Mat. 21: 22
Porquanto a oração
é aquele exercício que nos dá a grande oportunidade de exercemos a fé. A oração
cria a atmosfera onde a fé pode ser mais facilmente exercitada.
A fé é a expressão
de nossa natureza mais elevada em comunhão com Deus, através do Espírito não se
tratando de simples crença.
A fé é um princípio
dinâmico que se agarra ao poder de Deus e que aplica esse poder à vida diária.
Ao mesmo tempo, esse poder de Deus (e que aplica esse poder) que é tão somente
uma manifestação de sua vida divina, torna-se parte da nossa existência.
Utilizamo-nos desse poder, mas ao mesmo tempo ele nos transforma e se torna
parte de nós mesmos.
A fé, pois, é uma
expressão da vida espiritual que existe em Cristo, a não meramente um instrumento
que deva ser usado.
A
oração encoraja e se utiliza da fé, sendo, por isso mesmo, uma influência
poderosa. Tal como qualquer outra força, a fé não opera a menos que seja ligada
(Olhe Mc 11:25). Mt 6:14 - Jesus ilustrou, com essa declaração, o fato que uma
influência negativa pode arruinar a ação positiva da oração e da fé, e que
nenhuma influência negativa é tão intensa como o ódio aos outros, ou um
espírito que não se dispõe a perdoar.
Jesus
jamais poderia ter realizado o que realizou se tivesse odiado a seus
semelhantes, se guardasse ressentimentos, ou se de qualquer outra maneira
tivesse exibido a natureza algemada do homem, o canal de ligação com o Pai, na
vida de Cristo, era mantido desimpedido e limpo.
Os
homens, ao se odiarem uns aos outros, têm entupido esse canal, e é por isso que
quase não pode fluir qualquer poder, por meio deles, capaz de “remover” as
montanhas que surgem em suas vidas.
A
oração portanto foi dada como um meio do crente exercer o grande poder da fé. A
oração serve de meio tanto para o exercício da fé como para o desenvolvimento
da fé.
A
fé é impedida, se não mesmo completamente extinta, quando nutrimos pensamentos
negativos e maus acerca de outros. Aquele que abriga ódio em seu peito contra
outrem, talvez possa falar em tons piedosos, mas não poderá exercer a
verdadeira fé.
Tal
poder só se manifesta na vida correta, isenta de malícia que espera unicamente
em Deus, e que por isso mesmo está se desenvolvendo espiritualmente.
Mt 6:5-8 - Era a
posição usual da oração, e isso não era ostentação da parte dos que oravam.
Naqueles tempos, ajoelhar-se é que seria considerado ato de ostentação. Os
judeus punham-se de pé para orar, voltados de frente para o templo ou para o
lugar mais santo (quando estavam no templo). Ver I Sm 1:26; I RS 8:22. Também
eram empregadas outras posições, como ajoelhar-se, prostrar-se. A prática da
oração em pé continuou na igreja primitiva.
Aqueles homens
selecionavam os lugares públicos para orar. Chegada a hora da oração, oravam
onde se encontravam, sem nenhum peso de sua hipocrisia, mas até com orgulho.
Provavelmente o
costume de orar em horas certas começou bem cedo na história do judeus. Ex: Dn
6:10,11.
Mt 6:6 - Quarto -
grego: Depósito ou despensa do administrador da casa. Lugar onde ninguém
suspeitaria encontrar alguém orando. Mas tarde, a palavra passou a ser usada
para indicar qualquer sala privada no interior da residência.
Em secreto: Havia
uma crença que Deus habitava no lugar mais remoto e secreto do templo, o lugar
mais santo (Heb 9:3), onde o sumo sacerdote podia entrar, uma vez por ano.
Mt 6:7 -
Repetições: Os adoradores de Baal, no Carmelo, e os adoradores de Diana, em
Êfeso, são exemplos antigos.
Os pagãos, antigos
ou modernos, são exemplos disso, pois pensam que cansando seus deuses com repetições
conseguirão o que lhes pediu; mas os paternostros e Ave-Marias não são
diferentes.
Na história dos
judeus conta-se que alguns deles imitavam o estilo das orações pagãs.
Pelo seu muito
falar 1: Pensavam que Deus considerava o número das orações proferidas para
aquilatar o valor da oração.
2: Pensavam que o
acúmulo de orações repetidas tinha o efeito de cansar os ouvidos de Deus
obrigando-o a responder.
Mt 6:8 - Não vos assemelheis, pois a
eles:...
1-
É uma forma pagã.
2-
É absurda.
3- Deus é Pai que
cuida de seus filhos, e não precisa ser pressionado para responder às suas
orações.
4- Deus conhece as
necessidades de seus filhos antes que eles orem ou repitam suas petições.
Oramos a um ser bem-informado, pronto a acudir àqueles que se valem dele.
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