ELISEU FAZ
FLUTUAR O FERRO DE UM MACHADO (2 REIS 6:1-7)
"E
sucedeu que, derribando um deles uma viga, o ferro caiu na água, e clamou e
disse: Ai! Meu senhor! Porque era emprestado". (2 Reis 6:5)
O sucessor de
Elias é colocado novamente diante de uma inusitada situação. Eliseu vai até o
Jordão com os filhos dos profetas para pegar as "vigas" (toras de
madeira para construções), e no cortar destas madeiras um deles deixa cair o
ferro do machado no rio, causando uma não pequena preocupação, pelo fato de ser
emprestado. E Eliseu, lançando uma madeira, fez nadar o ferro. O problema foi
solucionado. Que lição nos passa este evento registrado pelas Escrituras?
"E
disseram os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em
que habitamos
diante da tua face nos é estreito". (6:1)
Os filhos dos
profetas tinham a visão e a preocupação nas melhorias para o povo. O objetivo
de "crescer" move a obra de Deus. Não se atua no Reino apenas porque
outros o fazem, nem por ser uma mera obrigação, mas porque o crescimento da
igreja é um fator relevante. "A igreja...crescia em número". (Atos
9:31)
"Vamos,
pois, até ao Jordão". (6:2)
A iniciativa
estava intrinsecamente ligada a vontade de trabalhar. Não basta ficar esperando
a idéia se confirmar através de opiniões diversas, mas fazer acontecer! Quem
fica a esperar pelos outros não tem um desejo profundo pela obra.
("Vamos") A unidade também era um baluarte na vitória.
"E disse
ele: ide". (6:2b)
O aval de
Eliseu libera os filhos dos profetas a cumprirem o propósito a qual foram
inspirados. Eliseu não se deixa ser levado por nenhum sentimento de ciúme ou
inveja, classificando a obra somente para os "mais velhos". Longe de
todo tipo de preconceito ou complexo, Eliseu declara o "ide" que mais
tarde Jesus viria comissionar todos os seus discípulos: "Ide por todo
mundo". (Marcos 16:15)
"E disse
um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei". (6:3)
Os filhos dos
profetas reconheciam a experiência de Eliseu, razão de convidá-lo a ir.
Respeitava-o, não somente por ele ser um profeta, mas por Eliseu ser um homem
veterano na obra, e um exemplar homem de Deus. O respeito e admiração ele
conquistou não por ser o "mais velho", mas por sua sincera dedicação
na causa do Reino. "Sou mais prudente que os velhos, porque guardo os teus
preceitos". (Salmo 119:100)
"Ai! Meu
senhor! Porque era emprestado". (6:5)
Os nossos
dons são como ferramentas de trabalho, que nos são emprestados para o
crescimento da obra de Deus. É preciso sempre vigilância e oração na seara. Um
descuido e a queda é fatal. Na parábola dos Dez Talentos (Mateus 25:14-30) a
condenação veio para quem "enterrou", ou seja, descuidou, não usou,
ou usou de forma errada, de maneira que não produziu crescimento. O uso dos
talentos tem que ser feito com muito cuidado. Nem devagar demais, nem forte
demais, para que o "ferro do machado" não caia. Muitos usam de
violência, pensando que assim irão obter respeito. O uso da força, sem
sabedoria, pode destruir uma ferramenta. Trabalhando corretamente, usa-se menos
força, e o resultado é sempre positivo. "Apascentai o rebanho de Deus, que
está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus;
nem por torpe ganância, mas de boa vontade. Nem como dominadores sobre os que
vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho". (1 Pedro 5:2,3)
"E disse
o homem de Deus: Onde caiu?" (6:6)
Mesmo com
todos os nossos defeitos, erros, falhas, mesmo que um de nós venha a cair,
tropeçar, o Senhor da Ceifa quer nos devolver a ferramenta, e continuarmos a
trabalhar. Ele quer que você confesse onde foi a sua queda, onde foi que você
parou, e lhe devolver os dons, e assim continuar a desenvolver seus talentos.
Busque de novo. Ore de novo.
"Então,
ele estendeu a sua mão e o tomou". (6:7)
Agora só
depende de você! Basta apenas que você busque. O Senhor Jesus, o autor da nossa
redenção, já estendeu a madeira da cruz para reerguer a sua vida, para reerguer
os seus dons novamente, e você voltar a ativa, com o mesmo potencial de antes,
ou até maior. Há pessoas que citam frases conhecidas do tipo: "Quem caiu
(pecou) nunca mais é o mesmo". Isso é mentira!!! Quando o filho pródigo
retornou a casa a festa foi maior. (Lucas 15:11-32) Os maiores homens de Deus,
registrados na Bíblia, caíram, pecaram, mataram, se arrependeram, caíram de
novo, se arrependeram de novo, e foram usados poderosamente por Deus. Isso não
é uma liberação para pecar a vontade, mas nos mostra que um arrependimento
sincero traz o real perdão. Não devemos pecar nunca! Mas se pecarmos, temos
junto ao Pai um advogado: Jesus Cristo. (1 João 2:1)
"Porque
onde abundou o pecado, superabundou a graça de Deus". (Romanos 5:20)
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