Às
vezes, pergunto-me: "Por que Deus escolheu-me, sendo eu uma pessoa tão
limitada, fraca e falha?". Confesso que, se eu fosse Deus, não me
escolheria. No entanto, Deus escolheu-me e nomeou-me para ir e dar
muitos frutos (Jo 15.16). E não só a mim, mas o Senhor, ao longo de
milênios, tem escolhido milhões e milhões de vidas para estarem sob Sua
proteção e direção (Jo 1.12, 13).
O
que me consola espiritualmente é o fato de o Senhor escolher coisas
que, aos olhos humanos, são "loucas", "fracas", "vís", "desprezíveis" e
"que não são", com o fito de aniquilar as que são (1 Co 1.28). Quem pode
entender completamente as escolhas de Deus? Quem pode perscrutar os
seus juízos? "Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis,
os seus caminhos!" (Rm 11.33).
Em outra versão bíblica, a da Nova Bíblia Viva, podemos ler o que diz 1 Co 1.26-29:
"Observem
entre vocês mesmos, queridos irmão, que poucos de vocês que foram
chamados eram sábios de acordo com os padrões humanos, poucos eram
poderosos ou de nobre nascimento. Pelo contrário, Deus deliberadamente
escolheu valer-se de ideias que o mundo considera loucura para
envergonhar aqueles indivíduos que o mundo considera sábios e grandes e
escolheu o que o mundo acha fraco para envergonhar o que é forte. Ele
escolheu o que é insignificante e desprezado pelo mundo, e que não é
levado em conta absolutamente para nada, e o utilizou para reduzir a
nada aqueles que o mundo considera grandes, para que ninguém, em parte
alguma, se vanglorie na presença de Deus".
Quem
imaginaria que Deus iria escolher o pequeno Davi, filho de Jessé (1 Sm
16)? E a escolha de Paulo que, segundo as Escrituras, perseguia
cruelmente a Igreja Primitiva (At 9.1-18; 7.58; 22.4, 5). E Pedro, que,
no final do ministério de Jesus, ainda era como um barro de péssima
qualidade (Jo 18.10)? Sim, é verdade! Mas Deus o havia escolhido... Quem
poderia revogar a sentença do Senhor. Os seus pensamentos são
diferentes dos nossos (Is 55.8).
Diante
de tão inefável misericórdia divina, resta-nos reconhecer que ninguém é
como o nosso Deus: "... porque o Senhor é muito misericordioso e
piedoso" (Tg 5.11). Indubitavelmente, "a tua misericórdia, SENHOR, está
nos céus, e a tua fidelidade chega até às mais altas excelsas nuvens"
(Sl 36.5). Jamais Deus desiste e se esquece de nós!
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