sábado, 11 de maio de 2013

A cura da amargura na família



Gênesis 26.34,35
-Introdução: A família de Isaque e Rebeca foi marcada por amargura devido a contendas entre seus dois filhos Esaú e Jacó, e posteriormente pela desobediência de Esaú se casando com mulheres de outros povos, que levaram outros deuses e amarguras para aquela casa. Amargura é comparada na Bíblia com espinhos que se alastram pela terra dando amargura a quem cuida do terreno (Hebreus 12.14-17). É como algo Amargo que se come e o gosto fica mesmo se comer algo doce.-.
Por isso a Bíblia diz para não se pôr o sol sobre a nossa ira (Efésios 4.26), porque se deixarmos a ira para amanhã ela pode crescer e se enraizar e tomar conta do nosso coração prejudicando outras pessoas.
Como curar amargura na família?
Através da cura na família de Isaque e Rebeca podemos aprender sobre como curar a amargura na família baseando também nas orientações do apóstolo Paulo no Novo Testamento: 
1- Cura da amargura do MaridoColossenses 3.18
A esposa ter SUBMISSÃO ao marido cura a amargura no coração deste. Submissão é estar sob a mesma missão, como Deus disse ao criar a mulher que seria uma auxiliadora idônea (Gênesis 2.18). O marido fica feliz quando a mulher lhe ajuda. Rebeca foi submissa ao se abrir contando ao seu marido a respeito de problemas com seus filhos (Gênesis 27.42).
A mulher pode curar a amargura do marido sendo submissa.
2- Cura da amargura da EsposaColossenses 3.19
A mulher e curada da amargura quando o marido tem AMOR pela Esposa como Cristo ama sua Igreja (Efésios 5.25) e não conforme o amor do mundo. Isaque amava Rebeca e  orou por sua mulher para que pudesse ter filhos (Gênesis 25.21).
O homem pode curar amargura da esposa amando-a.
3- Cura da amargura dos PaisColossenses 3.20
Os pais são curados da amargura quando os filhos andam em OBEDIÊNCIA para com seus pais em tudo (Efésios 6.1-3) como diz o texto. Obedecer quando a vontade do Pai e da mãe é a nossa é fácil, mas quando não é, fica difícil. Por isso é importante obedecer em tudo.
Quando Rebeca acolheu mais a Jacó do que Esaú, eles sofreram amargura. 
Os filhos curam amargura nos pais através da obediência.
4- Cura da amargura dos FilhosColossenses 3.21
A amargura dos filhos é curada quando os pais têm PACIÊNCIA com eles e não os provoquem à Ira fazendo coisas que não lhes agradam (Efésios 6.4).
É preciso haver união, pois um reino dividido não subsiste (Marcos 3.24) e não podemos servir a dois senhores (Lucas 16.13). Por isso o pai e a mãe devem entrar em acordo para não dividir os filhos confundindo-os. 
Os pais curam amargura nos filhos quando são pacientes.
5- Cura da amargura dos IrmãosGênesis 33.1-4
Esaú e Jacó foram inimigos por 20 anos e guardaram amargura do passado. Mas Jacó mandou presentes à frente e foi se humilhando pelo caminho e se reconciliou com seu irmão.
Para irmãos é importante a RECONCILIAÇÃO, mesmo que sem palavras (que talvez acabe em acusações), mas com expressões como se humilhar, abraço, beijos, choro de arrependimento.
Um irmão deve perdoar o outro para ser curados da amargura.
Deus cura a amargura na família!
-CONCLUSÃO: Isaías 53.4,5
Mesmo que talvez seu familiar não esteja aqui para ouvir esta mensagem e saber que pode curar sua amargura, saiba que Jesus está aqui e Ele pode curar você.
Deus quer que você ajude a curar a amargura de outras pessoas e que sejamos sarados por Ele para aliviar outras vidas.
Jesus levou sobre si toda a amargura do mundo e quer abençoar nossa família curando pelo seu sangue.

Restaurando a Família

Gênesis 21.8-21
-Introdução: A Bíblia ensina que o “homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha” (Mateus 7.24) e “a mulher sábia edifica sua casa” (Provérbios 14.1). Estes pensamentos nos ensinam que precisamos edificar nossas famílias. Contudo a Edificação de um lar não é algo que acontece apenas na cerimônia de casamento, quando mudamos para uma casa nova ou em datas especiais para a família. A Edificação da Família é algo que precisamos fazer a vida toda.
Muitas vezes levamos tempo construindo nossas famílias e por um momento parece que tudo desmorona diante dos nossos olhos, por isso é preciso sempre edificar lembrando que “Se o Senhor não edificar a Casa, em vão trabalham os que a edificam” (Salmos 127.1). Por isso, devemos entender que muitas coisas construídas por nós são vulneráveis e instáveis, mas o que for edificado por Deus jamais se abalará, pois “os que confiam no Senhor são como os montes de Sião que não se abala, firme para Sempre” (Salmos 125.1).
Isso é o que aconteceu com Agar. Como escrava não tinha família, mas um dia sua patroa Sara resolveu recebê-la como membro da Família. Agora Agar tinha casa, marido e teve um filho chamado Ismael. Embora parecesse agradável, não era o plano de Deus. Então um dia de festa na casa de Abraão, Sara mandou Agar embora com seu filho apenas com um pouco de água e pão.
Quando Agar se viu no deserto e tendo acabado o pão e a água, pensou que sua família tinha sido destruída. Estava desesperada, faminta, perdida no deserto e com olhos inchados de angústia. Mas Deus, em sua infinita misericórdia, quis restaurar o seu lar.
   Como restaurar minha família?
Vamos aprender com Agar, como Deus restaura nossa família em tempos difíceis:
1- Não siga a visão do homem: v.11 “pareceu isso penoso aos olhos de Abraão”
Aos olhos de Sara, tudo estava bem para ela que agora tinha seu filho já desmamado e não precisaria mais da escrava. No meio de uma festa (v.8) aconteceu toda a confusão. Em momentos de prosperidade precisamos ter cuidado e vigilância para não prejudicar os outros.
Aos olhos de Agar, seu futuro estava no fim e não teria mais condições de sobrevivência. Mesmo assim aceitou a situação e não quis prejudicar ninguém com Sara havia feito.
Aos olhos de Abraão tudo estava errado e cometeria uma grande injustiça. Nisso ele estava certo.
Para reedificar nossas famílias sempre, não podemos nos entregar à desventura das opiniões alheias. Não podemos confiar nos planos do homem porque são incertos (Provérbios 16.1) e lembrar que “maldito o homem que confia no homem” (Jeremias 17.5).
Se numa estrada voe olhar para o lado errado, corre grande risco de errar a direção. Por isso mantenha o foco. Não aceite tristeza cegando sua visão.
Muitas vezes nós e nossos familiares cometemos erros e estragos ainda maiores quando tentamos concertar. Então quando tudo estiver errado, pare tudo e não continue o erro.
                              
2- Busque a visão de Deus: v.12,13 “Disse Deus a Abraão: não te pareça isso mal ... mas também do filho da serva farei uma grande nação”
Embora para todos, inclusive Abraão que tinha uma visão espiritual, tudo estava errado, Deus por sua misericórdia queria concertar. Aos olhos humanos não havia solução, mas para Deus “não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lucas 1.37).
Sara estava cega pelo rancor e vingança. Abraão estava cego de dó e remorso. Agar cegou-se de tristeza. Mas Deus estava vendo tudo.
Em momentos de dificuldades não devemos precipitar em decisões porque nossas mente se bloqueia e não consegue raciocinar corretamente.
A solução para Agar foi clamar a Deus. Ela “levantou a voz e chorou” e “Deus ouviu” (v.16). Com isso aprendemos que precisamos chorar não diante do homem e sim diante de Deus que “nos enxugará dos olhos toda lágrima” (Apocalipse 1.7). Se você não tiver uma saída, comece a buscar a visão de Deus orando e Ele se revelará para você.
Deus surpreendeu Agar enviando seu Anjo para lhe falar palavras de consolo e fortaleza prometendo para seu filho “eu farei dele um grande povo” (v.17). Nos momentos mais difíceis de nossas vidas a presença de Deus se torna ainda mais sensível a nosso favor.
3- Abra os olhos e veja o impossível: v.19 “Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água”
Se Deus tivesse feito brotar ali um poço de água, a Bíblia revelaria, mas entendo que o poço já estava ali, mas Agar de tão angustiada não conseguiu ver. Ela se levantou, bebeu água, refrigerou seu corpo e alma, pegou água, levantou seu filho esmorecido pela secura do deserto e lhe deu água.
Quando Agar olhou ao redor e viu direito, aquele local não era bem um deserto, havia água e ter água num deserto representa ser rico. Agar ficou rica! Ela construiu uma casa, cuidou do poço de água que seria um atrativo para viajantes, treinou seu filho para ser flecheiro e defender a propriedade (v.20).
De agora em diante ela era conhecida como Dona Agar, uma mulher respeitada e as pessoas diriam ‘aquele poço ali é da dona Agar e olha, o filho dela é flecheiro, heim’. Todos a respeitariam.
Agar mandou vir uma moça de sua terra do Egito para casar com Ismael (v.21) e ele constituiu família. Ela conseguiu reconstruir seu lar. A promessa de Deus se cumpriu!
 
Não deixe sua família desmoronar!
-CONCLUSÃO: v.18 “ergue-te, levanta o rapaz”
Agar se ergueu e levantou seu filho. Quem você precisa levantar em sua família? O esposo precisa se erguer e levantar a esposa e um ao outro bem como aos seus filhos. A família precisa estar em pé na presença de Deus.
Muitos casamentos desmoronam porque o homem ou a mulher não vigiam. São cegados por qualquer situação inesperada. Os pais precisam estar de olhos abertos para edificar seus filhos na presença de Deus. Não  conduza seus sonhos familiares pelo que as pessoas dizem ou pelo que Deus diz.
Você tem visto o futuro de sua família pelo olhar humano ou sobrenatural?
Deixe Deus abrir seus olhos para levantar sua família!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Vai-te e não peques mais


Era manhã, bem cedinho, quando Jesus resolveu sair do monte das Oliveiras e voltar para o templo, em Jerusalém. E muitos do povo vinham ao seu encontro. Assentando-se, Jesus ensinava-lhes a Palavra de Deus, quando, de repente, estourou em sua frente um dilema: uma mulher pega em adultério, trazida pelos escribas e fariseus. Ao pô-la no meio, acusaram-na de ter cometido um delito contra a lei de Moisés, o adultério (Jo 8.4, 5).

Em Levítico 20.10, diz-nos a Bíblia que, tanto a mulher quanto o homem que cometessem o pecado de adultério, deveriam arcar com as consequências do ato: “O homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera”. Entretanto, não foi o que aconteceu no caso exposto a Cristo (v.4). Onde se encontrava o adúltero? Por que só trouxeram a mulher? Simplesmente porque os acusadores achavam-se “justos” demais, a ponto de apenas verem os erros dos outros e esquecerem-se dos seus (Mt 7.3).

Jesus estava sereno... Apesar de ter sido interrogado pelos religiosos por várias vezes sobre o que a mulher merecia, permanecia calado. Pouco tempo depois, inclinando-se, aproveitou para deslizar seu dedo santo sobre a terra... Parecia que o Mestre não tinha uma resposta pronta e eficaz para derrubar os argumentos dos denunciantes. Porém, de repente, endireitando-se, irrompeu o silêncio com a seguinte frase: “Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (v.7). E retornando a se inclinar, continuava a escrever na terra. Ao ouvirem e verem isso, os acusantes “saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos” (v.9).

Frente a frente com Jesus, a mulher ouviu da boca do Advogado Divino: “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?” (v.10) Ao passo que ela disse: “Ninguém, Senhor”. “E disse Jesus: “Nem eu te condeno; vai-te e não peques mais” (v.11).

Nesse relato bíblico, fica expressa a vontade de Deus para com os homens - o abandono do pecado. “Vai-te e não peques mais” é o desejo do Santo para todos. O Senhor requer de seus filhos reverência e santidade, para que possa encontrá-los puros e usá-los como lhe apraz sobre a Terra (Lv 11.45; Js 3.5; 1 Pe 1.15, 16; Rm 8.6-8; 1 Co 3.16; 6.18-20; 2 Co 6.14-18; 7.1; ).

Não chores

O filho da viúva de Naim estava morto. Ela, em prantos, não conseguia se conter - e não era para menos, pois a sua única semente havia morrido. Nesse ínterim, Jesus resolveu visitá-la, "e com ele iam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão" (Lc 7.11).

A Bíblia diz que quando Jesus chegou perto da entrada da cidade, deparou-se com um enterro (v.12). Ali, estavam pessoas tristes e desconsoladas, uma mãe chorosa, e um garoto vencido pela morte. Que cenário fúnebre! Que situação arrasadora!

Ao ver a senhora em lágrimas, e enquanto o seu coração se comovia, Cristo diz a mulher: “Não chores” (v.13). Esta foi uma palavra amiga e eficaz num instante tão crítico da vida. “E, chegando-se, tocou o esquife [no caixão, NTLH] (e os que o levavam pararam) e disse: Jovem, eu te digo, levanta-te. E o defunto assentou-se e começou a falar. E entregou-o à sua mãe” (v. 14, 15). 
Amado leitor, não sei o que estás a passar, mas sei de uma coisa: Cristo te pode ajudar! Ele mesmo disse, em sua Palavra: “É-me dado todo o poder no céu e na terra. EU SOU O QUE SOU” (Mt 28.18; Ex 3.14). Portanto, NÃO CHORES!

Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo


Há quem diga que ser um verdadeiro cristão é fácil. Por outro lado, existem aqueles que discordam dessa declaração. Eu prefiro ficar com o segundo modo de pensar. Na verdade, não é nada fácil ser discípulo de Jesus Cristo (Mt 8.20). Em compensação, nada se compara ao andar ao lado dEle, ouvindo as suas inefáveis palavras em meio a oscilantes momentos (Mt 5.1, 2; Lc 5.5, 6; Mt 9.9). 

Jesus disse: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me" (Lc 9.23). Este versículo fala aos nossos corações? Acredito que sim! O Mestre deixa bem claro que se qualquer pessoa quiser segui-lo, deve negar-se a si mesmo. Negar a si mesmo é sacrificante, difícil e penoso, mas a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). 

Em Tiago 1.12, está escrito: "Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam".  Se Cristo não tivesse suportado a cruz, onde estaríamos agora? Mas Ele, "pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus" (Hb 12.2).

Nosso Cristo também falou que os seus genuínos servos tomariam a "cruz" de cada dia. A cruz, na época bíblica, era símbolo de ignomínia ou desonra, por isso que em Hebreus 12.2 fala que Jesus a suportou, aguentando as afrontas. Em 1 Co 1.18, diz: "Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem". Contudo, a segunda parte deste mesmo verso atesta: "... mas, para nós, que somos salvos, é o poder de Deus". 

Apesar das afrontas por parte dos cegos espirituais (2 Co 4.4), continuemos proclamando as virtudes do Madeiro: perdão, cura, amor, salvação, justiça, purificação, regeneração, eternidade...

Deus vê o coração

As escolhas de Deus são melhores que as dos homens, ainda que elas "pareçam" contraditórias. Falando disso, lembro-me da decisão que o profeta Samuel ia fazer, na casa de Jessé, o belemita. Quando o homem de Deus viu Eliabe, foi logo concluindo:  "Certamente está perante o SENHOR o seu ungido"  (1  Sm 16.6). No entanto, foi repreendido pelo Senhor: "Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração" (v.7).

Apredemos com esse fato  que o homem é falho e pode cometer erros graves. Em contrapartida, Deus nunca falha (Js 23.14), as suas escolhas são certas. "Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são" (1 Co 1.27,28). Alguém pode indagar: "Por que Deus age dessa forma?". Simples: "Para que nenhuma carne se glorie perante ele" (1  Co 1.29).

São bem-aventurados os que trilham o caminho da Palavra de Deus


“Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do SENHOR” (Sl 119.1)
   
Quando perscrutamos os principais aspectos relacionados à vida espiritual, descobrimos que os verdadeiros santificados amam as Escrituras Sagradas, e são bem-aventurados pelo Senhor. Para eles, a bem-aventurança é um presente divino (Ne 8.10). Diz o salmista Davi: “Alegrem-se os justos, e se regozijem na presença de Deus, e folguem de alegria. Cantai a Deus, cantai louvores ao seu nome; louvai aquele que vai sobre os céus, pois o seu nome é JEOVÁ; exultai diante dele” (Sl 68.3, 4).    
     
Trilhar caminhos retos significa andar de acordo com a reta justiça (Pv 16.13; 31.9; Jo 7.24). No verso abordado, a afirmação do escritor serve de ensino para o consulente atento. A causa que o leva a aconselhar com maestria é o grau de primazia que a Palavra de Deus ocupa em sua vida. Os seus passos são direitos e firmes. Claramente, podemos depreender que Deus reserva caminhos inculpáveis para os seus santos (Sl 11.7).
     
Aqueles que andam na Lei (hb. Torah) do SENHOR têm gozo na alma e direção celestial na vida. Quem ama a Palavra caminha com o próprio Deus (Gn 5.22, 24; 6.8, 9; Ed 7.10). Diante dessas verdades, entendemos ser o caminho da Palavra o eficaz promotor da vida, da irrepreensibilidade e da genuína felicidade (Js 1.7-9; Jo 1.47; Sl 32.2). “É bem-aventurado o varão que... tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite” (Sl 1.1, 2; cf. Jó 1.1; Dn 1.8; 1 Jo 2.6; Nm 12.7; Mt 27.19; Is 53.9; 1 Pe 2.21). Ele “será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará” (Sl 1.3).
     
Deus promete derramar as suas incontáveis bençãos sobre as nossas vidas. Se o buscarmos no substancial ensino da Palavra, seremos muito abençoados (Jr 29.13; Is 34.16; 55.6; Mc 12.37; Ed 7.10). Fica claro que a religião verdadeira não é insensível nem improdutiva, ela tem suas valiosas virtudes em Deus (Tg 1.27). Por conseguinte, a perfeita alegria fundamenta-se na pureza de nosso caminho, na observância dos ensinos divinos e no amor do Pai celestial para conosco (1 Pe 1.16; Ap 1.3; Sl 1.2; 2 Co 13.13).

No Reino de Deus é diferente...


O mundo, como diz as Escrituras, jaz no maligno (1 Jo 5.19); e Deus é contrário as ideologias mudanas, principalmente quando se trata de seus princípios diabólicos (2 Co 4.4). No tocante à humildade, as influências do presente século andam na contramão de Deus, burlando as verdades do Reino dos Céus: "... não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?" (Tg 4.4). Parece-nos que essa praga não se fortificou apenas nos tempos de Jesus, mas permeia a vida de muitos ( que se autodenominam cristãos) em nosso meio.

Leia-mos o texto de Marcos 10.35-45:

"E aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: Mestre, queremos que nos faças o que te pedirmos. E ele lhes disse: Que quereis que vos faça? E eles lhe disseram: Concede-nos que na tua glória nos assentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda. Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu bebo, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? E eles lhe disseram: Podemos. Jesus, porém, disse-lhes: Em verdade, vós bebereis o cálice que eu beber, e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado; mas, o assentar-se à minha direita, ou à minha esquerda, não me pertence a mim concedê-lo, mas isso é para aqueles a quem está reservado. E os dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João. Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas; mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; e qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos".

Tiago e João estavam enganados e ainda envolvidos com as influências mundanas: "Concede-nos que, na tua glória, nos assentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda" (v. 37). Ao que Jesus respondeu: "Não sabeis o que pedis" (v.38).

Estive pensando nessa passagem e cheguei à seguinte interpelação: - Não estamos vendo situações parecidas em nosso tempo, onde certas pessoas só querem sentar nos lugares de destaque, mas não querem servir (v.43), muito menos serem servas umas das outras (v.44)?.

Medite nessas palavras.

"Por cidade forte, e por coluna de ferro, e por muros de bronze"


Mesmo antes de  ser formado no ventre de sua mãe, Jeremias já havia sido conhecido de Deus. Ali, foi santificado às nações como profeta (Jr 1.5). Em seu ministério, o filho de Hilquias ficou preocupado, tímido e retraído com a sua comissão: "Ah! Senhor JEOVÁ! Eis que não sei falar, porque sou uma criança" (v. 6). Todavia, Deus o fortalece, dizendo: "Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR" (v.8). Depois destas palavras, o arauto recebe da parte do Senhor a Palavra: E estendeu a mão, tocou-me na boca e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca" (v.9).

O trabalho de Jeremias seria muitíssimo árduo (v. 10, 17). Porém, mediante Deus, seria como "cidade forte, e coluna de ferro, e muros de bronze, contra toda terra, e contra os reis de Judá, e contra os seus principes, e contra os seus sacerdotes, e contra o povo da terra" (v.18). Todos estes estavam em rebeldia contra o Senhor (v.16).

Será que, meu irmão, você não está numa situação semelhante à de Jeremias? Mas não se preocupe... Deus está contigo: "E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para ti livrar" (v.19).

Deus é Soberano, Eterno e Sabe todas as coisas

Quantas vezes não tentamos dirigir os nossos próprios caminhos? Quantas não foram as ocasiões em que acreditamos estar andando na direção certa? Porém, num certo trecho da nossa jornada, Deus se colocou no caminho e disse que estávamos precipitados. Depois disso, sentimos tristeza, cansaço e decepção... e achamos que o Senhor estava totalmente errado quando se intrometeu.
O Livro Sagrado diz que tudo tem o seu tempo determinado para acontecer (Ec 3.1). Também diz que "do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR, a resposta da boca" (Pv 16.1). Diante dessas verdades, Deus fala confiantemente: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR" (Is 55.8). 
Não sei o que está acontecendo em sua vida, meu (minha) caro (a) leitor (a), mas de uma coisa tenho certeza, conforme corrobora-me as Escrituras Sagradas, é que Deus é Soberano (Gn 1.1), Eterno (Gn 21.33) e sabe todas as coisas (Sl 139). No momento certo, Ele entrará em cena  e ajudar-te-á: "Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera" (Is 64.4).

Reflexão sobre Filipenses 4.6


O apóstolo dos gentios, como todo cristão aplicado em ler as Escrituras deve saber, foi um excelente intrumento nas mãos de Deus (At 19.11; 20.27). Ele não só pregava (At 9.20) e curava (At 14.8-10) pelo poder de Deus, mas também ensinava com maestria (1 Co 11.23). No entanto, apesar de falar um pouco acerca do valor e qualidades de Paulo, gostaria de me ater em sua exortação aos filipenses: "Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças" (4.6).

"Não estejais inquietos por coisa alguma". No mundo em que vivemos, torna-se quase impossível permanecermos estáveis emocionalmente, posto que a todo instante somos provados pelas fontes de sobrecarga física ou mental que nos rodeiam, estajam elas no ambiente no qual nos encontramos, nas pessoas, nos eventos, ou até mesmo em nós mesmos. Contudo, se atentarmos para o que a Bíblia diz, encontraremos saída e conforto oportunos: "Lembrei-me dos teus juízos antiquíssimos, ó SENHOR, e, assim, me consolei" (Sl 119.52).

"As vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas". Agora, Paulo fala de petições, que nada mais é do que um "pedido intenso", uma "solicitação" ou uma "requisição". Sabemos que a oração é uma arma espiritual pela qual nos comunicamos com o Senhor, e, mediante a Sua vontade, podemos alcançar o que lhe pedimos (1 Jo 5.14, 15). Um bom exemplo disso foi Ana, que pediu insistentemente a Deus um filho: "Ela, pois, com amargura de alma, orou ao SENHOR e chorou abundantemente. Então, respondeu Eli e disse: Vai me paz, e o Deus de Israel te conceda a tua petição que lhe pediste" (1 Sm 1.10, 17). A súplica é o ato humilde de fazer intensos rogos pedindo favor.

"Com ação de graças". A gratidão, segundo o dicionário da língua portuguesa Houaiss, "é a qualidade de quem é grato"; "reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe prestou um benefício, um auxílio, um favor etc.; agradecimento". Nada melhor do que sermos gratos a Deus pelas benesses concedidas à Sua Igreja, da qual somos membros. Que tal, neste momento, fazermos uma reflexão sobre tudo quanto o Eterno nos tem outorgado? Imitemos o Filho de Deus: "Pai, graças te dou" (Jo 11.41).

Na presença dAquele que merece toda honra, glória e louvor sempiterno,

Uma reflexão acerca do Salmo 119.71


Ninguém se agrada quando recebe uma reprimenda. “Na verdade, toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas, depois, produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela” (Hb 12.11). Foi o que aconteceu com o salmista, que, primeiro, teve de ser corrigido pelo Senhor, para, depois entender as benesses adquiridas através da repreensão: “Foi-me bom ter sido afligido” (Sl 119.71). Ele tornou-se uma ovelha do Senhor (Sl 23). 

 Apesar de permitir provações sobre a vida do crente, Deus jamais se esquece da estrutura humana, pois a conhece perfeitamente (Sl 103.14). O real objetivo do Senhor em permitir sobrevir adversidades é trabalhar o caráter das pessoas e levá-las a partilhar de uma intensa intimidade com Ele, que tem completa capacidade de pôr termo aos dilemas da vida: “O SENHOR é bom, uma fortaleza no dia da angústia” (Na 1.7).

sábado, 4 de maio de 2013

A sabedoria humana é como a ponta de um iceberg

Por mais que saibamos sobre muitas coisas, sempre haverá outras muitas que ignoraremos ou não saberemos. Ninguém jamais esgotou ou esgotará todo conhecimento meramente humano existente. Por isso, não temos nenhum justo motivo para nos orgulhar acerca de qualquer conhecimento adquirido, a não ser por ter conhecido e "aceitado" Jesus Cristo. Neste, temos razões concretas para nos gloriarmos (Sl 44.8; Jo 1.12, 13).
Portanto, por mais que o homem adquira determinados conhecimentos terrestres, o melhor a fazer com eles é simplesmente considerá-los, em valor, como o são, porém confiar plenamente em Deus: "Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento" (Pv 3.5, ARA). Tudo o que o homem sabe daqui - conhecimentos puramente humanos - é "como a ponta de um iceberg"

A sabedoria da qual devemos extrair eternos ensinos está em Cristo, "o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor" (1 Co 1.30, 31, ARA).

Diga NÃO a promiscuidade! Diga NÃO a pornografia!

Infelizmente, hoje, um sem-número de pessoas encontra-se acorrentado pela pornografia. Esta miséria tem destruído lares, como também bons relacionamentos. O que é pior: tem levado muitos ao esfriamento espiritual e, por conseguinte, ao inferno (Ap 22.15)... Percebe-se que esta palavra é duríssima, mas a melhor maneira de não se contaminar com a pornografia ou com a impureza ou com qualquer outra prática sexual ilícita é jamais se envolver com qualquer uma dessas depravações ou, para quem se acha enredado nalguma delas - ou mais de uma -, o melhor a fazer é abandoná-la (s) enquanto há tempo.
A seguir, transcreveremos alguns versículos bíblicos que condenam piamente quaisquer atos sexuais ilícitos: 
  • "Mas escrever-lhes que se abstenham... da prostituição" (At 15.20);
  • "Os manjares são para o corpo, e o ventre, para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo. Fugi da prostituição... Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo" (1 Co 6.13-18);
  • "Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido" (1 Co 7.2).
  • "Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia" (Gl 5.19).
  • "Mas a prostituição e toda impureza ou avareza nem ainda se nomeiem entre vós, como convém aos santos... Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicador, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus" (Ef 5.3-5);
  • " Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria" (Cl 3.5);
  • "Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso [corpo] em santificação e honra, não na paixão de concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus. Nibguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também, antes, vo-lo dissemos e testificamos. Porque não nos chamou Deus para imundícia, mas para santificação" (1 Ts 4.3-7);
  • "Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu [o Senhor] sou santo" (1 Pe 1.15, 16). 
  
Portanto, não há outra maneira de desfrutar da imaculada presença de Deus, a não ser que o culpado confesse e deixe as suas abominações: "O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia" (Pv 28.13). Sem a santificação, "ninguém verá o Senhor" (Hb 12.14).

Como é bom ser perdoado por Deus!


 "Bem-aventurado aquele cuja trangressão é perdoada, e cujo pecado é coberto" (Sl 32.1) 

No Salmo 32.1, encontramos uma verdade maravilhosa, o perdão de Deus. Por meio desse verso, podemos entender o quanto o Senhor é bom (Na 1.7). A Sua bondade alcança a todos que se arrependem de verdade e confessam-lhe os seus erros com sinceridade de coração: "Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu coração" (Sl 32.3, 5).

O perdão de Deus é mais valioso do que qualquer posse material que tenhamos ou venhamos a ter algum dia; nem mesmo uma cura divina é mais importante do que ser "coberto" (Gn 3.21). Lembra do paralítico de Marcos 2? Apesar de sua situação física, Jesus, antes de tudo, disse: "... Filho, perdoados estão os teus pecados" (v.5). As bençãos que o perdão dos pecados proporciona ao homem são incomparáveis (Sl 32, 51).

Qual o melhor caminho para recebermos a graça de termos nossas culpas apagadas? Jesus: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" (Mt 11.29-31).Só por meio de Cristo encontramos "os tempos do refrigério pela presença do Senhor" (At 3.19).

A despeito de nossas fragilidades em relação ao pecado, "pois não há homem que não peque" (2 Cr 6.36), orienta-nos, carinhosamente, o evangelista João: "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nosso pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (1 Jo 2.1, 2). Esse mesmo Advogado disse à mulher adúltera: "Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?... Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais" (Jo 8.10, 11).

Diante do exposto, não sejamos insensatos, a ponto de pensarmos que a graça de Deus permite-nos fazer o que queremos: "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante? De modo nenhum! Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Irmãos não sejamos meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia e adultos no entendimento" (Rm 6.1, 2; 1 Co 14.20).

sexta-feira, 3 de maio de 2013

"Pelas suas pisaduras fomos sarados"

Quando leio sobre a obra expiatória de Cristo, fico sobremaneira emocionado e impactado pela graça e poder de Deus. No estudo dessa doutrina, descobrimos o quanto são recompensadores e gloriosos os resultados da morte substitutiva do Filho de Deus.

Em Isaías 53, é descrito, de forma magnífica, o castigo sobre Jesus. Castigo este que deveria ser executado sobre nós outros, mas, pela eterna graça do Pai, o seu Filho recebeu em nosso lugar: “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si” (v.4).

Jesus Cristo, apesar de ser Deus (Jo 1.1, 14), escolheu ser ferido brutalmente, em vez de optar por ver a nossa merecida morte: “Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído [ou quebrantado] pelas nossas iniquidades” (v.5, grifo meu). Ele intercedeu por aqueles que nada poderiam fazer por si mesmos: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23).

“O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados”. O termo pisaduras significa feridas, isto é, por meio de seus ferimentos fomos sarados ou curados do pecado. Parece um paradoxo, mas a interpretação é assim mesmo: “Porque também Cristo padeceu [sofreu] uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus” (1 Pe 3.18, grifo meu).

Curados do pecado, vivamos de uma vez por todas para Deus: “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça” (Rm 6.12, 13; cf. 1 Ts 4.3, 4; 1 Co 6.18-20; 1 Pe 1.16).

Perdoar: uma atitude louvável e necessária


A doutrina do perdão permeia tanto o Antigo quanto o Novo Testamento. Portanto, qualquer cristão genuíno tem a obrigação de perdoar, pois esta  nobre ação não é nem pode ser facultativa, isto é, dependente de quem quer ou não remitir as ofensas ou dívidas alheias: "Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como  eu também tive misericórdia de ti?" (Mt 18.33), disse o Senhor, representado pelo rei da "parábola do credor incompassivo".
No Antigo Testamento, podemos ler e acompanhar vários exemplos de perdão. Deus, após o pecado do primeiro casal, Adão e Eva, demonstrou esse sentimento quando "fez... a Adão e a sua mulher túnicas de peles [de animais] e os vestiu" (Gn 3.21, grifo nosso). Outro gracioso exemplo foi o de José, quando se deu a conhecer a seus maldosos irmãos:
"E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram... Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhos por me haverdes vendido para cá... Pelo que Deus me enviou diante da vossa face, para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento" (Gn 45.4, 5, 7).
No Novo Testamento, também podemos observar inúmeros ensinos e episódios onde pessoas ofendidas perdoaram  a quem as ofendeu (Mt 6.12, 14, 15; Lc 15.11-32; Jo 8.1-11). Quem não se lembra do "Texto Áureo" da Bíblia: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16).
Quem sabe se algum de nós não esteja precisando de liberar perdão para alguém? Será que somos melhores do que o próprio Deus? Creio que não: "Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo... se alguém tiver queixa contra o outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também" (Ef 4.32; Cl 3.13; cf. 2.13).
Jamais nos esqueçamos de que "perdoar é uma atitude louvável e necessária".

Como se formam verdadeiras "pérolas" para a glória Deus

As ostras são moluscos bivalves, marinhos e sésseis, isto é, não possuem sustentação ou suporte algum. Apesar de não terem uma aparência agradável, nelas se contém a madrepérola ou nácar - uma substância calcária, dura, brilhante, branca ou escura e iridescente, ou seja, cujas cores refletem as do arco-íris.

O mais interessante nas ostras é o fato de que elas produzem, devido a reações a corpos estranhos, a pérola. Quando microorganismos ou grãos de areia invadem seu organismo, mais precisamente entre o manto e a concha, esses moluscos reagem, liberando sobre os intrusos camadas de madrepérola (nácar). Assim, dá-se o início da confecção da margarita. Esse processo não é sem dor.

Ao ler e entender a maneira pela qual uma pérola é formada no interior de uma ostra, fiquei sobremodo maravilhado e achei semelhante - analogicamente, é claro - o seu processo de construção com as tribulações concernentes à vida em Cristo. Ambos retratam desconfortos, dores, paciência e superação dos obstáculos enfrentados. No entanto, a partir dessa analogia, cheguei a seguinte pergunta: Como se formam genuínas 'pérolas' para a glória de Deus?
Assim como esses moluscos, nós, enquanto seres humanos, estamos sujeitos a momentos incovenientes que, de certo modo, acabam nos produzindo desconfortos. Nesses instantes, paramos e pensamos maneiras de como agir diante dessas dificuldades. 
Outrossim, quando as coisas em nossa vida  parecem não ir bem e as dores exacerbam-se em nós, às vezes, desesperamo-nos, imaginando o pior. Foi o que aconteceu com o apóstolo Paulo, certa feita:

"Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos" (2 Co 1.8).

Apesar de as incomodidades da vida trazerem consigo, de um lado, o seu lado doloroso, de outro, produzem, espiritualmente, resultados profícuos. As tribulações ajudam-nos a gerar, pelo Espírito Santo, o "nácar" necessário do qual estamos precisando. Observe o que aconteceu com o doutor dos gentios e o que ele testemunhou de si mesmo: 

"E, para que não me exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne... Acerca do qual três vezes orei ao Senhor, para que se desviasse de mim. E disse-me [o Senhor]: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte" (2 Co 12.7-10).

Os "corpos estranhos" - as fraquezas, as necessidades, as perseguições, as angústias etc. - que assolavam a Paulo produziam nele "pérolas" lindas: "De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas... Pelo que sinto prazer nas fraquezas... quando estou fraco... sou forte" (2 Co 12.9, 10).

Ademais, não podemos nos esquecer de nosso Senhor Jesus Cristo que, ao receber os nossos pecados, na cruz do Calvário, produziu, para sempre, brilhantes e admiráveis "margaritas" de salvação:

"Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si... ele foi ferido pelas nossas transgressões e moídos pelas nossas iniquidades... O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si" (Is 53.4, 5, 11; cf. Gl 5.22; 1 Jo 2.25; 3.1-3).

Ajudando a quem precisa


Pequenas atitudes podem fazer grandes diferenças. E, lamentavelmente, às vezes nos escusamos de ações simples, mas que não deixam de ser nobres e importantes. Em certos momentos da vida, como somos indiferentes à necessidade alheia! Que Deus tenha misericórdia de nós!
Quando errarmos, reconheçamos as nossas falhas e procuremos evitá-las a cada dia. Agindo assim, agradaremos perfeitamente Àquele que é o nosso sublime exemplo: 
"... Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele" (At 10.38).
Nossa maior alegria está em saber que podemos, gradativamente, melhorar e parecer-nos com Cristo:
"Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés vós deveis também lavar os pés uns dos outros. Porque eu [Jesus] vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (Jo 13.13-15, grifo nosso).

A busca pela sabedoria e pelo bem do próximo


Segundo as Escrituras, "houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou, e levantou contra ela grandes tranqueiras. E vivia nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lembrava daquele pobre homem" (Ec 9.14, 15).

Por incrível que pareça - nem sempre tudo o que fazemos de bem ao nosso semelhante é, posteriormente, lembrado por ele. Assim como o jovem sábio de Eclesiastes 9.15, muitos são desprezados... Por que isso acontece? Desculpe-me... não tenho a resposta. Simplesmente é uma realidade...

Apesar de ter sido esquecido, quão sábia não foi a atitude desse jovem, que salvou a aludida cidade! Portanto, o que podemos aprender com ele é que "melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada e as suas palavras não foram ouvidas" (Ec 9.16). A verdadeira sabedoria é como uma joia sem igual.

"As palavras dos sábios devem, em silêncio, ser ouvidas, mais do que o clamor do que domina o tolo. Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muitos bens" (Ec 9.17, 18). Aqueles têm um valor raríssimo, porém este, o ímpio, "as suas iniquidades o prenderão, e, com as cordas do seu pecado será detido. Ele morrerá, porque sem correção andou, e, pelo excesso da sua loucura, andará errado" (Pv 5.22, 23).

Em suma, mesmo que sejamos esquecidos pelos outros, não cessemos de buscar a sabedoria e de procurar o bem do nosso próximo: "... livrou aquela cidade pela sua sabedoria" (Ec 9.15). Atentemos para o que disse Jesus, nosso Senhor e Salvador: "Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber" (At 20.35).

Por que Deus me escolheu, se não sou perfeito?

Às vezes, pergunto-me: "Por que Deus escolheu-me, sendo eu uma pessoa tão limitada, fraca e falha?". Confesso que, se eu fosse Deus, não me escolheria. No entanto, Deus escolheu-me e nomeou-me para ir e dar muitos frutos (Jo 15.16). E não só a mim, mas o Senhor, ao longo de milênios, tem escolhido milhões e milhões de vidas para estarem sob Sua proteção e direção (Jo 1.12, 13).
O que me consola espiritualmente é o fato de o Senhor escolher coisas que, aos olhos humanos, são "loucas", "fracas", "vís", "desprezíveis" e "que não são", com o fito de aniquilar as que são (1 Co 1.28). Quem pode entender completamente as escolhas de Deus? Quem pode perscrutar os seus juízos? "Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!" (Rm 11.33).
Em outra versão bíblica, a da Nova Bíblia Viva, podemos ler o que diz 1 Co 1.26-29:
"Observem entre vocês mesmos, queridos irmão, que poucos de vocês que foram chamados eram sábios de acordo com os padrões humanos, poucos eram poderosos ou de nobre nascimento. Pelo contrário, Deus deliberadamente escolheu valer-se de ideias que o mundo considera loucura para envergonhar aqueles indivíduos que o mundo considera sábios e grandes e escolheu o que o mundo acha fraco para envergonhar o que é forte. Ele escolheu o que é insignificante e desprezado pelo mundo, e que não é levado em conta absolutamente para nada, e o utilizou para reduzir a nada aqueles que o mundo considera grandes, para que ninguém, em parte alguma, se vanglorie na presença de Deus".
Quem imaginaria que Deus iria escolher o pequeno Davi, filho de Jessé (1 Sm 16)? E a escolha de Paulo que, segundo as Escrituras, perseguia cruelmente a Igreja Primitiva (At 9.1-18; 7.58; 22.4, 5). E Pedro, que, no final do ministério de Jesus, ainda era como um barro de péssima qualidade (Jo 18.10)? Sim, é verdade! Mas Deus o havia escolhido... Quem poderia revogar a sentença do Senhor. Os seus pensamentos são diferentes dos nossos (Is 55.8).
Diante de tão inefável misericórdia divina, resta-nos reconhecer que ninguém é como o nosso Deus: "... porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso" (Tg 5.11). Indubitavelmente, "a tua misericórdia, SENHOR, está nos céus, e a tua fidelidade chega até às mais altas excelsas nuvens" (Sl 36.5). Jamais Deus desiste e se esquece de nós!

Sai da caverna: ninguém é insubstituível


Abalado psicologicamente pela mortal ameaça de Jezabel (1 Rs 19.1-4), o profeta Elias, que demonstrou grande confiança em Deus e autoridade espiritual diante do povo de Israel no monte Carmelo (1 Rs 18.20-46), entrou numa caverna e pensou que apenas ele havia sido fiel à Javé em meio à apostasia que assolava o Reino do Norte. Ao que da parte do Senhor ouviu: "Também eu fiz ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou" (1 Rs 19.18).

Buscando compreender o sentido da resposta divina a Elias, podemos entender de que não somos insubstituíveis na obra do Senhor. Deus sempre conta com o remanescente fiel. Na Casa do Oleiro, constantemente haverá crentes que pleitearão pela causa do Mestre, servos abnegados que militam voluntariamente, "a fim de agradarem àquele [o Senhor] que os alistou para a guerra" (2 Tm 2.4, grifo meu).

Não sejamos altivos, a ponto de pensarmos que somos capazes de realizar alguma coisa mediante nossas próprias virtudes (1 Co 15.10). Tudo quanto já executamos, fazemos e, conforme a permissão de Deus, ainda vamos proceder é obra da inefável misericórdia de Deus (Lm 3.22; Gn 2.7; Sl 139). Conforme Filipenses 2.13, "Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua vontade".

Elias, numa das cavernas do monte Horebe,  pôde compreender melhor essas verdades espirituais e continuar seu profícuo ministério, entendendo de que era mais um entre tantos homens e mulheres de Deus que este podia usar para a realização de Sua obra. Esse profeta não era "o" servo, mas "um" servo à disposição de Javé. Na obra do Senhor, todos são importantes, mas ninguém insubstituível.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Quem fala a verdade é desprezado pela maioria

"E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão
contra ti; porque eu sou contigo, diz o Senhor,
para te livrar" (Jr 1.19).
É ponto pacífico a verdade de que o ser humano gosta de orbitar em torno daquilo que realmente lhe agrada. Ninguém sente-se feliz após ser repreendido. Segundo Hebreus 12.11, "toda correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza" (Hb 12.11).
Conquanto alguns medicamentos ou quaisquer intervenções cirúrgicas sejam desconfortantes, é mister que determinados pacientes o experimentem, caso contrário, fica difícil sua perfeita recuperação. De modo análogo, o crente doente espiritualmente precisa da "substância" exata para combater os males espirituais que lhe permeiam a vida. Nesse caso específico, para ele, o remédio ideal é a Palavra de Deus.
Embora não gostemos de ser advertidos, carecemos da correção divina, pois somos imperfeitos. Assim sendo, através de suas infindas misericórdias (Lm 3.22), Deus fala conosco "muitas vezes e de muitas maneiras" (Hb 1.1), visando a nossa perfeição: "Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo" (Ef 4.12).
Além de o Senhor repreender diretamente o homem (At 9.3-6), também se utiliza de seus servos para advertir a quem, de fato, precisa (Ex 4.22; 2 Sm 7.3-5). E quando este tipo de repreensão acontece,  quase sempre as "caras feias", os "biquinhos", os famosos "muxoxos" entram em cena.
Você sabia de que "quem fala a verdade é desprezado pela maioria"? Se não, leia João 6.22-69, Isaías 53, Atos 17.15-34 e 1 Rs 22.1-28. Mas, sabe de uma coisa: eu gosto de ser menosprezado pela maioria que gosta dos modismos evangélicos, das obras da carne, da fama, do fogo-de-palha, da teatralização litúrgica, da teologia da prosperidade, da confissão positiva, da maldição hereditária, das músicas evangélico-mundanas cantadas por aí etc. E você, caro (a) leitor (a)? De que lado prefere ficar, do lado dos desestimados ou do lado da geração espiritualmente perdida?

No Senhor,

João Paulo M. de Souza