segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Recebendo uma mudança real e positiva


O novo será sempre um desafio. Ele desafiará o velho, tentará reordenar os valores para estabelecer a mudança como válida. Um processo controverso, sem dúvida, que pode terminar mostrando que o novo é apenas mais uma face do velho. 
 
Afinal, o que torna algo realmente novo? 
E o que o faz tornar-se um melhoramento? 
 
Vamos meditar sobre o equilíbrio para a mudança, que a torna tanto aceitável, quanto frutífera. 
 
Quantas vezes você ouviu da sua empresa que vai haver uma grande mudança administrativa? 
 
Houve um tempo em que tudo era ré-engenharia. Na maioria das vezes, para os funcionários, isso somente significou cortes de cargos, gratificações e mais supervisão.
Quando estamos diante de desafios, geralmente, tendemos a polarizar as decisões, pensando que são soluções, mas isso é somente inverter a situação para outro extremo. Por exemplo, pessoas muito passivas entendem que para mudar devem tornar-se autoritárias, rígidas e inflexíveis. Ou pessoas que são rígidas, entendem que para mudar devem tornar-se um sim eterno e indiferenciado. Isso não é mudança real. É só a inversão do problema. 
 
O problema da rigidez é que ela é uma decisão antecipada de não escutar a mais ninguém a não ser a sua própria razão e seu querer. O problema de estar sempre concordando com outros é que você nunca vai poder contribuir com a sua posição e ela será anulada. Continuando a explorar esse exemplo, no caso do rígido ou do ultra-flexível, o problema real não é o que ele decide, mas como decide. A postura de ambos impede que a escolha seja relacionada à necessidade de resolver cada situação. Já existe um método pré-selecionado para todos os problemas: ceder ou não ceder.
O novo não pode ser apenas o oposto do atual, o novo precisa ser eficaz, precisa resolver os problemas. O novo, para não ser apenas uma mudança de problema, precisa resolver realmente as situações de conflito e trazer o equilíbrio que soluciona as questões e supre as necessidades.
Jesus trouxe uma proposta nova. Mas, muitas pessoas a interpretam como algo antigo. Ele veio para mostrar Deus em relacionamento conosco, mas muitos o interpretam apenas como um novo conjunto de regras ou uma desculpa para ações ritualísticas, filosóficas, políticas e sociais. No tempo do Novo Testamento, os fariseus eram ritualistas religiosos, que pensavam satisfazer a Deus com rituais; os saduceus eram negociantes políticos e religiosos, achavam que, com práticas e políticas sociais, poderiam ampliar a esfera de ação da igreja e seu poder. Observe que a intenção de ambos não era necessariamente má. Os fariseus e saduceus sinceros achavam que aquela era a forma correta de servir a Deus e havia honestidade nos corações deles. Mas, no fim, tudo estava como antes.
Não havia nada de novo nessas práticas. Deus não estava mais perto dos homens, quer com a repetição dos rituais ou com as ações sociais e políticas. Isso não resolvia a separação entre Deus e os homens. Além disso, havia os fariseus e saduceus hipócritas, que só se utilizavam do discurso dos seus grupos para obter vantagens pessoais, o que valeu várias críticas de Jesus (como em Mateus 23:13-29, por exemplo). Jesus veio trazer o novo que resolvia o problema da distância entre o homem e Deus, o problema que as duas repetições religiosas não resolviam.
Não adianta tentar resolver a necessidade de vida com qualquer outra coisa que não seja vida. Se nós queremos algo novo, precisamos resolver as nossas necessidades espirituais e não apenas repetir métodos das tradições, que vimos e ouvimos a vida toda ou que ouvimos em um workshop qualquer. Uma mudança real precisa responder primeiro à necessidade fundamental de todo ser humano, pois “[...]todos pecaram e carecem da glória de Deus,[...]” (Romanos 3:23). Há uma carência de glória, uma carência da presença de Deus, que precisamos suprir, antes de mais nada. Nenhum ritual, prática social ou política resolverá isso. Jesus é radical quando dá a solução: [...]respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. [...] quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.” (João 3:3-5).
Quando o novo é novo realmente, vem do céu e dá vida nova. Começando do zero, sobre novos princípios, animado por novo poder: “e, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” ( 2 Cor. 5:17). O novo de Jesus vem do cancelamento da dívida do pecado: “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz;” (Col. 2:14). Com Jesus, podemos realmente partir do zero. Mesmo mantendo a lembrança do que foi feito, podemos contar com o perdão dos nossos erros por Deus. Aceitar esse reinício é responsabilidade nossa.

Libertando-se para receber o novo


.Não é possível recomeço sem desligamento do passado. O passado só pode ser apagado pela aceitação do perdão. Mas o perdão é possível porque o pecado foi pago e a justiça foi executada com a pior pena, a morte na cruz. O direito de substituir-nos na cruz é dado a Jesus quando admitimos a nossa carência de Deus e as nossas imperfeições que nos afastam dEle.
Somente deixando a repetição é que poderemos trazer o novo para as nossas vidas. "O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia." (Provérbios 28:13). Deus enviou Jesus para nos dar o novo. Aceite a novidade de vida que Ele lhe oferece, e receba uma nova vida após enterrar um passado na cruz e receber o poder da ressurreição no guiar do Espírito para fazer algo realmente novo de sua vida, pois “[...]todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. ” (Romanos 8:14). E então, você poderá iniciar um processo de mudança real. Paulo sabia que todo o poder de mudança que estava contido nisso quando dizia:
 Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos. (Filipenses 3:8-11).
Observe que Jesus realmente iniciou algo novo na vida de Paulo, quando Paulo assumiu que Jesus seria seu marco zero. Paulo não estava apenas mudando de facção política ou ritual religioso. Havia algo fundamentalmente e irreversivelmente novo na sua vida, pelo qual ele deixou tudo que considerava como relacionamentos, princípios e métodos antigos. Pense nisso e procure um começo real e equilibrado, retirando de sua vida aquilo que é destrutivo, ou seja, que desagrada a Deus, buscando mudanças efetivas e que solucionem realmente as suas necessidades. Tome a Palavra de Deus e o guiar do Espírito Santo para basear as suas mudanças e certamente você encontrará sucesso.
Você pode orar assim:

Querido Deus, tenho tentado mudar minha vida de várias formas, tenho pensado, tentado e insistido, mas no fim vejo que tudo se repete. Senhor Jesus, me dá força e coragem para abandonar o que é velho e fadado ao fracasso na minha vida. Ajuda-me a distinguir e quebrar os ciclos que repetem a derrota e a construir novos caminhos onde encontre a tua paz, alegria e justiça, em nome de Jesus.

Blog: pastoraanavirginia.blogspot.com.br

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