A parábola da dracma perdida mostra a diligência de uma
mulher que ao perder algo precioso foi à sua procura, sem hesitar.
Quem conhece a parábola sabe que o requisito básico para que
a dracma fosse encontrada foi o de acender a luz.
Só encontramos o que perdemos quando acendemos a luz.
O escuro dificulta o reconhecimento e a procura. O ato de
varrer significa tirar a sujeira.
A igreja é responsável por tirar toda sujeira com
diligência, cautela e muita observância procurar o que foi perdido de valores
com o passar do tempo.
Podemos Observar Três Elementos Que Se Destacam Nesta
Parábola:
1- A Dracma.
A dracma grega era uma moeda de prata que tinha praticamente
o mesmo valor do denário romano. O denário (é, por conseguinte, dracma) era
reputado um bom salário por um dia de trabalho.
Uma dracma dupla é mencionada no trecho de Mateus 17.24,
como o imposto anual por cabeça que todo homem judeu tinha de pagar ao tesouro
do templo.
Considerando-se a extrema pobreza em que viviam os
habitantes da Palestina naquela época, essas dez dracmas provavelmente
representavam as economias daquela mulher durante sua vida útil; e por isso
mesmo a perda ao menos de uma única moeda, representava dez por cento desse
total, o que significava um prejuízo sério.
O valor dessa moeda seria mais aumentado se fizesse parte de
um ornamento para cabelos, exigindo que não se perdesse nenhuma peça, para que
pudesse funcionar como tal. Esses ornamentos eram usados pelas mulheres
casadas, como sucede naquelas regiões até o dia de hoje.
Alguns têm sugerido
que a preservação da unidade do ornamento podia ser reputada como símbolo da
fidelidade da mulher ao seu marido. Essa interpretação é possível; mas é mais
provável que o quadro vise unicamente a uma mulher pobre, cujas difíceis
circunstâncias faziam com que a perda até mesmo de uma pequena moeda fosse
motivo para tão grande contestação.
As mulheres palestinas recebiam dez moedas de prata como
presente de casamento. Além do valor monetário estas moedas tinham um valor
sentimental equivalente ao de um anel de casamento; assim perder uma dracma
seria extremamente angustiante.
2- A Candeia.
Ela teve que acender uma lâmpada porque as casas pequenas na
da Palestina, das classes mais humildes, usualmente não tinham janelas, e a
única maneira da luz entrar no aposento era mediante a porta. Portanto foi
necessário acender uma lâmpada a fim de possibilitar uma busca mais completa. O
chão provavelmente era coberto de poeira; pelo que, joelhos e mãos no chão,
rebuscando no meio da poeira, ela procurar a sua preciosa moeda perdida.
3- A Busca da Dracma Perdida.
Sua busca, no meio da poeira, foi bem-sucedida, e se
regozijou por haver encontrado uma décima parte de tudo quanto possuía, tendo
trabalhado diligentemente para economizar.
Qual o Valor Representativo das Dez Dracmas Para Você Hoje:
Um valor econômico – monetário,
Um valor sentimental – emocional,
Um valor ornamental – beleza natural,
Um valor simbólico – representativo,
Um valor espiritual – no que diz respeito a sua salvação,
comunhão e dons espirituais.
Qual a Dracma Que Você Está Procurando?
1- A Dracma da Benção do Senhor. (Gen. 32.26).
Jacó passa o vau de Jaboque e luta com um anjo. – “… Não te
deixarei ir, se não me abençoares…”
2- A Dracma da Vitória. Sobre:
a) A Carne. (Gl 5.17). A está ligada a nossa própria
natureza, que quando não é vencida se torna um poderoso gigante contra o
Espírito. Como?:
Revestindo o Senhor Jesus Cristo. (Rm13. 14). - “Mas
revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não tenhais cuidado da carne em suas
concupiscências.”
Revestindo do Poder de Deus. (Lc 24.49). - “E eis que sobre
vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que
do alto sejais revestidos de poder.”
Andando segundo o Espírito. (Rm 8. 4,14). - “… que não
andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.” (v.4). - “Porque todos os que
são guiados pelo Espírito de Deus, estes são filhos de Deus.” (v.14).
b) OMundo. (1Jo 2.15). O mundo se apresenta como um gigante
diante de nós. Como?:
Pela fé. (1Jo 5. 4,5). - “Porque todo o que é nascido de
Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.”
Com bom ânimo, como Jesus. (Jo16. 33). - “… no mundo tereis
aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.”
Não se conformando com o mundo. Conselho de Paulo. (Rm
12.2). - “E não vos conformeis com este
mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Não o amando. Exortação de João. (1Jo 2.15-17). - “Não ameis
o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo o amor do Pai não está
nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne. A
concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o
mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus
permanece para sempre.”
c) E Satanás. Após sua queda (Is 14.12), Satanás tem se apresentado
como um gigante para as pessoas, rugindo como leão. (1Pe 5.8). Como?:
Revestindo. (Ef 6.11). – “Revesti-vos de toda a armadura de
Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.”
Resistindo. (Tg 4.7). - “… resisti ao diabo, e ele fugirá de
vós.”
Vigiando. (1Pe 5.8).
- “Sede sóbrios e vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em
derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar.”
Com armas espirituais: Fé, Palavra e Oração. (Ef 6.11-18;
2Co 10. 4). – “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar
firmes contra as astutas ciladas do diabo;”
“porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim,
contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas
deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nas regiões celestiais.”
“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais
resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.”
“Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a
verdade, e vestida a couraça da justiça,”
“e calçados os pés na preparação do evangelho da paz;”
“tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis
apagar todos os dardos inflamados do maligno.”
– “Porque as armas da nossa milícia não carnais, mas, sim,
poderosas em Deus, para destruição das fortalezas.” (2Co 10.4).
Revestindo, vigiando e resistindo-lhe com Fé, Palavra e
Oração você vencerá na vida.
3- A Dracma do Revestimento do Espírito Santo. (2Rs 2.1-14).
Elias seria elevado ao céu num carro de fogo.
– “Elias disse a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor me
enviou… Porém disse ele: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que te não
deixarei…”
a) A Betel. (v. 2). Hb. “Casa de Deus.”
Lugar da presença de Deus.
Lugar de adoração.
b) A Jericó. (v. 4). Hb. “Lugar de Fragrância ou “Cidade do
Bálsamo.” Era chamada a cidade das palmeiras”. (Dt 34.3).
Lugar de renúncia.
c) Ao Jordão. (v. 6). Hb. “O que desce” ou “Descendo.” Naamã
foi curado da lepra quando mergulhou sete vezes nas águas do Jordão – águas
barrentas. (2Rs 5.10-14).
Lugar de humildade.
Lugar de purificação.
– “Elias disse: a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça,
antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de
teu espírito sobre mim.” (v. 9).
O Que é Preciso Fazer Para Encontrar a Dracma Perdida?:
1- Determinação.
2- Perseverança. Jamais a mulher encontraria a dracma
perdida, se não houvesse esforço contínuo e perseverante.
3- Dependência. A mulher dependeu da vassoura (o lado
humano, do nosso equipamento). A maior
dependência da mulher foi a “luz da candeia.” A luz da candeia é símbolo do
Espírito Santo.
Resumo: “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para
que ninguém tome a tua coroa.” (Ap
3.11).
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