a Deus e o que o não serve” (Ml 3.18).

QUESTIONÁRIO

1. Como explicar a expressão “arrependeu-se o Senhor”?

2. Qual a parte do texto bíblico em estudo, que retrata fielmente, os dias da vinda do Senhor?

3. A Bíblia diz que Noé era justo. Leia Rm 3.23 e Hb 11.7 e explique a razão dessa afirmação…

4. Noé foi paciente, esperando sempre no Senhor. De dois exemplos de impaciência, mencionados, no comentário, citando as referências bíblicas.

5. Diga o que a arca tipifica para o crente.

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