domingo, 27 de julho de 2014

LIÇÃO Nº 03 (EBD) - OBSTACULOS Á VIDA DE COMUNHÃO NA IGREJA.

 TEXTO BIBLICO: 1ª João Cap. 1.



 LEITURA DIARIA:

 Segunda Feira -------------=> 1ª João Cap. 1.

Terça Feira -----------------=> Salmo 133.

Quarta Feira ---------------=> Filipenses 2: 1 – 11.

Quinta Feira ---------------=> Efésios 2: 1 – 19.

Sexta Feira ----------------=> Mateus 18: 15 – 35.

Sábado --------------------=> João 1: 12 – 13.

Domingo ------------------=> Mateus 7: 1 – 5.

 Comunhão não é algo que se tem pronto. A comunhão estre pessoas precisa ser construída no relacionamentos. A própria palavra dimensão vertical de nossa comunhão com Deus não acontece de forma automática. Depende de esforço e muita disciplina horizontal da comunhão.

 Da mesma forma a dimensão horizontal da comunhão na igreja não acontece de uma hora para outra. Ela surge nos relacionamentos entre as pessoas que formam a comunidade cristã. Anteriormente considerávamos a importância de uma vida de comunhão entre os cristãos, como membros família de Deus.

 Surge então, a pergunta: por que o nível tão superficial de vida comunitária nas igrejas?

Quais as causas que impedem que os cristãos vivam uma vida de comunhão entre sí?

 A resposta a essas perguntas é de natureza complexas como a própria natureza do problema. Possivelmente existe um numero amplo que explicam o fenômeno psico-economico-social-espiritual da dificuldade de experimentarmos uma vida de comunhão frutífera e restauradora, de forma integral, da suade das pessoas em nossas igrejas.

 É bom ter na lembrança que a lista em análise não pretende ser exaustiva. Desafiando você e seu grupo a ampliarem essa lista a partir do que acontece em sua própria igreja ou congregação.

             1.       AUSÊNCIA DE CONVERSÃO.

 Pode acontecer  que aqueles que se reúnem como igreja a fim de cultuar a Deus não sejam cristãos de fato. Tem uma base cristã. Compartilham e defendem os valores cultura cristã. Seus pais foram ou são crentes, mas falta-lhes, como filhos, uma convicção de experiência pessoal e direta com a pessoa de Jesus Cristo. Em ultima análise, falta-lhes a experiência da conversão. Não nasceram de novo.

 Esse é fenômeno conhecido como o da segunda ou terceira geração de crentes. Esse grupo é formado por aquelas pessoas que nasceram no contexto da fé e se acostumaram aos valores cristãos. Sua vida, no entanto, se ressente da autenticidade dos que, pela fé no filho de Deus, recebem o direito de serem chamados filhos de Deus ( João 1: 12 – 13 e 1ª João 3: 1).

 Parece que as igrejas não estão preparadas para trabalhar esse problema. Na verdade, poucas igrejas têm consciência desse problema para dedicar a ele tempo necessário para desenvolver estratégias especificas que ajudem no seu equacionamento. No entanto, à medida em que avançamos na historia, esse fenômeno se torna mais crucial na vida das igrejas.

              2.       PECADOS NÃO CONFESSADOS.

 Um segunda causa pode ser o pecado não confessado na vida dos crentes. Não se trata de dizer genericamente que todos estamos em pecado. Significa a existência de pecados específicos, não confessados, os quais destroem em primeiro plano a nossa comunhão com os outros irmãos e irmãs;

 O pecado nos leva à desconfiança. Nos faz agir de forma camuflada. Temendo ser descoberto deixamos de ser espontâneo. Nossas conversas com outros se tornam superficiais em demasia. É sempre bom termos em casa memorias as palavras do apostolo João sobre o assunto (1ª João 1: 3 – 7).


          3.       INCAPACIDADE DE VIVENCIAR A GRAÇA DE DESUS.

 A falta de comunhão entre os crentes pode ser o resultado de nossa incapacidade de crermos o suficiente na graça de um Deus de amor revelado em Jesus Cristo.

 Falamos muito da garça mas somos incapazes de viver a graça em nossas experiência cotidiana. Predomina no seio da igreja uma atitude legalista, de condenação das pessoas junto aos seus erros. Não separamos as pessoas dos seus erros e generalizamos nosso conceito sobre elas. Gostamos de exercer o papel de Juiz dos outros em flagante desobediência ao mandamento de Jesus.(Mateus 7: 1 – 5. 18: 15 – 35). Olhamos mais para fora, para os outros, do que para nós mesmos.

 Assim procedendo temos dificuldade de cumprir o que o apostolo Paulo recomenda: Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Gálatas 6: 1.

 De acordo com esse ensino a igreja deveria funcionar como um hospital a fim de restaurar a saúde das pessoas em todos os sentidos, principalmente no plano espiritual. O ambiente na igreja deveria ser o mais saudável possível para que as pessoas ficassem á vontade para colocar para fora os seus problemas, sabendo que seriam compreendidas. Mas ao invés de agir assim, as igrejas tem se transformado em verdadeiros centros de contaminação e discursão de enfermidade pessoais e sociais.

 Tendo em vista um ambiente como esse, quem, em sã consciência, se habilitaria  a compartilhar problemas pessoais em um nível mais profundo.

             4.       A ESTRUTURA FUNCIONAL DA IGREJA.

 A estrutura funcional da igreja pode dificultar a comunhão. Uma estrutura hierárquica centralizadora tende a afastar as pessoas uma das outras. Essa estrutura pode ser muito formal. O próprio arranjo dos bancos no santuário pode tomar-se um obstáculo neste sentido.

 Bancos em fileiras fazem com que as pessoas se conheçam pelas nucas umas das outras. Bancos arranjados em forma circular fazem com que as pessoas olhem para os rosto umas das outras, o que facilita um contato mais pessoal entre elas.

 A igreja pode ser tão grande em numero de membros que as pessoas se perdem em sua grandeza. As igrejas muito grandes, no dizer de John stott tendem a ser agregações. Transformam-se em agregações de pessoas que não tem relação entre si.

 Isto tem levado algumas igrejas grandes  a desenvolverem a estratégia de trabalho em pequenos grupos a fim de aprofundar o sentido de comunhão entre os seus membros. São grupos de dez a doze pessoas que se reúnem uma vez por semana na casa de um de seus componentes para estudar a bíblia, compartilhar problemas, orar uns com os outros, demostrar solidariedade, recrear-se e ate mesmo “jogar conversa um pouco de fora”, sentindo-se como gente. Tudo o que se puder fazer para facilitar e aprofundar a comunhão entre os crentes ainda será pouco.

             5.       O ESTILO DE LIDERANÇA.

 O estilo de liderança do pastor e da equipe ministerial também pode ser uma das causa do baixo nível de comunhão na comunidade cristã. Pastores cujo estilo de liderança é muito formal se tornam distantes e suas ovelhas correm o risco de assumir esse comportamento na relação umas com as outras. Essa é uma razão pela qual os grupos carismáticos estruturados mais ao estilo de comunidade cristãs, geralmente mais informais, crescem de forma assustadora.

 Seria bom se as igrejas de corte mais tradicional fizessem uma avaliação de sua estrutura e estilo de funcionamento a fim de introduzir as mudanças que venham a atender à necessidade de comunhão por parte dos seus membros.

             6.       OS GRUPOS DE ELITE.

 Entendemos por elitismo, a atitude superior demostrada por alguém que produz um comportamento baseado na exclusividade. Trata-se de uma tendência satânica pois induz o conceito de segregação por classes dentro da igreja. Onde predomina o elitismo torna-se impossível vivenciar a verdadeira comunhão.

 No elitismos as pessoas constroem barreiras entre si. Na comunhão as barreiras são derrubadas pois as pessoas passam a ter as coisas em comum. Os assim chamados”grupos de elite” na igreja têm sido uma pedra de tropeço no sentido de impedir que os crentes desfrutem a benção de uma vida em comunhão (Salmo 133).

 A leitura e estudo de Filipenses 2: 1 – 11 nos lembra do exemplo de Deus que tomou-se servo entre nós para revelar –nos o amor, a graça e a salvação de Deus para todo gênero humano. 

            7.       A AUTO-SUFICIÊNCIA.

 Precisamos reconhecer, como o afirma Thomas  Merton, que “ homem algum é ilha”. Não pode haver comunhão quando as pessoas não percebem que dependem umas das outras. É uma atitude de orgulho que distancia as pessoas entre si.

 A hipocrisia predomina nessa atitude por criar a falsa impressão de que uma pessoa é melhor que a outra. Quem pesa dessa maneira jamais terá disposição para compartilhar seus problemas pois terá dificuldade de solicitara juda ao seu irmão ou irmã. Qualquer que seja a fonte da auto-suficiência, ela exclui por completo a comunhão.

           8. A VIDA EM FAMÍLIA PRESSUPÕE A VIDA EM COMUNHÃO.

 Escrevendo aos efésios (2: 19) “Paulo assim se expressa: Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus...”. Essa é uma verdade substancial que nos é dada pela revelação de Deus. A metáfora da família se aplica bem à igreja. No plano de Deus, as pessoas na igreja deviriam se considerar realmente como irmãos e irmãs.

 Numa família temos:


       1)      Origem comum;   

      2)      Vida em comum;

      3)      Identidade de proposito;

      4)      Diferença decorrente das personalidades de cada um;

      5)      Disposição para ajudar;

      6)      Ambiente favorável para compartilhar problemas;

      7)      Solidariedade.

 Dentre todos esses fatores destaca-se os que pressupõem a comunhão familiar. Esse é um fato psicossocial: a vida em família implica necessariamente numa vida de comunhão.

 Como é difícil quando numa família, surgem disputas e contendas que impedem a comunhão dos seus membros. Da mesma forma, como membros da família de Deus,  deveríamos nos esforçar por desenvolver a comunhão no mais extremo e profundo de que somos capazes. Isso será sem duvida algo que glorificará o nosso Pai que está no céu.

              CONCLUSÃO!


 Há muito por fazer com relação à comunhão a ser desfrutada e evidenciada pelos salvos em cristo. E, na Bíblia, temos diversos indicadores e princípios sobre a maneira pela qual podemos desenvolver a vida de comunhão no ambiente da igreja. isso implica em desenvolvera vida corporativa, o sentido de estar juntos, as atitudes e a mutualidade na igreja. são princípios tirados da palavra de Deus. Eles devem ser vistos no seu conjunto e não tratados de forma isolada.

 Em última análise tais princípios representam aquilo que nós, como cristão devemos uns aos outros.

 Vamos conhecê-los a fim de coloca-los em pratica?


 Autor: Pr. Darci Dusillek: Bacharel em teologia, licenciado em filosofia, especialista em documentação científica e mestre em ciência da informação. Foi professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, da Universidade do Rio de Janeiro, da PUC e da Universidade Gama Filho, todos no Rio de Janeiro.



É autor do conhecido Livro: A Arte da Investigação Criadora.

Em janeiro de 2006 lançou seu último livro: O Que Deus Sabe Sobre o Meu Futuro? — a doutrina da predestinação e eleição à luz da Bíblia, da teologia e da cosmologia.

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