sexta-feira, 5 de setembro de 2014

LIÇÃO Nº 07 (EBD) – A COMUNHÃO SE EXPRESSA NO SERVIÇO.



 TEXTO BIBLICO: João 13: 1 – 20.

LEITURA DIARIA:

Segunda – Feira -----------=> Marcos 10: 42 – 45.
Terça – Feira ---------------=> Marcos 10: 45 – 52.
Quarta – Feira -------------=> Filipenses Cap. 2.
Quinta – Feira -------------=> Mateus 11: 25 – 30.
Sexta – Feira ---------------=> João 13: 1 – 20.
Sábado ----------------------=> Mateus 20: 20 – 28.
Domingo --------------------=> João 12: 23 – 36.

Diferentemente do que muita gente apregoa por ai, Deus não nos colocou no mundo para servir-nos a nos mesmos mas, para servirmos a uma Causa que é maior do que nós mesmo. Essa Causa é o que podemos denominar de plano de Deus em nossas vidas. 

Uma forma mais simples de falar do assunto é dizer que esse Causa usualmente recebe a designação do reino de Deus. Somos chamados para sermos cidãos do reino. As razões de pertencermos ao Reino são comuns:

    1)      Não temos virtudes ou Justiça própria;
    2)      Deus nos ama apesar de nossos pecados e rebelião contra ele;
    3)      Ele julgou e puniu nossos pecados na pessoa do seu filho, na cruz do calvário;
    4)      Ele deseja que aceitamos o que Jesus fez por nós como demonstração de amor;
    5)      Em Cristo somos justificados pela fé e dessa forma, Deus nos habilita a pertencermos ao seu Reino;
    6)      Não há Lugar para preconceito ou privilégios no Reino de Deus;
    7)      O Reino de Deus implica em serviço amorável e abnegação no Espírito Santo de Cristo, que devemos prestar uns aos outros.

Servir uns aos outros? Que conversa é essa? Temos maior facilidade em sermos servidos do que em servir. Mas Jesus nos dá um exemplo diferente. Quando os filhos de Zebedeu se aproximaram dele para solicitar lugares de privilegio à esquerda e à direita de Jesus, na gloria do futuro Reino de Deus que, criam, seria implantado em breve, Jesus respondeu: Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas; Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal; E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.(Marcos 10: 42 – 45.

Para servimos uns aos outros precisamos ter muito amor em nossos corações, amamos ao procurarmos ajudar nossos irmãos a suportarem seus problemas: Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. (Gálatas 6: 2).

De uma forma vamos aprender acerca dos problemas dos nossos irmãos e irmãs em cristo, a não ser que construamos um ambiente e contexto no qual os crentes possam compartilhar seus problemas entre si com honestidade?

Relutamos em compartilhar uns aos outros nossos reais problemas e ansiedades. As pressões da vida nos forçam à superficialidade dos relacionamentos. Precisamos romper com essa superficialidade a fim de aprofundarmos a vida de comunhão cristã da igreja. O serviço reciproco é uma das formas pelas quais podemos aprofundar os nossos relacionamentos. De que forma? É o que vamos ver agora!

      1.       O SERVIÇO NOS DÁ UMA PERSPECTIVA CORRETA ACERCA DE NOS MESMOS.

Somos pecadores redimidos, salvos por Jesus Cristo para servir e ministrar, em seu nome às necessidades das pessoas. Portanto, não há lugar para orgulho ou jactância em nossas vidas. Não temos méritos granjeados ou granjear diante de Deus. Ele não nos colocou neste mundo para sermos o centro das coisas. Aqui fomos colocados para servir e ministrar.

Quando somos impregnados pelo espírito de serviço passamos a ter uma perspectiva correta sobre nós mesmo. As distorções do nosso ego são corrigidas pelo fato de não estamos centrados em nós mesmos. Descobrimos que todos somos interdependentes. Precisamos uns dos outros. Logo não há lugar para autossuficiência.

Passamos a experimentar mais alegria em nossas vidas uma vez que agora, nos preocupamos também com os outros e não apenas conosco mesmos.

     2.       O SERVIÇO NOS TORNA PESSOAS ÚTEIS AO PROXIMO E AO REINO DE DEUS.

Ao descolocar o centro das atenções de nos mesmos para ajudar os outros que estão ao nosso redor, readquirimos o verdadeiro propósito da vida. Nossas vidas se tornam vidas com um novo sentido. Passamos a ser pessoas úteis para o próximo e úteis para o Reino de Deus. Barreiras que impedem o desenvolvimento de relações humanas abertas são desfeitas. Caem por terra pelo fato de colocarmos Jesus cristo como o centro de nossas vidas. Somos deslocados para a preferia e assim podemos olhar para o verdadeiro centro de todas as coisas.

Paulo fala que em cristo, Deus está realizando a maior ação da historia que é a de fazer convergir nele todas as coisas (Efésios 1: 10). Quando isso acontece tudo fica mais claro aos nossos olhos. Passamos a olhar os outros a partir da visão que Deus tem das pessoas e da historia. Nossas ações ganham sentido a partir dessa nova perspectiva. Sentimo-nos parte do grande projeto de Deus para a humanidade e para o universo.

     3.       O SERVIÇO NOS IDENTIFICA COM JESUS.

Toda a obra de cristo se nos apresenta como um ato de serviço aos seres humanos. Muito embora pudesse apresentar títulos para que os outros o servissem (João 13: 1 – 17). Ele serviu aos pobres e humildes, dedicando-lhes sua vida e seus ideais (Mateus 11: 25 – 30)

Ele exemplificou em sua vida e ministério a atitude e comportamento que deveriam prevalecer entre os seus discípulos, como característica do Reino de Deus. Jesus escolheu como caminho libertador dos seres humanos o caminho de tornar-se servo (Filipenses 2: 7) para libertar os que estavam submetidos à escravidão espiritual (Marcos 10: 43 – 52; Mateus 20: 20 – 28). Foi considerado como um malfeitor (Lucas 22: 25 – 27). Sendo pendurado na cruz, como os escravos mais desprezíveis ante os olhos da sociedade e os malfeitores, eram pendurados (Marcos 15: 24 – 27).

Assim no dizer de J.L Idigoras “Cristo constitui o modelo dos Cristãos, os quais devem servir uns aos outros”.  A acontece porem que esse não é um modelo fácil de ser imitado. Parece que, durante séculos, os cristãos têm demonstrado
mais facilidade de identificar-se com os discípulos que pleiteiam lugares de honra no reino de Cristo (Mateus 20: 20 – 28) do que com o modelo de serviço para o cristão – o compromisso de imitar Cristo.

Imitando a Cristo, cada cristão deve renunciar ao privilegio que poderia eventualmente reclamar. E, por amor, deve escolher a renunciar e a humilhar, a serviço dos irmãos (Filipenses 2: 5 – 11). Justamente porque desejam ser grandes diante de Deus, os cristãos escolhem o caminho inverso de se humilhar perante seus irmãos e viverem não tanto em função dos seus interesses, mas muito mais em função dos interesses dos outros (Lucas 10: 25 – 37).

Essa atitude cristã apresenta uma reviravolta em termos de visão de vida: ela coloca o valor primordiais do serviço aos outros acima dos interesses pessoais e da busca do beneficio próprio. E esse serviço é a – diakonia cristã – não pode realizar-se sem a negação da própria pessoa e da própria vida. É por isso que a cruz está no cerne do serviço cristão, que significa sempre morrer para si mesmo, a fim de que outros vivam e renasçam (João 12: 23 – 36). Jesus, o mestre por excelência nos deu exemplo de servos.

Qual deve ser então, a nossa atitude como discípulo dele?
Qual deve ser a nossa atitude como membros do seu corpo vivo, como igreja aqui na terra?

As necessidades estão ai ao nosso redor. O que estamos fazendo para confronta-las em nome de Jesus Cristo? Faça uma analise das necessidades dos seus irmãos e irmãs, membros de sua igreja.

O que, de concreto, você tem feito para responder a tais necessidades?  A sua igreja mostra disposição de encarar-se para ministrar em amor, o amor de Deus, as pessoas que formam a seu bairro e da sua cidade?

     4.       O SERVIÇO NOS PERMITE REALIZAR OS PROPOSITOS DE DEUS.

Quando lemos Efésios 4: 12, encontramos a razão de cristo ter dado uma diversidade de dons à sua igreja: Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; De acordo com Paulo, há dois propósito básicos:

1) O primeiro de ordem imediata, é o aperfeiçoamento dos santos para obra do ministério. Fomos salvos para servir. Para ministrar, em nome de Jesus, as necessidades dos seres humanos. Os dons são dados à igreja para capacita-la a prestar um melhor serviço – diakonia – a Deus e às pessoas.

2) O segundo, de ordem última e transcendental, é a edificação do corpo de cristo. De acordo com essa palavra de Paulo o modelo mais adequado para igreja é o modelo do corpo. A igreja é o corpo de cristo onde cada um tem uma função distinta.

Assim não há razão para pensarmos em uma hierarquia ou clericalismo verticalista que concentra todo o ministério nas mãos de poucas pessoas e nega ao povo de Deus o exercício dos diversos ministérios que a ele pertence. Quando os crentes recuperarem esse ideal de Deus para as suas vidas, tenho certeza de que uma verdadeira revolução irá acontecer. Estaremos cumprindo com o proposito que cristo estabeleceu para a sua igreja aqui na terra.

A comunhão entre os crentes se fortalecera como resultado do fato de que todos estarão mais preocupados com seu próximo do que consigo mesmo. Cada um estará mais preocupado em ministrar de acordo com o dom que Deus, através do seu Espirito Santo, concedeu que ministrassem.

A igreja se tornara relevante aos seres humanos a partir do ministério que desenvolve, em nome de Jesus Cristo, na historia nossa de cada dia.

CONCLUSÃO!

PROCURE RESPONDER ÀS SEGUINTES PERGUNTAS:

    1)      A igreja é caracterizada por um espirito de serviço, em nome de Jesus, às necessidades uns dos outros?
    2)      Que evidencias concretas podem ser apostadas para confirmar sua resposta?
    3)      O que, de concreto cada um de vocês está fazendo para demonstrar esse espírito de serviço?
    4)      O ministério de serviço de vocês é percebido pelas outras pessoas?
    5)      Você esta disposto, a partir de hoje , colocar-se nas mãos de Deus para ministrar às necessidades uns dos outros, em nome de Jesus?

Autor: Pr. Darci Dusillek: Bacharel em teologia, licenciado em filosofia, especialista em documentação científica e mestre em ciência da informação. Foi professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, da Universidade do Rio de Janeiro, da PUC e da Universidade Gama Filho, todos no Rio de Janeiro.

É autor do conhecido Livro: A Arte da Investigação Criadora.
Em janeiro de 2006 lançou seu último livro: O Que Deus Sabe Sobre o Meu Futuro? — a doutrina da predestinação e eleição à luz da Bíblia, da teologia e da cosmologia.

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