Era manhã, bem cedinho, quando Jesus
resolveu sair do monte das Oliveiras e voltar para o templo, em
Jerusalém. E muitos do povo vinham ao seu encontro. Assentando-se, Jesus
ensinava-lhes a Palavra de Deus, quando, de repente, estourou em sua
frente um dilema: uma mulher pega em adultério, trazida pelos escribas e
fariseus. Ao pô-la no meio, acusaram-na de ter cometido um delito
contra a lei de Moisés, o adultério (Jo 8.4, 5).
Em Levítico 20.10, diz-nos a Bíblia que,
tanto a mulher quanto o homem que cometessem o pecado de adultério,
deveriam arcar com as consequências do ato: “O homem que adulterar com a
mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo,
certamente morrerá o adúltero e a adúltera”. Entretanto, não foi o que
aconteceu no caso exposto a Cristo (v.4). Onde se encontrava o adúltero?
Por que só trouxeram a mulher? Simplesmente porque os acusadores
achavam-se “justos” demais, a ponto de apenas verem os erros dos outros e
esquecerem-se dos seus (Mt 7.3).
Jesus estava sereno... Apesar de ter
sido interrogado pelos religiosos por várias vezes sobre o que a mulher
merecia, permanecia calado. Pouco tempo depois, inclinando-se,
aproveitou para deslizar seu dedo santo sobre a terra... Parecia que o
Mestre não tinha uma resposta pronta e eficaz para derrubar os
argumentos dos denunciantes. Porém, de repente, endireitando-se,
irrompeu o silêncio com a seguinte frase: “Aquele que dentre vós está
sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (v.7). E
retornando a se inclinar, continuava a escrever na terra. Ao ouvirem e
verem isso, os acusantes “saíram um a um, a começar pelos mais velhos
até aos últimos” (v.9).
Frente a frente com Jesus, a mulher
ouviu da boca do Advogado Divino: “Mulher, onde estão aqueles teus
acusadores? Ninguém te condenou?” (v.10) Ao passo que ela disse:
“Ninguém, Senhor”. “E disse Jesus: “Nem eu te condeno; vai-te e não
peques mais” (v.11).
Nesse relato bíblico, fica expressa a
vontade de Deus para com os homens - o abandono do pecado. “Vai-te e não
peques mais” é o desejo do Santo para todos. O Senhor requer de seus
filhos reverência e santidade, para que possa encontrá-los puros e
usá-los como lhe apraz sobre a Terra (Lv 11.45; Js 3.5; 1 Pe 1.15, 16;
Rm 8.6-8; 1 Co 3.16; 6.18-20; 2 Co 6.14-18; 7.1; ).
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