segunda-feira, 25 de agosto de 2014

LIÇÃO Nº 06 (EBD) - O AMOR FRATERNO: A BASE DA COMUNHÃO.




TEXTO BÍBLICO: JOÃO CAP. 15.

LEITURA DIÁRIA:

Segunda – Feira ---------=> João 15: 1 – 10.
Terça – Feira -------------=>  João 15: 11 – 17.
Quarta – Feira -----------=> João 15: 18 – 27.
Quinta – Feira -----------=> João 13:  31 – 38.
Sexta – Feira -------------=> 1ª Tess. Cap. 4.
Sábado -------------------=> Lucas 10: 25 – 37.
Domingo----------------- => Efésios 5: 21 – 33.

Qual é o sentimento predominante nas relações entre os membros de uma família? A atmosfera de amor fraterno predomina. É aquele sentimento de sentir-se parte um do outro pelos laços de parentesco.

Os membros de uma família sentem-se interligado do ponto de vista genético, físico, social, emocional, econômico e espiritual. Alegra-se com a vitória um do outro. Ficam tristes quando um deles enfrenta problemas ou se encontra enfermo.

É o sentimento de amor fraterno familiar que ajuda as pessoas a enfrentarem um mundo que esta se transformando cada vez mais, mercê do fenômeno de uma economia  globalizado, em um mundo hostil, imperial e desumano. Neste sentido a família se torna num verdadeiro refugio para que os seus membros encontrem o ponto de equilíbrio e recuperem suas forças para enfrentar as batalhas do dia a dia.

A igreja é descrita como a família de Deus (Efésios 1: 9). Neste caso funciona como uma família expandida, ou seja, a família no ambiente social maior além dos laços mais íntimos de parentesco genético.

Como família de Deus temos a honra de fazer parte de um grupo peculiar. No entanto, essa honra implica também, em responsabilidades em termos de missão e ministério. Um dos privilégios e responsabilidade que temos é o de amar-nos uns aos outros. É uma ordem de Jesus: “ O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Isto vos mando : que vos ameis uns aos outros”(João 15: 12 – 17). É na mutualidade do amor fraterno que a igreja, mais do que nunca,  demostrará, de fato, que é a família de Deus no mundo.


1.       QUAL É O ALCANCE DO AMOR FRATERNO?

A)     O ENSINO BÁSICO.

Jesus deixou claro que o mandamento de amar o “próximo” não se limitava a uma classe especifica de pessoas. a forma gramatical esta no singular, mas a intenção esta no plural. Deus esta interessado nas pessoas que estão próximas de nós.

Ao doutor da lei que lhe perguntou: “Quem é o meu próximo?” Jesus respondeu com a parábola do bom samaritano (Lucas 10: 25 – 37). Um dos ensinos dessa parábola é o de que os próximos não são constituídos por determinadas classes de pessoas ou grupamentos geográficos de individuo. Próximos são todos aqueles que se encontrem em uma situação de necessidade onde quer que estejam. Em um sentido, próximo são todos os seres humanos em todas as partes, pois, todos tem necessidade de amor.

     B)      COMO COLOCAR ESSE ENSINO BÁSICO EM PRATICA?

Não nos é possível, de forma pratica, amar a todos os seres humanos a uma só vez. Mas é possível amar aqueles que estão perto de nós: os membros de nossas famílias formadas por laços de parentesco, os membros da família formada pela igreja e as demais pessoas com as quais temos algum tipo de relacionamento direto ou indireto. O principio Bíblico é o de um amor centralizado que começa com aqueles indivíduos que estão mais vinculados a nos e, estão, se estende de forma concêntrica a todas as demais pessoas.

       C)      O AMOR FRATERNAL COMEÇA COM O AMOR PRÓPRIO.

Para o cristão, a obrigação mais básica do amor terreno consiste em cuidar-se de sí mesmo (Efésios 5: 29). Amenos que proceda assim não poderá ajudar os outros. A base para que possamos amar os outros é o amor apropriado que devemos ter por nós mesmos. O mandamento é claro: “amarás a o teu próximo como a ti mesmo” (Lucas 10: 27).

Paulo exortou os crentes a trabalharem para si mesmo a fim de prover as suas próprias necessidades (1ª Tess. 4: 11.)

      D)     A  EXPANSÃO DO AMOR FRATERNO PARA COM AS OUTRAS PESSOAS.

A responsabilidade mais imediata de demostrar amor, depois que a pessoa demonstrou amor por sí mesmo, é para com a sua família. Desde o inicio Deus deixou claro que somos guardas de nosso irmão (Gên. 4: 9). Nenhuma pessoa é uma ilha que se auto abastece. Todos precisamos de ajuda uns dos outros. E todo homem esta debaixo da obrigação de prover o sustento e amparo daqueles que estão muito perto dele.

Paulo escreveu claramente a esse respeito. “Mas, se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior do que os incrédulos” (1ª Tim. 3: 8). Os pais de família devem começar demostrando amor para comos outros cuidando dos seus próprios filhos. Partindo desse circulo de amor, devem demonstra-lo para com outros parentes necessitados (1ª Tim. 5: 16).

      E)      O AMOR FRATERNAL DEMOSTRADO NA IGREJA.

De acordo com a bíblia, o próximo circulo de responsabilidade que temos se estende aos companheiros da fé. Paulo nos ensina: “Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé”. (Gálatas 6: 10). O apóstolo João acrescenta: Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? (1ª João 3: 17). Hoje, a nossa compreensão do “irmão necessitado” foi ampliada para incluir todos os tipos de necessidades e não somente a privação de bens matérias ou alimentos. Além do ambiente dos crentes, o circulo de amor deve expandir se para incluir a “todos os seres humanos” na medida do possível.


2.       O IMPERATIVO DO AMOR FRATERNO.

Esta exigência moral é por demais enfatizadas e, na verdade inclui tudo o mais que se possa mencionar. Nós encontramos em João 13: 14 – 35: Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. Ela é repetida mais duas vezes no evangelho de João (veja João 15: 12 – 17).

É bom salientar que, de acordo com o ensino de Jesus, o amor fraterno entre os membros da família de Deus, a igreja, tem um aspecto missiológico. É o amor fraterno que dará credibilidade às palavras de nosso testemunho.

O apostolo Paulo assim se expressou com relação ao amor reciproco: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor reciproco: pois quem ama ao próximo tem cumprido a lei” (Rom. 13: 8).

Escrevendo aos tessalonicense Paulo declara:  “e o Senhor vos faça crescer e abundar em amor uns para com os outros e para com todos, como também nós abundamos para convosco;” (1ª Tess. 3: 12) “Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que se vos escreva, visto que vós mesmos sois instruídos por Deus a vos amardes uns aos outros;” (Tess. 4: 9).

Em 1ª João a ordem de “amar uns aos outro” ocorre quatro vezes (1ª João 3: 11 e 23 1ªJoão 4: 7 e 11 – 12) e parece novamente em 2ª João Ver. 5. Este amor não é mero sentimento, muito menos uma questão só de palavras. Deve ser expresso “em atos e verdade” como João mostra em (1ª João 3: 19).

Deve ser demonstrado de forma pratica no entendimento às necessidades uns dos outros (ler 1ª João 3: 17 e a carta de Tiago como um todo). Essa é a prioridade concreta do amor.

Quem ama de verdade sempre materializa de alguma forma, o seu amor. O amor não é abstrato, mas é real e visível, porque sempre se concretiza.


3.       E DAI, O QUE FAZER?

O primeiro passo a ser dado é olhar ao redor e localizar as pessoas, na membresia da igreja, que estejam enfrentando algum tipo de necessidade. Não será preciso procurar muito. Observe bem. Fale com as pessoas. São membros desua família de fé. São seus irmãos e irmãs. Veja além dos problemas de ordem física e financeira. Esses problemas que sempre teremos de enfrentar.

Mas existem pessoas ao nosso redor que têm recursos matérias, mas carecem de atenção de alguém que se interesse por eles. De tempo para que eles falem dos seus problemas.  Ouça com atenção. Leia a Bíblia e ore com eles. Isso fará com que se tornem mais alegres. Você também ficará mais alegre por sentir-se útil e poder ajudar.

Olhe para dentro de você mesmo. Procure compartilhar os seus problemas com alguém da igreja em que você confie. Não se instale em torre de marfim como se fosse intocável. Admita os seus próprios problemas, pois esse é o passo importante para a sua solução. Fuja dos preconceitos seja eles de que tipo forem.

No corpo de cristo, a igreja, não deve haver preconceito de raça, cor, nível social ou econômico. Pois todos somos um em cristo e todos carecemos da graça de Deus.

Então, o que esta esperando? Comece agora a demostrar amor para com os seus irmão e irmãs, membros da mesma família de fé. Confie na direção do Espírito Santo sobre a melhor forma de agir ou falar. Vença o seu receio e timidez  e, a partir de hoje, firme o propósito de ser agente vivo de demonstração do amor de Deus através do amor.

CONCLUSÃO!

O amor fraternal foi uma das marcas evidenciadas pelos primeiros cristãos que mais impressionou os pagãos. Jesus falou que nisto seriamos conhecidos como seus discípulos: no amor.

Quando a evangelização não vai bem, não se trata apenas de induzirmos mudanças de métodos e técnicas. É preciso que, como crentes e como igreja, voltemos para dentro de nós mesmos e verifiquemos o nosso comportamento na forma de demostrarmos amor uns para com os outros.

Fazendo assim, estaremos tratando da causa básica do problema e estaremos, ao mesmo tempo, obedecendo fielmente àquilo que Jesus nos mandou fazer. Vamos colocar isso em pratica?


Autor: Pr. Darci Dusillek: Bacharel em teologia, licenciado em filosofia, especialista em documentação científica e mestre em ciência da informação. Foi professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, da Universidade do Rio de Janeiro, da PUC e da Universidade Gama Filho, todos no Rio de Janeiro.

É autor do conhecido Livro: A Arte da Investigação Criadora.
Em janeiro de 2006 lançou seu último livro: O Que Deus Sabe Sobre o Meu Futuro? — a doutrina da predestinação e eleição à luz da Bíblia, da teologia e da cosmologia.


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