Textos bíblicos para reflexão durante a semana:
Segunda: Lucas 18:1-8 Sexta: Atos 4:23-31
Terça: Tiago 4:1-10 Sábado: Atos 12:1-19
Quarta: Hebreus 10:19-25 Domingo: Atos 2:42
Quinta: Hebreus 11
Introdução
Temos diante de nós um dos maiores desafios da vida cristã: a oração!
Os
grandes avivamentos da história sempre aconteceram através da oração!
As igrejas que estão crescendo são aquelas que têm dobrado os seus
joelhos e buscado ao Senhor continuamente; são aquelas que, não apenas
desenvolvem um programa de oração, mas os seus membros são comprometidos
com uma vida de oração.
Vejamos algumas verdades bíblicas sobre a oração.
1. O QUE É ORAÇÃO ?
É o meio pelo qual nos comunicamos com Deus. É o meio pelo qual nos encontramos com Deus!
Em
Atos 4:13, admirados com a intrepidez e ousadia de Pedro e João, os
líderes judeus reconheceram que eles haviam estado com Jesus.
É por meio da oração que entramos na sala do trono e conversamos com o único Deus vivo e verdadeiro!
2. O PODER DA ORAÇÃO
A
obra de Deus precisa ser feita com o poder de Deus. Quando deixamos de
orar, substituímos o poder de Deus pelos nossos próprios recursos.
Vale
a pena lembrar que a igreja primitiva não possuía metade dos recursos
de que dispomos hoje para a proclamação do evangelho, entretanto era uma
igreja que perseverava na oração (Atos 2:42; 4:24-31; 12:5) e, por
isso, “a cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos” (Atos 2:47).
Como diz Sammy Tippit, “a igreja que ora conhece a glória e o poder de Deus” 1
Em I Samuel 7:14 encontramos Samuel sendo usado por Deus para dar vitória ao povo de Israel sobre os filisteus. Ele não foi um herói de guerra, mas foi um homem de oração. E, por meio da oração, conduziu o seu povo triunfantemente.
3. OBSTÁCULOS À ORAÇÃO
Vejamos alguns motivos pelos quais Deus não atende as nossas orações.
3.1 - Lucas 18:11-14 - Ele não ouve a oração do justo aos seus próprios olhos;
3.2. Tiago 4:3 - Ele não ouve quando pedimos mal;
3.3. Salmo 66:18/ João 9:31 - Ele não ouve quando há iniquidade/vaidade no coração;
3.4. I Pedro 3:7 - Ele não ouve quando há desrespeito no relacionamento conjugal.
Creio que Deus também não ouve a oração, quando tentamos ensiná-lo a agir; quando tentamos dizer-lhe o que é que deve fazer.
4. FORMAS DE ORAÇÃO
4.1 - Adoração
Por
meio da oração de adoração e louvor, exaltamos a Deus por tudo o que
ele é. A Bíblia diz que ele é santo (I Pedro 1:16), justo, benigno
(Salmo 145:17)...
4.2 - Gratidão
Por meio da gratidão, rendemos graças a Deus por tudo o que ele fez, tem feito e fará por nós e em nós: “Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios” (Salmo 103:2).
4.3 - Petição
É a forma de oração mais utilizada! Somos habilidosos em pedir. Entretanto o próprio Deus nos encoraja a isso:“Clama a mim, e responder-te-ei, e anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (Jeremias 33:3).
Em Filipenses 4:6-7, encontramos: “Não
andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos
conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças; e a
paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos
corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”.
A
oração é apresentada aqui como a solução para a ansiedade. Quando
oramos, derramamos o nosso coração diante de Deus. Lançamos sobre ele as
nossas preocupações. Abrimos o nosso coração para Deus e recebemos dele
a sua paz, que excede todo o entendimento (Salmo 62:8; I Pedro 5:7).
Quando
nos aproximamos de Deus, temos melhores condições de enfrentar os
problemas da vida. Perto dele encontramos paz, alívio, segurança,
conforto para as nossas preocupações.
A
razão pela qual não precisamos ficar ansiosos é que temos um Deus
provedor, sustentador. Um Deus que conhece as nossas necessidades, antes
mesmo de lhe pedirmos.
Diante da ansiedade é preciso orar, mas orar com fé no Deus que provê! Ele tem poder para resolver os problemas da vida!
4.4 - Intercessão
Isso
fazemos quando oramos em favor de outras pessoas. Essa era a função do
sacerdote no Antigo Testamento. Ele se apresentava diante de Deus para
pedir em favor de si mesmo e para interceder em favor do povo.
Pedro afirma que somos “o sacerdócio real”
(I Pedro 2:9). Precisamos interceder em favor dos nossos familiares; em
favor daqueles que desejamos colocar em relacionamento direto com
Cristo. Precisamos levar as cargas uns dos outros por meio da oração
(Gálatas 6:2).
4.5 - Confissão
Normalmente
é a forma de oração menos usada. A confissão acontece a partir de uma
confrontação da nossa realidade de vida com a santidade de Deus. Isaías
confessou o seu pecado porque teve uma confrontação com a glória de Deus
(Isaías 6:1-7).
Essa
confrontação com a glória produz quebrantamento que, por sua vez,
produz confissão e arrependimento, que significa mudança de atitude em
relação ao pecado.
A
confissão arranca dos nossos ombros o fardo da culpa e nos deixa livres
para servir ao Senhor novamente. Essa foi a experiência de Davi,
assinalada nos Salmos 32 e 51.
5. COMO ORAR
5.1 - Com fé
“Ora,
sem fé é impossível agradar a Deus; por que é necessário que aquele que
se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o
buscam” (Hebreus 11:6).
5.2 - Com sinceridade
Hebreus
10:22 nos exorta a nos aproximarmos de Deus com verdadeiro coração.
Vivemos num mundo que nos ensina a usar máscaras para impressionar os
outros e, em alguns momentos, tentamos fazer o mesmo com Deus, como se
isso fosse possível.
Mais
uma vez Isaías nos ensina a orar. Ele não tentou impressionar Deus ou
qualquer outra pessoa com uma aparente piedade. Ele foi honesto e
sinsero com Deus e consigo mesmo (Isaías 6:1-8).
Essa também foi a atitude do publicano na parábola contada por Jesus: “O publicano,
estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu,
mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lucas 18:13).
5.3 - Com submissão à vontade de Deus
Orar é sempre um desafio!Mas, como afirma João, orar de acordo com a vontade de Deus é um desafio ainda maior: “... se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve” (I João 5:14-15).
Quantas
vezes questionamos o silêncio de Deus! Quantas vezes achamos que Deus
não se importa conosco porque não atende as nossas orações! Quantas
vezes não compreendemos a vontade de Deus!Graças sejam dadas a este
bendito Deus, que não nos atende em tudo o que pedimos. Que bênção
preciosa! Sabermos que, acima de nós, está um Deus que é muito maior do
que nós; que tem uma visão muito maior do que a nossa; que sabe
perfeitamente o que é melhor para nós; e só nos atende naquilo que
realmente é melhor para nós!
Como diz John Stott, essa é uma das maiores seguranças do crente. “A
oração não é um recurso conveniente para impormos a nossa vontade a
Deus, ou para dobrar a Sua vontade à nossa, mas, sim, o meio prescrito
de subordinar a nossa vontade à de Deus. É pela oração que buscamos a
vontade de Deus, abraçamo-la e nos alinhamos com ela. Toda oração
verdadeira é uma variação do tema, “faça-se a tua vontade”. Jesus nos
ensinou a assim proceder através da oração do “Pai nosso”e no Getsêmani.
Nessas orações, e somente nessas, ele nos ouve, isto é, ele não apenas anota as nossas petições. Ele ouve, ele escuta o nosso clamor”2.
Essa
questão é difícil pelo menos por dois motivos: (1) normalmente oramos
egoisticamente; (2) nem sempre queremos aceitar aquilo que o Senhor nos
oferece.
Vejamos algumas orações não-respondidas por não estarem de acordo com a vontade de Deus: Deuteronômio 3:26 - para Moisés entrar na terra
prometida; II Samuel 12:16 - pelo primeiro filho que Bate-Seba deu a
Davi; II Coríntios 12:8 - pelo espinho na carne de Paulo. Deus tem uma
grande obra a fazer em nosso meio. Oremos! Oremos! Oremos segundo a sua
vontade! Busquemos fazer a sua vontade! Procuremos ajustar o nosso viver
à sua vontade!
6. A PRIORIDADE DA ORAÇÃO
Neste
tempo em que a agitação da vida moderna consome a nossa mente e o nosso
tempo; neste tempo em que nos vemos tão atarefados e esgotados com os
afazeres da vida, torna-se cada vez mais difícil compreender que a
oração é a mola-mestra que impulsiona a nossa vida e, conseqüentemente, a
igreja. Precisamos perceber que, sem oração, sem dependência constante
de Deus, não chegaremos a lugar nenhum. Portanto, hoje, antes de
qualquer coisa, precisamos compreender a importância da oração em nossa
vida diária e na vida da igreja. O pouco que fazemos com oração vale
mais do que todo o nosso ativismo sem oração.
“Em
Êxodo 33:7, descobrimos que Moisés armava a sua tenda fora do arraial.
Ele tinha um lugar e um tempo para falar com Deus (Mateus 6:6). Hoje é
preciso que você arme a sua tenda de oração e leve a sua vida de oração a
sério. A cada encontro com Deus, sentimos a manifestação do seu caráter
em nosso interior. A cada encontro nos tornamos mais semelhantes ao seu
Filho. O nosso local de oração é a oficina em que Deus trabalha como um
oleiro, moldando o nosso caráter à semelhança de Jesus. Deus precisa de
homens e mulheres que se pareçam com Jesus por terem estado com Jesus”.
3
Conclusão
Quais
são os momentos que a sua igreja lhe oferece para orar? Você os tem
aproveitado? Quais são as suas sugestões para que a sua igreja
aperfeiçoe o seu programa de oração? (Anote numa folha a parte e
entregue ao seu professor para que ele encaminhe à liderança da igreja).
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
1. TIPPIT, Sammy. Retiro da Ordem dos Pastores Batistas Fluminenses, Rio Bonito, maio, 1995.
2. STOTT, John. As Epístolas de João, Introdução e Comentário. São Paulo, Vida Nova, 1982, p. 159.
3. TIPPIT, Sammy. op. cit.fonte:www.pibmadureira.org.br
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