terça-feira, 24 de setembro de 2013

Respostas para grandes problemas da vida

Por que isto está acontecendo comigo?

O tema do nosso encontro anterior foi o desânimo. Poderíamos dizer que o desânimo é uma “doença” terrível.

Primeiro, porque é universal. Todos ficamos desanimados.

Segundo, porque é recorrente. Podemos ficar desanimados, muitas vezes desanimados.

Terceiro, porque é altamente contagioso. Em alguns casos, outras pessoas ficam quando também estamos desanimados. E, nosso personagem central foi Neemias.
Estamos avançando na temporada de estudos “Respostas para os grandes problemas da vida”. Hoje abordaremos como tema, “Por que isto está acontecendo comigo?”

Este é sem dúvida um tema bastante interessante. Até porque, quem ainda não fez este tipo de questionamento em algum momento da vida? Frequentemente, este tipo de questionamento surge quando não encontramos razões e justificativas para aquilo que está nos acontecendo. Assim, a perplexidade e as dúvidas se alojam em nossos corações com uma força enorme.

Quando menos encontramos as respostas, maior é o sentimento de impotência. Como devemos reagir quando outras pessoas nos fazem mal? José, personagem do Antigo Testamento cuja história está no livro de Gênesis (capítulo 37 a 50), é um dos principais exemplos de alguém que sofreu em função de dificuldades criadas por outras pessoas.

Sendo assim, José é nosso personagem central deste estudo. Através da vida de José podemos encontrar caminhos para superar as adversidades e dificuldades, principalmente, quando não entendemos aquilo que nos está acontecendo. Através da história de José, somos informados dos grandes desencontros que a vida lhe proporcionou. Muitas foram as dificuldades, que humanamente falando não tinham qualquer explicação. Por vezes, a vida nos traz períodos onde será desperdício de tempo tentar encontrar explicação para aquilo que esta acontecendo. Vemos isto na vida de José. Nestes momentos,  

(a) a rebeldia não será a melhor resposta, nem tão pouco  

(b) a revolta, nos levara a algum lugar. Muitos menos, (c) a amargura nos fornecerá um entendimento apropriado da situação. Mais uma vez, José é exemplo de como precisamos aprender a lidar com aquilo que momentaneamente parece ser sem explicação. Vejamos…

Como já fomos informados, José é o personagem principal deste estudo. Desta forma é oportuno, ainda que panoramicamente, conhecermos um pouco da história de José.

José foi o décimo primeiro filho entre 12 irmãos. Em sua família havia muita rivalidade e os irmãos mais velhos começaram a sentir um ciúme especial de José por ele ser o favorito do seu pai (Gênesis 37.3). Por causa disso, o relacionamento entre José e seus irmãos tornou-se bastante belicoso. Quando o problema atingiu um ponto crítico, seus irmãos jogaram José em um poço e o deixaram lá para morrer (Gênesis 37.24). Contudo, mudaram de ideia. Tiraram-no do poço e resolveram vendê-lo aos mercadores, que o levaram como escravo para o Egito (Gênesis 37.28). Assim então começa a saga de José. Certamente, diante de tudo que lhe estava acontecendo, José tenha-se perguntado: “Por que isto está acontecendo comigo?”.

Texto bíblico: Gênesis 45.1-8
Contexto e explicação:

A história de José impressiona. Se existe alguém que tem todo o direito de questionar sobre os muitos acontecimentos incomuns e traumáticos que lhe ocorreram em vida, sem dúvida nenhuma, José é um grande e forte candidato. Vejamos os principais acontecimentos que se passaram na vida de José:

(a) Fora vendido pelos seus próprios irmãos a estranhos (Gênesis 37.28) – por causa da inveja que seus irmãos tinham de José, motivada também pela predileção do pai, seus irmãos maquinaram um plano contra sua vida. Resultado: fora vendido e tido como escravo;

(b) Fora assediado e caluniado pela mulher de Potifar (Gênesis 39.1-23) – José enfrentou uma pressão sexual enorme da mulher de Potifar, pois esta deseja deitar-se com ele. Como não teve êxito, resolveu caluniá-lo. Resultado: fora encarcerado;

c) Fora encarcerado injustamente (Gênesis 39.20) – diante da acusação maliciosa da mulher de Potifar, este, resolver encarcerar José. Desta forma, José vai do palácio a prisão;
A vida de José é uma sucessão de desencontros. Parece que nada dá certo a José. Tivera problemas na família (rivalidade com os irmãos), sofrera com o assédio sexual e por fim, cai em uma prisão injustamente.

Nada dá certo a José. Não é verdade, que em alguns momentos da nossa vida não exatamente isto que nos ocorre. Nada dá certo. O relacionamento dentro de casa é complicado, difícil. Quanto a sexualidade, há mais desencontros do que bem-estar. Apesar de todos os contratempos que José enfrenta, não vemos nenhuma atitude de agressividade ou então, tristeza. José reagiu de forma muito sábia, evitando cair em algumas armadilhas tão comuns, quando se vive uma situação assim. Vejamos:

(a) Não se entregou a autocomiseração – José não condenou a si mesmo pelos problemas. Não culpou a si próprio. Não deixou que sentimentos de condenação e culpa assaltassem seu coração;

(b) Não deu lugar à amargura - José não ficou remoendo e valorizando os desencontros que a vida lhe proporcionou. Os tratou com naturalidade, por isso, não ficou refém da amargura que nasce de um coração apegado às tristezas e frustrações que a vida tenha proporcionado;
Ainda, podemos apreender algumas lições valiosas a partir da história de José. Vejamos:

1- O plano de Deus

A primeira lição que pode ser percebida na vida de José é o plano de Deus. “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.” (Romanos 8.28). Esse versículo não diz que todas as coisas são boas. Até porque, há muita maldade neste mundo e a vontade de Deus nem sempre é vista. Contudo, o versículo diz que, na vida do cristão, todas as coisas – até mesmo as ruins – cooperam para o bem.

José compreende todos os acontecimentos a partir do plano de Deus: “… não foram vocês que me mandaram para cá, mas sim o próprio Deus.” (Gênesis 45.8). Ser vendido. Enfrentar o assédio. Ser encarcerado. Nada foi ao acaso. Nada foi desprovido de propósitos. Pelo contrário, Deus estava no controle de todas as coisas e fazendo com que tudo pudesse convergir para o bem de José e não o seu mal.
Deus jamais trabalha contra nós, mas sempre em nosso favor. Porque os planos de Deus jamais podem ser frustrados, assim Ele transforma dificuldades em bênção. Aquilo que momentaneamente parece ser um prejuízo, na verdade, é apenas um degrau para que alcancemos a vitória. Não temos dúvidas que José assim entendeu os percalços. Não encontramos nele, murmuração. Não há sinais de desânimo. Tão pouco, frustração ou decepção com Deus. Mas, uma incrível firmeza, que era fruto de saber que Deus estava na direção de sua vida e história.

Precisamos apreender muito com José. Um simples sinal de “fumaça” nos leva ao desespero. Ficamos acuados. Perdemos a esperança. Diante dos desencontros que a vida proporciona agimos com impaciência e indignação. Somos prepotentes. Precisamos aprender uma valiosa lição a partir da vida de José, tudo aquilo que nos ocorre, ainda que não compreendamos em curto prazo, certo é, que entenderemos em longo prazo. Cada dificuldade que surge, deve ser entendida como oportunidades de crescimento e não barreira.

2- Deus é fonte de todo e suficiente auxílio 

Outra lição valiosa que podemos extrair do episódio de José é o auxílio sempre presente de Deus em favor dos homens. A história de José está repleta de intervenções sempre oportunas de Deus em seu favor: (a) Enquanto seus irmãos planejavam matá-lo, Deus interveio mudando tais corações. Ao invés de matá-lo, venderam-no; (b) Quando fora caluniado e preso, Deus interveio permitindo que José tivesse a simpatia do carcereiro (Gênesis 39.21-23). Estes pequenos exemplos, já nos são suficientes para compreendermos que

Deus fora o auxílio de José.

Diante dos emaranhados que os problemas nos causam, Deus traz o auxílio. Assim, diante da dor, Deus traz o consolo. Diante da tristeza, Deus traz o conforto. Diante do desânimo, Deus traz a força. Diante das enfermidades, Deus traz a cura. Diante da “tempestade”, Deus traz a bonança. Diante do pecado, Deus traz o perdão. Diante da opressão, Deus traz a libertação. Diante daquilo que é impossível, Deus diz que é possível. Diante da morte, Deus traz a vida. Ou seja, Deus está sempre trazendo seu auxilio as nossas vidas (Salmos 46.1). Ele não nos deixa desamparados (Salmos 37.19).

Alias, o apóstolo Paulo fala com clareza a respeito do auxilio oportuno de Deus, “não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo lhes providenciará um escape, para que o possam suportar.” (1Coríntios 10.13). O próprio Jesus nos diz que o Espírito Santo é Deus que habita em nós, com a função de nos consolar e auxiliar (João 14.26). Desta forma, não existe um dia sequer que não tenhamos o auxílio de Deus.

Deus interveio na história de José, ainda que, momentaneamente este tenha passado por períodos difíceis. Assim Deus faz igualmente conosco. Não é porque estamos passando por problemas que deixaremos de ter o sustento da mão poderosa de Deus. Ele derrama sua misericórdia e bondade diariamente sobre nós, como sinal de seu auxilio (Lamentações 3.22-23). Assim, confie, pois Deus não esqueceu ou se distraiu. Ele não apenas trabalha em nosso favor, como também traz as provisões necessárias a nossa vida.

Conclusão: 

Deus tem o controle supremo do desfecho de todas as coisas. Ele pode pegar todos os nossos erros e também nossos pecados que os outros cometeram contra nós e, então, tornar tudo em bem. Ainda que “percamos” a batalha, Deus já venceu a guerra por nós. Ainda, Deus pode tomar até mesmo situações muito difíceis e torná-las em bem. Quando imaginamos que nossa vida está desmoronando, Deus tem a palavra final. Ele decide o que acontecerá. Creia nisto. Amém…

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