Abalado
psicologicamente pela mortal ameaça de Jezabel (1 Rs 19.1-4), o profeta
Elias, que demonstrou grande confiança em Deus e autoridade espiritual
diante do povo de Israel no monte Carmelo (1 Rs 18.20-46), entrou numa
caverna e pensou que apenas ele havia sido fiel à Javé em meio à apostasia que assolava o Reino do Norte. Ao
que da parte do Senhor ouviu: "Também eu fiz ficar em Israel sete mil:
todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o
beijou" (1 Rs 19.18).
Buscando
compreender o sentido da resposta divina a Elias, podemos entender de
que não somos insubstituíveis na obra do Senhor. Deus sempre conta com o
remanescente fiel. Na Casa do Oleiro, constantemente haverá crentes que
pleitearão pela causa do Mestre, servos abnegados que militam
voluntariamente, "a fim de agradarem àquele [o Senhor] que os alistou
para a guerra" (2 Tm 2.4, grifo meu).
Não
sejamos altivos, a ponto de pensarmos que somos capazes de realizar
alguma coisa mediante nossas próprias virtudes (1 Co 15.10). Tudo quanto
já executamos, fazemos e, conforme a permissão de Deus, ainda vamos
proceder é obra da inefável misericórdia de Deus (Lm 3.22; Gn 2.7; Sl
139). Conforme Filipenses 2.13, "Deus é o que opera em vós tanto o
querer como o efetuar, segundo a sua vontade".
Elias,
numa das cavernas do monte Horebe, pôde compreender melhor essas
verdades espirituais e continuar seu profícuo ministério, entendendo de
que era mais um entre tantos homens e mulheres de Deus que este podia
usar para a realização de Sua obra. Esse profeta não era "o" servo, mas
"um" servo à disposição de Javé. Na obra do Senhor, todos são importantes, mas ninguém insubstituível.
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