“O vício pode
começar com o primeiro gole”
Seja sábio
O vinho é
escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca
será sábio.
Provérbios
20. 1 (arc)
Este
versículo descreve a natureza e o mal em potencial da bebida fermentada. Note a
prescrição da bebida embriagante juntamente com os seus efeitos.
(1) - O
vinho, como “escarnecedor”, freqüentemente leva ao escárnio e zombaria daquilo
que é bom (cf. 9.7, 8; 13.1; 14.6; 15.12). As bebidas alcoólicas, por serem
“alvoroçadoras”, freqüentemente causam distúrbios, inimizades e conflitos nas
famílias e na sociedade.
(2)- O vinho
e as bebidas embriagantes são chamados escarnecedores e alvoroçadores
independentemente da quantidade ingerida.
(3)- “Aqueles
que neles errar”, por julgar que as bebidas embriagantes são admissíveis, boas,
saudáveis, ou inócuas, se ingeridas com moderação, desconsidera a advertência
clara das Escrituras 23. 29-35).
(4)- Esta
condenação da bebida alcoólica não significa que a Bíblia condena o uso de
todos os tipos de “vinho”. Yayin, a palavra hebraica comum para “vinho” no AT,
freqüentemente se refere ao suco de uva não fermentado. A Bíblia não condena o
uso de vinho não fermentado (ver 23. 29-35 notas; ver o estudo O vinho nos
tempos do Antigo Testamento, p.241). (bep)
Seja
inteligente
A
incontinência, e o vinho, e o mosto tiram a inteligência.
Oséias 4. 11
(arc)
O espírito de
prostituição, quer associado ao vinho velho, quer ao novo (mosto), destruía o
juízo e o discernimento dos caminhos de Deus. O vinho novo não fermentado
(i.e., tirosh), em si, não deixa de ser uma benção (ver Is. 65. 8 nota), mas
associado a atividades malignas, tais como a prostituição e a idolatria, faz-se
maldição para todo o povo de Deus. (bep)
Encha-se do
Espírito Santo
Não se
embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo
Espírito.
Efésios 5. 18
(benvi)
Paulo faz um
contraste entre se embriagar com o vinho, que produz uma temporária sensação de
“bem-estar”, e ser cheio do Espírito, que produz uma permanente alegria.
Embriagar-se com vinho está associado à antiga forma de vida e aos seus iníquos
prazeres. Em Cristo, gozamos de uma alegria superior, mais elevada e mais
duradoura, que cura nossa depressão, monotonia ou tensão mental. Não devemos
nos preocupar com o quanto temos do Espírito Santo em nós, mas com o quanto
nossa vida está entregue a Ele. Submeta-se diariamente à sua orientação e
obtenha d`Ele forças. (beap)
Conclamação
Acordem,
bêbados, e chorem! Lamentem-se todos vocês, bebedores de vinho; gritem por
causa do vinho novo, pois ele foi tirado dos seus lábios.
Joel 1. 5
(benvi)
Bêbados.
Embora Joel conclame ao arrependimento, a embriaguez é o único pecado
específico mencionado no livro. Pressupõe um modo egoísta de vida, de
satisfazer as próprias vontades (cf. Is. 28. 7,8; Am. 4.1), seguido pelos que
dão mais valor às coisas materiais que às espirituais. Chorem. Vários segmentos
da comunidade (os bêbados, aqui; a população em geral, v8; os agricultores,
v.11; os sacerdotes, v. 13) são conclamados a lamentar-se. A destruição das
vinhas pelos gafanhotos deixa os bêbados sem vinho para beber. (benvi)
Não se deixe
atrair pelo vinho
Não olhes
para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa
suavemente.
Provérbios
23. 31 (arc)
Este
versículo adverte sobre o perigo do vinho (hb. yayin) uma vez fermentado.
Portanto, o yayin a que se refere esta passagem deve ser distinguido do yayin
não fermentado. Fermentação é o processo pelo qual o açúcar do suco de uva
converte-se em álcool e em dióxido de carbono.
(1) – O verbo
“olhar” (hb. ra’ah) é uma palavra comum que significa “ver, olhar, examinar”
(cf. Gn. 27.1); ra’ah é também empregado no sentido de “escolher”, o que sugere
que não devemos olhar com desejo para o vinho fermentado. Deus instrui seu povo
a nem sequer pensar em beber vinho fermentado; nada se diz nesta passagem sobre
beber vinho com moderação.
(2)- o
adjetivo “vermelho” (hb. ‘adem) significa “vermelho, avermelhado, rosado”.
Segundo o Lexicon de Gesenius, isso refere-se à “efervescência” do vinho no
copo, i.e., seu borbulhar cintilante.
(3)- A frase
seguinte: “quando resplandece no copo”, diz literalmente “quando [o vinho] dá
olho no copo”. Trata-se das bolhas de dióxido de carbono produzidas pela
fermentação, ou à aparência borbulhante do vinho fermentado. (bep)
Jesus e a
água feita vinho
Disse-lhes
Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima. - E disse-lhes:
Tirai agora e levai ao mestre-sala. E levaram. - E, logo que o mestre-sala
provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os
empregados que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo. - E
disse-lhe: Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem,
então, o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.
João 2. 7 a 10 - (arc) -Ver do
versículo 1 ao 10-
Vinho bom. De
conformidade com vários escritores antigos, o vinho “bom” era o vinho mais
doce, vinho este que podia ser bebido livremente e em grandes quantidades sem
causar danos (i.e., vinho cujo conteúdo de açúcar não fora destruído através da
fermentação). O vinho “inferior” era aquele que fora diluído com muita água.
– (1) – O
escritor romano Plínio afirma expressamente que o “vinho bom”, chamado sapa,
não era fermentado. Sapa era suco de uva fervido até diminuir um terço do seu
volume a fim de aumentar seu sabor doce (IV. 13). Ele escreve noutro trecho que
“os vinhos são mais benéficos quando toda a sua potência é removida através do
coador” (Plínio, História Natural, XIV. 23-24). Plínio, Plutarco e Horácio
sugerem que o melhor vinho era o do tipo “inofensivo”.
– (2) – Os
documentos rabínicos afirmam que alguns rabinos recomendavam o vinho fervido. O
Mishna dos judeus diz: “O rabino Yehuda permite-o (o vinho fervido como oferta
alçada), porque a fervura o melhora”.
– (3) – É
notável que o adjetivo grego traduzido “bom” (v.10), não seja agathos, mas
kalos, que significa “moralmente excelente ou apropriado”. (bep)
As seis
talhas de pedra usadas por ocasião do casamento em Caná da Galiléia, continham
em números redondos de 80 a
115 litros
cada uma. (ndb)
A quantidade
de água transformada em vinho foi de 480 a 690 litros.
O conselho de
Paulo a Timóteo
Não bebas
mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das
tuas freqüentes enfermidades.
I Timóteo 5.
23 (arc)
(1) - Este
texto deixa claro que Timóteo não bebia nenhum dos tipos de vinho usados pelos
judeus dos tempos do NT (ver o estudo O VINHO NOS TEMPOS DO NOVO TESTAMENTO
(1), p.
1517). Se Timóteo tivesse o costume de beber vinho, não teria sido necessário
Paulo aconselhá-lo a tomar um pouco de vinho com propósitos medicinais (ver 3.
3 nota).
–(2)- Timóteo
começara a ter distúrbios gástricos, provavelmente devido ao teor de álcali na
água em Éfeso. Paulo, portanto, declara que ele devia usar um pouco de vinho
com aquela água para neutralizar os efeitos daninhos da alcalinidade. O vinho
usado para o estômago, de conformidade com os antigos escritos gregos sobre
medicina, costumava ser do tipo não-embriagante. O escritor Ateneu, declara:
“que tome vinho doce, ou misturado com água, ou aquecido, especialmente do tipo
chamado protropos (o suco de uva antes de espremê-las), por ser bom para o
estômago, porque o vinho doce (oinos) não deixa a cabeça pesada” (Ateneu,
Banquete, 2. 24; ver também Plínio, História Natural, 14. 18).
(3) –
Timóteo, por respeito ao apóstolo Paulo, tomaria “um pouco de vinho”, quando
necessário, e exclusivamente com fins medicinais. Citar o conselho de Paulo a
Timóteo para justificar o uso de vinho embriagante, em apoio a bebedores de
vinho, é distorcer o significado desse trecho bíblico. (bep)
Os
alcoólatras não herdarão o reino de Deus
Vocês não
sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem
imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, -
nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros
herdarão o Reino de Deus.
I Coríntios
6. 9 e 10 (benvi)
Paulo não
parece concordar com a opinião moderna, que diz que o alcoolismo é uma
“enfermidade”. Parece muito mais provável que ele atribuiria esse vício à
desintegração gradual da vontade, devido ao excesso de indulgência do indivíduo
consigo mesmo. Esse vício anda sempre de mãos dadas com várias outras formas de
vício. O alcoolismo é um multiplicador de vícios, produtor de numerosíssimas
misérias humanas. (nti)
Em uma
sociedade permissiva, é fácil para os cristãos ignorar ou tolerar algum
comportamento imoral (a cobiça, a embriaguez, etc.) enquanto se mostram
indignados com outros (por exemplo, furtos e homossexualidade). Não devemos
participar de qualquer forma de pecado ou tolerá-lo; não podemos ser seletivos
naquilo que condenamos ou perdoamos. Afastar-se das formas mais “aceitáveis” de
pecado é penoso, porém não é mais difícil para nós do que foi para os
coríntios. Deus espera que seus seguidores, de todas as épocas, tenham elevados
padrões morais. (beap)
Examine estes
textos: Provérbios 21. 17 - Provérbios 23. 20 e 21
Provérbios
23. 29 a
35 - Isaías 5. 11 e 22 - Isaías 28. 1
a 8
Lucas 21. 34
- Romanos 13. 13 - I Coríntios 5. 11 - Gálatas 5. 21
I Pedro 4. 3
Para pensar:
Ao ingerir bebidas alcoólicas mesmo em pequenas doses, estou cooperando para o
crescimento da indústria destes produtos?
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