quinta-feira, 8 de agosto de 2013

O problema é o coração


novo_coracao

Um colega e eu comprávamos batatas na feira de rua, de uma cidade pequena em algum canto da América do Sul. A pessoa que nos atendia era uma mulher muito simples, que seguramente mal sabia ler e escrever e com certeza nunca havia saído daquele pequeno rincão do mundo.

A mulher em lugar de balança usava um aparelho artesanal que só tinha capacidade de pesar até meio quilo. O que me chamou a atenção foi a esperteza com a mulher pegava duas ou três batatas que já tinha sido pesadas e as colocava de novo na balança até completar os dois quilos que queríamos comprar.

Olhei para meu colega e ele também tinha percebido a “jogada esperta” daquela mulher simples. “Não tem jeito”, disse meu colega, “o problema é o coração humano”.

O homem quando nasce, já vem com natureza pecaminosa. É egoísta e só gosta de fazer as coisas erradas.

Quando se é simples e quase analfabeto como a mulher da história, os atos errados são grotescos, simplórios e até ridículos. Mas, quando nos alcança a cultura e a educação, tornamo-nos sofisticados e polidos na arte de praticar o mal.

Por isso a promessa de Deus não tem que ver só com atos. “Ficareis purificados de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificareis”, mas “vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo” (Ez 36:26).

A promessa de Deus vai fundo. Onde realmente está o problema: ao coração, à natureza, à raiz do mal.

Quantas vezes somos enganados por superficialidades. Cada vez que se aproxima uma eleição, a esperança de que tudo vai mudar toma conta de nosso coração. “Este partido é o melhor”, pensamos. “Este sistema é a solução”, acreditamos e quase sempre as nossas esperanças são frustradas.

Sabe por quê?
 Porque o problema não está no sistema das coisas, está no coração do ser humano. Comunismo, imperialismo, direita, esquerda, centro, teoricamente todos desejam o bem.

O problema é o coração. Enquanto o ser humano tiver um coração inconverso, será egoísta por natureza, buscará seus próprios interesses sem se preocupar por outros. A cultura, a instrução tornará o homem mais ou menos sofisticado para a prática de seus atos, mas os atos serão sempre egoístas.

A pergunta é: 

“Sou realmente convertido ou a minha conduta não passa de uma sofisticada maneira de aparentar que tudo está bem?”

A pessoa realmente convertida não precisa provar que está convertida.

Ela simplesmente vive, e seus atos são frutos naturais maravilhosos para glória e honra de Deus.

Pr. Alejandro Bullón.

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