AS
PEQUENAS DÁDIVAS. Zac. 4:
10 Porque,
quem despreza o dia das coisas pequenas?
Li
um historia de um homem muito pobre, que tinha um filho menor de idade; e que
viviam com os poucos recursos financeiros, quase a beira da miséria...
Um
dia aquele homem ficou muito doente, ficando acamado por tempo mais longo do
que podiam suportar suas economias.
Com
falta do que comer em casa, o filho pequeno saiu às ruas pedindo comida para
ele e para o pai doente.
Escondendo
as lágrimas pela tristeza e pela preocupação, passou o primeiro dia sem nada
conseguir.
No
segundo dia, quase ao anoitecer, enquanto revirava um saco com lixo residencial
em frente a uma loja que estava encerrando o expediente, viu se aproximar um
senhor de meia idade, sorridente, com ar bondoso, que trazia nas mãos um
marmitex, bem quentinho, que lhe ofereceu.
Meio
receoso, o menino segurou a marmita ouvindo a recomendação do seu benfeitor:
"Coma enquanto está quente!"
"Muito
obrigado, senhor, mas gostaria de ir comê-la em casa, para repartir com meu
pai." Disse o menino.
Sorridente
e paternal, o lojista perguntou-lhe: "o que o seu pai faz em casa,
enquanto você sai por aí procurando o que comer? Ele não trabalha?"
"Trabalha
sim, e muito. Mas, há dias está acamado. Como acabou o dinheiro para comprar
comida, fui obrigado a sair pedindo um pedaço de pão. Só que não tenho recebido
quase nada." Respondeu o pequeno andarilho.
"Você
mora muito longe daqui?" Continuou o bom senhor.
"Não,
não. Em pouco tempo eu chego lá. E sei que a comida ainda estará bem
quentinha." Apressou-se em dizer o menino, com olhos um pouco mais
alegres.
"Quer
saber, meu pequeno, eu vou até lá com você, se você deixar.
Assim,
aprendo onde você mora e aproveito para conhecer seu pai. Que tal?"
Acrescentou o jovem senhor.
O
menino concordou e lá se foram os dois.
O
quadro com que se deparou o dadivoso lojista, ao entrar no barraco, era de
lastimar.
No
entanto, pai e filho sorriam diante do alimento, que o menino rapidamente
dividiu em dois pratos e serviu logo ao chegar em casa.
Depois
que os dois terminaram a rápida refeição, a primeira nos últimos dois dias, o
nobre comerciante despediu-se e retornou ao seu lar, prometendo voltar em
breve.
Alguns
dias se passaram, quando, também num final de tarde, entram na loja o menino e
seu pai, este um pouco mais disposto, procurando pelo dono.
Vieram
para agradecer, disseram à jovem senhora que estava atendendo no balcão, ao
tempo que queriam saber o que poderiam fazer para retribuir a dádiva da comida
limpa e quentinha, que haviam recebido dele.
Enquanto
seu pai falava com a atendente, o menino começou a juntar pedaços de papel que
estavam no chão, quando chegou o dono da loja, marido da senhora que os
atendia.
Alegria,
abraços e boa conversa.
Ao
se despedirem, o lojista olha demoradamente para o menino e lhe diz: meu
pequeno, você não tem o que me agradecer, eu apenas fiz o que faria por um
filho meu. Fico feliz de ter podido ajudar.
No
entanto, se você quiser, poderá vir trabalhar comigo, ajudando-me na loja,
assim, não será preciso você sair por aí pedindo comida, caso o seu pai volte a
adoecer. Que tal?"
O
menino timidamente olhou para o seu pai, como a perguntar com o olhar: "e
aí, o que eu digo?"
O
pai, discretamente lhe fez um sinal afirmativo com a cabeça, sem nada falar.
A
partir daí, o menino começou trabalhar. Passado um tempo, voltou para a escola,
e continuou trabalhando.
Cresceu,
tornou-se adulto e, na loja continuava a trabalhar. Sempre com muita seriedade,
responsabilidade e espírito de gratidão.
Seu
pai veio a falecer, por causa da idade avançada.
O
casal de lojistas não tinha filhos. Com o tempo, chegou a velhice dos dois.
Logo mais a esposa faleceu.
E
aquele menino, agora já um homem, foi quem ficou cuidando da loja e do bondoso
lojista, amparando-o na velhice, auxiliando-o na enfermidade, acompanhando-o no
dia-a-dia, como devotado filho.
E
pensar que tudo começou com um prato de comida!
Uma
pequena dádiva, modificando destinos.
Um
sorriso, um gesto de carinho, um telefonema, um e-mail, um abraço, um beijo,
uma palavra de apoio e de incentivo, uma flor, um bilhete, um cartão postal, um
aceno, um bombom, um copo com água, um pedaço de pão.
Nós
podemos fazer muito, com tão pouco...
Pense
nisso, mas pense agora!