segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Não deixe a ansiedade tirar a cor da sua vida

 


A ansiedade e o medo têm se tornado um lugar comum na nova sociedade. O dicionário a define como um:
Estado de ansiedade - angústia e de preocupação exageradas (neste caso fala-se de neurose de ansiedade) geralmente sem objecto [sic] definido, ao contrário de fobia. A ansiedade está, no entanto, ligada ao medo, tensão, e pode apresentar sintomas como dispneia e taquicardia. Todas as neuroses apresentam formas de ansiedade. As crianças podem passar por estados de ansiedade quando se sentem isoladas e desprotegidas. Fala-se de ansiedade objectiva [sic] sempre que existem causas reais, objectivas [sic] para a mesma - não é, neste caso, uma forma de neurose. (MESQUITA,DUARTE, 1996, p. 17).
A ansiedade envolve, então, uma relação com o querer e a proteção. Já o medo é mais agressivo: “estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou que, ao contrário, suscita essa consciência; [...] temor, ansiedade irracional ou fundamentada; receio [...] apreensão em relação a (algo desagradável).” (HOUAISS, 2009.

Observe o peso de tensão que esses dois estados provocam. Infelizmente, temos que conviver com eles enquanto as ameaças forem reais. Mas viver ansioso é diferente e Jesus nos diz para não viver permanentemente assim: “não se queixem ou tenham nenhuma ansiedade sobre nada, mas em todas as circunstâncias e em tudo, pela oração e petição (pedidos definidos), com ações de graças, continuem a fazer seu querer conhecido a Deus.(Filipenses 4:6).
Precisamos aprender a lidar com essas duas fontes básicas de ansiedade e medo: o medo da perda e o medo de ataques. Está tudo relacionado a posse, controle e proteção. Uma pessoa pode ser treinada para ser ansiosa quando ela precisa ter a posse e o controle de tudo à sua volta tendo medo de perder as coisas e as pessoas que são importantes para ela. O novo assusta porque é uma mudança naquilo que estava sob controle e era esperado. O assunto novo, o professor novo, o patrão ou chefe novos, o relacionamento novo, o novo amigo ou amiga, tudo é assustador para o ansioso e lhe leva ao seu mundo de previsões desastrosas.
Se faz um exame, lê o resultado e o interpreta da pior forma; se aparece um problema ele é rapidamente promovido a uma catástrofe de proporções mundiais (e pode terminar nem sendo nada porque o medo cria monstros onde não existem). Quanto mais segura e protegida uma pessoa, menos ansiosa.   A ansiedade é tão grade quando se torna em medo que existe uma categoria de doenças no código internacional de doenças (CID) para esses medos incontroláveis, as fobias.
A ansiedade fóbica geralmente se associa a uma depressão. Há pessoas com vários medos estranhos que as dominam e escravizam: medo de lugares abertos (não saem de casa) – agorafobia; síndrome de pânico (ansiedade paroxística episódica), mal cada vez mais comum na nossa sociedade. Ela tem sintomas que afetam não só a mente e as emoções, mas o corpo, tais como medo fobias, angústia, medo de enlouquecer, falta de ar, palpitações, tonturas, sensações de desmaios, choro… Essas podem ser algumas das sensações da doença. A lista é grande, mas precisamos entender que o medo é um comportamento aprendido, ninguém nasce com medo. Uma pessoa escravizada pela ansiedade é seu próprio carrasco, torturando-se com as piores possibilidades, antes mesmo que elas sejam possibilidades. A ansiedade, então, vai do comportamento de defesa natural até a fantasia, que pode levar ao pânico e às fobias.
Jesus ministrou muito sobre a ansiedade. A ansiedade em relação ao sustento, ao medo da rejeição e da perseguição. Além disso, Ele lidava com os apóstolos de forma que não desenvolvessem medo de errar e aprendessem a perdoar uns aos outros e estarem sempre dispostos ao novo. A grande solução de Jesus sempre foi o amor e o cuidado de Deus. Quando a proteção de Deus entra no circuito, a ansiedade sai e a paz reina.

A ansiedade quanto ao sustento

A ansiedade quanto ao sustento, pode vir de uma situação econômica difícil de origem social (problemas na sua família, comunidade, cidade, estado ou país) ou de uma necessidade não explicada de acumular, por medo que falte ou do fato de a posse estar associada à sua própria identidade, o que é um mal de raízes mais profundas.
Jesus dá uma lição sobre ansiedade no sermão da montanha, que vai de Mateus 5 a 7. No capítulo seis, Jesus descreve que a relação com Deus não deve ser aparente, até o versículo 18, a partir de Mateus 6:19, temos grandes lições sobre ansiedade relacionada a medo de perder ou não possuir:

1º. A intenção da posse nos dá alvos, que serão eternos ou temporários.

E isso é vital entender, pois guiará a nossa vida para a vida ou para a morte. Não enterre suas prioridades, as eleve aos céus.

19 Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; 20  mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; 21  porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. (Mateus 6:19-21)

2º. O perigo da cobiça: a perda do Senhor.

Na realidade, quem serve á cobiça, adora a si mesmo ou pelo que as posses podem comprar ou pelo que as posses possam dizer quem elas mesmas são. A cobiça atrai cobiça na razão direta das posses. Quem vive por elas e para elas não pode deixar de temer perdê-las um minuto, pois a pessoa não apenas tem posses, elas são possuídas pelos seus bens.
22  São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; 23  se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão! 24  Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. (Mateus 6:22-24)
Se você coloca o coração em ter e em ser através do ter, você nunca poderá estar em paz. Tudo o que é material é passageiro. As coisas que podemos conquistar com as mãos precisam ser instrumentos do reino de Deus, da paz, da alegria e da justiça e não ter o reino sacrificado por elas. Porque senão, depois que você conquistar as coisas materiais todas e perder a paz ou perder a paz por não tê-las, de que vale? Quanto custa a sua paz? Então, não a entregue por uma conta não paga, um problema não resolvido, ou seja lá o que for, que o Deus que fez o sol nascer hoje, puxando-o pela mão desde a China, está à frente providenciando a solução que Ele prometeu.

3º. Não andeis ansiosos pela vossa vida...

Com o foco certo, Jesus corrige, então, com uma afirmação clara e exortações mais duras:
25 Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? 26  Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? (Mateus 6:25-26).

Ansiedade é  inútil

A ansiedade é um gasto de energia terrível, esgotante. É a primeira exortação de Jesus, não perca suas forças nisso, é inútil, você está sendo roubado ou roubada. Às vezes, o Senhor tem que nos dar uma puxada de orelha clara.
Se ansiedade ganhasse alguma coisa não eram os times que iam para o campo, eram as torcidas. Mas, quem ganha o jogo são os jogadores. A torcida pode sofrer o quanto quiser e não vai mudar nada. Por outro lado, é bem sabido que quando os jogadores estão ansiosos não jogam tudo o que podem e chegam até a perder a partida porque perdem a capacidade de concentração. De tanto temer o pior futuro, ele chega antes da hora. A ansiedade é uma inútil, que perturba e rouba até as possibilidades e habilidades que você tem, aprenda a focar-se e fazer o melhor possível naquilo que puder fazer, no momento em que está fazendo. Pois: “qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” (Mateus 6:27). 

Será que não consegue enxergar?

A provisão do Pai está à nossa volta, transbordante e generoso. É o segundo alerta:

28  E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. 29  Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. (Mateus 6:28-29).
Salomão sempre foi a referência em termos de opulência em todos os sentidos. Opulência de sabedoria (se você tem medo de não aprender), opulência em riquezas (se você tem medo de não ter), opulência em termos de aliados ( se tem medo de não agradar ou fazer amigos), em sucesso nos relacionamentos afetivos amorosos (se você tem medo de ser rejeitado), em relação à contribuição para o templo foi o construtor da maior obra (para os que temem falhar). Tudo o que havia em Salomão era astronômico, rico e transbordante. Então, Jesus mostra que isso é só um esboço do que Deus pode e faz todos os dias, várias e várias vezes, sem parar. Aquilo que nós achamos tão maravilhoso, que é impossível ou grande demais para atingirmos, é quase nada diante de todas as maravilhas que desabrocham livremente à nossa volta.
   
Ansiedade mostra pouca confiança no amor e na proteção de Deus
Observe a terceira reprensão: “Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?” (Mateus 6:30).  Ora, porque tanta angústia se vocês têm um Deus poderoso que é seu Pai e criou o céu e a terra e os sustenta no seu poder? Não sofra por antecedência, cuide do que você tem que resolver focado naquele momento. Senão, você não resolve nem o que pode hoje e nem o impossível de amanhã.

Você precisa viver uma vida diferente

E Jesus termina a iguala os ansiosos com os gentios:
31  Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? 32  Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; 33  buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. 34  Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. (Mateus 6:31-34)
  
Quando estamos ansiosos, no fundo não estamos confiando na ação do Senhor sobre aquele assunto. Só nos resta pedir misericórdia e dobrarmos os joelhos para ficarmos livres do medo do futuro, de errar ou de qualquer espécie de medo. A raiz é a sensação aprendida de não ser protegido ou amado incondicionalmente, pois não temos medo quando estamos certos de que algo não pode nos atingir. Uma criança mete o brinquedo de metal na tomada sem a intenção ou medo de levar o choque porque ela não sabe o que é choque e nem que ele está associado à tomada. Após o choque ou a repreensão dos pais, ela passa a evitar a tomada como algo mau. O medo é aprendido. Mas a criança que leva um choque tem mais medo da tomada do que a que nunca a “testou”.
A segurança, por sua vez, também é aprendida. Se os braços do pai sempre estão lá para ampará-la, ela sempre vai pular sobre ele. Ela não vai aprender que não tem quem a segure, pelo contrário. E quando algo não pode nos atingir, não temos medo. A proteção é a raiz da segurança e a desproteção a raiz do medo. A desproteção cria uma certeza interior de perigo e de incapacidade de defender-se. Então, perdoe quem lhe ensinou a não confiar em que a provisão vai chegar e receba a provisão de Deus.

Os limites e o medo

O medo ensina limites, quanto mais medo, mais limites. Se obedecermos ao medo , somos cativos. Se nos rebelarmos e formos contra tudo o que nos ameaça por si só, não vai resolver. Geralmente é o que acontece em famílias que prendem os filhos pelo medo. Ou eles são bastante temerosos e limitados ou e tornam rebeldes contra todos os limites.
Muitos relacionamentos são baseados no medo: medo de ser castigado, rejeitado, de perder o outro. Esses relacionamentos são atormentadores.

O medo pode ser bom?

Sim, quando o limite é justo e seguro. Quando o limite é para a vida. Não coloque o dedinho na tomada! Desde uma interpretação errada da psicanálise que acham que Freud disse que não se posse limitar pessoas, não devemos ter vergonha ou medo. Não foi isso que ele disse. Pelo contrário, ele disse que esses limites dão condições de vida na sociedade, pois nos fazem respeitar os limites dos outros. E também disse que certos limites impostos erroneamente, bloqueados quando não deviam ou mal direcionados eram malefícios à sociedade.
Então, não devemos temer o medo (que frase estranha). O medo é parte da natureza humana, como errar. Paulo sentia medo e Davi também. Diz Paulo: “porque, chegando nós à Macedônia, nenhum alívio tivemos; pelo contrário, em tudo fomos atribulados: lutas por fora, temores por dentro.” (2 Coríntios 7:5). Paulo enfrentou muitas coisas pelo evangelho, inclusive o medo. Mas, algo para ele era mais precioso, algo ele temia mais perder do que sua própria vida, a presença e a comunhão do Senhor.
A mesma coisa mostrou Moisés, quando falou ao povo que avançasse sem medo por temor ao Senhor: “respondeu Moisés ao povo: Não temais; Deus veio para vos provar e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis.” (Êxodo 20:20).  É esse temor que vai nos dar saúde espiritual e guardar a nossa vida. Observe como Abrão fala de um povo onde não há temor de Deus: “Respondeu Abraão: Eu dizia comigo mesmo: Certamente não há temor de Deus neste lugar, e eles me matarão por causa de minha mulher.”  (Gênesis 20:11). Se não há temor do Senhor, o pecado domina.   

Davi sentiu muito medo...

A diferença é o que ele fez com o medo. Como o conduziu. Veja a confissão de Davi de sua situação emocional. Ele não teve o menor pudor de dizer que estava aterrorizado, horrorizado pela opressão dos inimigos. Ele queria fugir para longe dali voando:
2  Atende-me e responde-me; sinto-me perplexo em minha queixa e ando perturbado, 3  por causa do clamor do inimigo e da opressão do ímpio; pois sobre mim lançam calamidade e furiosamente me hostilizam. 4  Estremece-me no peito o coração, terrores de morte me salteiam; 5  temor e tremor me sobrevêm, e o horror se apodera de mim. 6  Então, disse eu: quem me dera asas como de pomba! Voaria e acharia pouso. (Salmo 55:2-6)
E o que aconteceu quando ele clamou ao Senhor e levou seu medo até o Senhor ao invés de ficá-lo cultivando e fugir?
O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O SENHOR é a fortaleza da minha vida; a quem temerei? 2  Quando malfeitores me sobrevêm para me destruir, meus opressores e inimigos, ele é que tropeçam e caem. 3  Ainda que um exército se acampe contra mim, não se atemorizará o meu coração; e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança. (Salmo 27:1-3)
A fé nos faz vencer o medo. Quando colocamos os nossos limites diante do Senhor e humildemente dizemos que precisamos de ajuda, Ele vence os nossos limites.

A presença do Senhor afasta o medo

Veja as promessas de Deus para você enfrentar qualquer situação:
“Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.” (Jeremias 32:40)
 “6  Sede fortes e corajosos, não temais, nem vos atemorizeis diante deles, porque o SENHOR, vosso Deus, é quem vai convosco; não vos deixará, nem vos desamparará. [...] 8  O SENHOR é quem vai adiante de ti; ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não temas, nem te atemorizes.” (Deuteronômio 31:6,8)
“ Não temas, não te atemorizes; toma contigo toda a gente de guerra, e dispõe-te, e sobe a Ai; olha que entreguei nas tuas mãos o rei de Ai, e o seu povo, e a sua cidade, e a sua terra.” (Josué 8:1)
 “Não temas, pois, servo meu, Jacó, diz o SENHOR, nem te espantes, ó Israel; pois eis que te livrarei das terras de longe e à tua descendência, da terra do exílio; Jacó voltará e ficará tranqüilo e em sossego; e não haverá quem o atemorize.” (Jeremias 30:10)
Deus cuida de nossos medos. O medo pode vir de repente, enquanto você está num momento maravilhoso, o inimigo vai querer assustá-lo, mas o Senhor estenderá sua mão. Lembre-se que Jesus estendeu as mãos para Pedro quando ele temeu: “30  Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor! 31  E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste?” (Mateus 10:30-31).
Você pode perder o foco por um momento e assustar-se, começar a afundar na angústia, mas é só clamar ao Senhor. Ele está à distância de lhe estender a mão e impedi-lo de afogar-se na sua ansiedade e no medo. Ele é socorro bem presente, no dia da angústia. É o amor quem vence o medo. O amor lança fora o medo porque o medo produz tormento: “no amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.” (1 João 4:18).   O Senhor é a nossa defesa, nossa força, aquele que nos escuta. Nós podemos orar como Davi orou:
3  [...] tu, SENHOR, és o meu escudo, és a minha glória e o que exaltas a minha cabeça. 4  Com a minha voz clamo ao SENHOR, e ele do seu santo monte me responde. 5  Deito-me e pego no sono; acordo, porque o SENHOR me sustenta. 6  Não tenho medo de milhares do povo que tomam posição contra mim de todos os lados. 7  Levanta-te, SENHOR! Salva-me, Deus meu, pois feres nos queixos a todos os meus inimigos e aos ímpios quebras os dentes. (Salmo 3:3-7).


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