A
doutrina do perdão permeia tanto o Antigo quanto o Novo Testamento.
Portanto, qualquer cristão genuíno tem a obrigação de perdoar, pois
esta nobre ação não é nem pode ser facultativa, isto é, dependente de
quem quer ou não remitir as ofensas ou dívidas alheias: "Não devias tu,
igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive
misericórdia de ti?" (Mt 18.33), disse o Senhor, representado pelo rei
da "parábola do credor incompassivo".
No
Antigo Testamento, podemos ler e acompanhar vários exemplos de perdão.
Deus, após o pecado do primeiro casal, Adão e Eva, demonstrou esse
sentimento quando "fez... a Adão e a sua mulher túnicas de peles [de
animais] e os vestiu" (Gn 3.21, grifo nosso). Outro gracioso exemplo foi o de José, quando se deu a conhecer a seus maldosos irmãos:
"E
disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram...
Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por
me haverdes vendido para cá... Pelo que Deus me enviou diante da vossa
face, para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida
por um grande livramento" (Gn 45.4, 5, 7).
No
Novo Testamento, também podemos observar inúmeros ensinos e episódios
onde pessoas ofendidas perdoaram a quem as ofendeu (Mt 6.12, 14, 15; Lc
15.11-32; Jo 8.1-11). Quem não se lembra do "Texto Áureo" da Bíblia:
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"
(Jo 3.16).
Quem sabe se algum de nós não esteja precisando de liberar perdão para alguém? Será
que somos melhores do que o próprio Deus? Creio que não: "Antes, sede
uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus vos perdoou em Cristo... se alguém tiver queixa contra o outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também" (Ef 4.32; Cl 3.13; cf. 2.13).
Jamais nos esqueçamos de que "perdoar é uma atitude louvável e necessária".
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