A palavra de Deus fora claramente confiada a Jonas. Sua
chamada não poderia ter sido mais clara. Porém, o profeta resolveu não ir a
Nínive, mas fugir para Társis (na Espanha). Jonas 1.2,3.
Com isso ele tentava algo impossível: escapar da presença do
Senhor. Ao verificar a geografia da região (mapa), vemos que as duas cidades
estão em direções opostas.
À medida que ele procurava aproximar-se ou chegar a Társis,
mais longe ficava do local da sua missão predita. O resultado foi que não
conseguiu fugir da presença de Deus.
Em consequência dessa primeira atitude podemos observar as
quatro falhas no Ministério de Jonas. Vejamos:
1- A Desobediência de Jonas. (1.3).
Deus concedeu um propósito a Jonas – pregar para Nínive, a
capital da Asssíria, poder mundial e o país mais temido e odiado pelo povo de
Deus. Era uma cidade poderosa e perversa. Jonas odiava os assírios e temia suas
atrocidades. Seu ódio era tão forte que não desejava que recebessem o perdão de
Deus. Na verdade temia que aquele povo se arrependesse. (Jn 4.2,3). Por esta
razão, respondeu com indiferença e desobediência ao propósito de Deus. Talvez,
não sabendo ele que a desobediência é a conseqüência e a causa de todos os
males.
Qual Foi a Desobediência de Jonas:
· Quando fugiu
da vontade de Deus.
· Quando fugiu
da presença de Deus. (Sl 139.7,8).
· Quando fugiu
de sua missão.
Consequências da Desobediência:
· Deus enviou
uma grande tempestade. (1.4).
· Deus enviou
um grande peixe para que tragasse a Jonas. (1.7).Instrumento de Castigo: “… e
esteve Jonas três dias e três noites nas entranhas do peixe.” (1.17).
2- A Negligência de Jonas. (1.5,6; 2.1).
Em meio à forte tempestade, Jonas dormia profundamente no
porão do navio, talvez por causa do cansaço, exaustão e pressão. Isto nos
mostra a condição espiritual do profeta, que ao invés de estar buscando a Deus
em favor dos marinheiros que estavam prestes a ir a pique, preocupava-se apenas
consigo mesmo. Mesmo diante da aparentemente situação os atos de Jonas não
incomodavam sua consciência. A negligência é a omissão de cuidado; descuido,
incúria, desmazelo, menoscabo, desatenção.
· Na oração.
Enquanto deveria estar orando estava dormindo. Talvez
Estivesse Dormindo Como:
· Sansão, o
sono da carnalidade. (Jz 16.19).
· Elias, o
sono do desânimo. (1Rs 19.5).
· Os
discípulos, o sono da negligência. (Mc 14.37-42).
· Lázaro, o
sono da morte. (Jo 11.11).
Qual o Sono Está Dormindo?
As Escrituras
Sagradas dizem:
- “Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e
sejamos sóbrios.” (1Tss 5.6).
- “Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentro os mortos,
e Cristo te esclarecerá.” (Ef 5.14).
- “… que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa
salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.” (Rm
13.11).
3- A Covardia de Jonas. (4.1-3).
Jonas se irou quando Deus poupou Nínive. Porque não queria
que seus habitantes fossem perdoados, e sim que fossem destruídos. Jonas pensou
que Deus não concederia gratuitamente a salvação a uma nação pagã pecadora. Em
seguida, desejou morrer porque essa destruição não mais aconteceria. Como se
esqueceu tão rapidamente da misericórdia que recebera de Deus quando estava
dentro do peixe! (Jn 2.9,10). Ele ficou muito feliz quando Deus o salvou, mas
irou-se quando Nínive foi salva.
· Quando
pensou que Deus tinha esquecido dele. (Is 49.15,16).
· Com sua
atitude egoísta de pensar só em si próprio.
· Quando pediu
para Deus tirar a vida. (4.3).
4- O Exclusivismo de Jonas. (4.6-11).
Jonas ficou irado pela planta que pereceu, mas não pelo que
aconteceria a Nínive. Jonas não se queixou da misericórdia de Deus para com
ele, ao salvá-lo do peixe. Ele sabia que Deus era “um Deus clemente e
misericordioso, tardio em irar-se e de grande beneficência” (v.2), porém ele,
pobre criatura, não podia concordar com Deus nisso. Queria ver a grande cidade
incendiada.
O incidente da aboboreira servia para ensinar ao profeta a
loucura e o egoísmo da sua atitude. Ele podia lastimar a falta da aboboreira
porque desfrutou da sua sombra, mas estava bem disposto a ver uma grande cidade
varrida com a destruição.
O exclusivista é aquele que tudo sacrifica ao seu próprio
proveito; que tem como centro do mundo; que só pensa no seu próprio interesse.
É a qualidade daquele que se acha dominado e envolvido pelo próprio eu. O
exclusivismo é o contrário ao espírito missionário. A mensagem de Jonas é que
Deus é o Deus não apenas dos judeus, mas também dos gentios.
· Ele queria
que Deus destruísse e castigasse os ninivitas. (4.2).
· Ele queria
que Deus não tivesse misericórdia dos ninivitas. (4.2,3).
· Ele se
preocupava mais consigo próprio e seu conforto do que com as almas da grande
capital da Assíria.
· Ele soube
pregar com unção, mas não aprendeu que também é vital ter compaixão.
· Ele tinha
esquecido que o Senhor é um Pai cheio de ternura e misericórdia. (4.2).
Resumo: Jonas deveria estar feliz pelo grande avivamento, e
a obra que Deus tinha feito com os ninivitas.
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