NOSSO PERDÃO
Lucas 23:26-43 (v. 34)
No intimo do homem, o homem deve sentir que ele não
está com uma consciência bem limpa para com Deus. !Do céu se manifesta a
ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens?, (Rom
1:18,19). Quem está em baixo do céu deve perceber esta ira do Deus Santo
sobre ele. Os que entendam um pouco da Palavra de Deus já lembrem do que
já veio do céu sobre pecadores (chuva no dilúvio, Gên. 7:17; chuva de enxofre e
fogo, Gên. 19:27; as dez pragas no Egito, Êx 7-12; as trevas na morte de
Cristo, Luc 23:44) e assim entendem que Deus é santo e contra o pecado.
Verdadeiramente, !do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e
injustiça dos homens?. Do céu muitas vezes vem a voz do Deus através de trovão,
água, vapores e relâmpagos (Sal 18:13; 68:33; Jer 10:13).Os que entendem um
pouco mais da Palavra de Deus sabem que o Senhor Jesus, do céu voltará com rijo
clamor de trombeta e assim do céu se manifestará !a ira de Deus sobre toda a impiedade
e injustiça dos homens? (Mat. 24:30,31). O pecador, com uma consciência pela
qual ministra o Senhor Deus no seu intimo (Prov. 20:27) já está insatisfeito
com a sua impossibilidade de cumprir a lei de Deus no seu coração (Rom
2:14,15). Assim, o pecador não tem uma consciência limpa para com Deus e
tem toda razão temer pelo julgamento final que mostrará todo homem pecador e o
Deus o Único Santo.
A lei de Moisés veio do céu também e o propósito dela
é !para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de
Deus." (Rom 3:19).
O homem tem este mal do pecado por ser nascido de um
casal de pecadores. Assim o pecador herdou uma natureza pecaminosa (Rom
5:12). Por causa desta natureza pecaminosa, o pecador, contra o
testemunho de Deus que vem do céu, e contra a sua própria consciência, peca
continuamente. Por causa do pecado o pecador não pode agradar o Santo
Deus (Rom 8:8) e nem entender a Sua Palavra pois ela é entendida
espiritualmente (I Cor 2:14).
A beleza de Cristo é que Cristo tem poder para perdoar
pecados (Mat. 9:6). Somente pelo que Cristo fez para os pecados que a ira de
Deus é extinguida. Só o sacrifício de Cristo é aceito por Deus como um
sacrifício agradável (João 3:35,36; 14:6). Um exemplo singular dessa beleza
de Cristo se vê na cruz pela conversa de Cristo com o malfeitor (Luc.
23:39-43). Um dos malfeitores confessou o seu pecado, era
arrependido dos pecados dele, e procurou o perdão de Deus por Cristo.
Este tinha os seus pecados perdoados imediatamente e foi, no mesmo dia, para
estar com Deus. Podemos ver nisso que qualquer pecador arrependido que
procura o perdão de Cristo pela fé, sem suplicar por nenhuma obra de
justiça pessoal no passado ou o que pode ser feita no futuro, confiando só na
obra substitutiva de Cristo tem perdão de todos os seus pecados e é aceito
imediatamente por Deus. Por Cristo vem o perdão de todos os nossos
pecados. O outro malfeitor, em contraste, mesmo vendo os seus pecados,
não se submeteu à justiça de Deus feito por Cristo; não se arrependeu dos
seus pecados diante de Deus; nem procurou o seu perdão. Este não
estava com Cristo no Paraíso naquele dia, e nem nunca estará (Apoc
20:11-15). Porquê? Porque não confiou de coração na obra de Cristo
como se fosse para os seus pecados optando então levar consigo mesmo a
condenação dos seus próprios pecados. Ou tem Cristo com o perdão de Deus,
ou não tem Cristo e fica com a condenação dos pecados.
Quando os pecados estão perdoados, Deus cria em nós
uma natureza nova (II Cor 5:17) que leva para uma vida nova aqui na terra (Efés
4:24) e finda com a vida eterna com Ele no céu (João 4:14; 3:36;
14:3). Com o perdão dos pecados podemos agradar Deus que antes, só na
carne, não podíamos (Rom 7:25; 8:6).
Em Cristo, pelo perdão dos pecados vem a justificação:
os pecados estão perdoados e temos uma nova posição diante de Deus (II Cor
5:21; I Ped 1:18,19). Nunca mais terá o crente o problema de ser
eternamente separado de Deus por causa de pecado (João 10:28,29). Mas
isso não quer dizer que o crente nunca pecará mais. O crente em Cristo é
justificado diante de Deus pelo sacrifício de Cristo mas a comunhão com Deus
pode ser quebrada. Quando o crente peca voluntariamente e insiste no
pecado, ele tem a comunhão com Deus quebrada e precisa confessar tal pecado
para restaurar a comunhão com Deus (Sal 51:11; 139:23,24; I João 1:9).
Se o crente continua insistindo no pecado, ele é sujeita a correção
do Seu Deus (Heb 12:5-7) e isso pode levar até a morte prematura do crente (I
Cor 5:5; I Cor 1:20).
Você já conhece a beleza do perdão dos seus pecados
diante de Deus por Cristo? Que possa desde já se arrepender dos pecados e
confiar tanto na pessoa quanto na obra de Jesus Cristo nem que confiou o
malfeitor na cruz. A opção de conhecer essa beleza pessoalmente é de
conhecer o mesmo fim do outro malfeitor que, conhecendo a verdade, não se
submeteu à ela, e é separado de Deus eternamente.
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