I. NOSSA FORÇA "A força da minha vida" - Salmo 27:1
Antes de
sermos salvos, possuíamos somente a força da nossa carne.
Com essa
força carnal não podíamos agradar a Deus nem nos submeter à lei (Rom 8:8) ou
ainda compreender as coisas do Espírito de Deus (I Cor 2:14).
Desde o
nosso nascimento na carne, falamos mentiras (Sal 58:3) e somos totalmente
descritos pela Palavra de Deus como sendo desde a planta dos nossos pés até a
cabeça como uma chaga não curada. (Isa 1:6).
Realmente,
com um coração enganoso e perverso (Jer 17:9) nós, na carne, nos tornamos
inimigos de Deus (Rom 8:7). Sendo assim somos considerados mortos e condenados
por Ele (Rom 3:23; 5:12; 6:23).
Por Deus ser
"riquíssimos em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com
Cristo" (Efés 2:4,5).
Por Cristo recebemos "todas as bênçãos
espirituais nos lugares celestiais" (Efés 1:3) e assim, estando em Cristo,
podemos dedicar louvor e glória a Deus por sua graça (Efés 1:6).
Deus dá-nos, através de Cristo, e só por
Cristo, (João 14:6) uma nova natureza (II Cor 5:17; II Ped 1:4) e um
entendimento para conhecermos o que é verdadeiro (I João 5:20).
Deus vêm
morar em nós através do Seu Espírito Santo (I Cor 6:19) e devido a obra do
Espírito Santo sabemos obedecer ao Nosso Deus (João 14:26).
O preço do
pecado foi pago com a morte de Jesus Cristo e o poder do pecado foi quebrado
com a ressurreição de Cristo (I Cor 15:55-57) e por isso não somos mais
dominados pelo pecado (Rom 6:11-14). "Maior é o que está em vós do que o
que está no mundo" relata João (I João 4:4).
Mesmo tendo
a última vitória e a vitória final sobre o pecado por Cristo ainda temos,
enquanto estamos vivos na carne, a presença do pecado.
A presença
do pecado na nossa carne guerreia contra o Espírito de Deus que vive em nós,
nossa nova natureza, e isso em muitas vezes faz o crente sentir-se um miserável
(Rom 7:14-24).
Cristo traz
ao crente inúmeras benções gloriosas não só no porvir quando o veremos face a
face mas também agora neste presente século.
Essas
belezas apontam como nós podemos ter a vitória, agora, até que o vejamos
pessoalmente.
Queremos
estudar as belezas que temos em Cristo e por elas sermos ensinados a renunciar
à impiedade e às concupiscências mundanas para que vivamos "sóbria e
justa, e piamente, aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da
glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; o qual se deu a si mesmo por
nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu
especial, zeloso de boas obras" (Tito 2:12-14).
"Posso todas as coisas em Cristo
que me fortalece." Filipenses 4:13
O Crente não
é exposto aos perigos e aos poderes do Maligno sozinho. Ele não precisa ter uma
vida vitoriosa por suas forças. Cristo é "a força da minha vida"
então "de quem me recearei?"
Cristo tem
tanto a vontade de desejar quanto a força necessária para que se cumpra o
desejo. Essa força está evidente na vida do crente das seguintes maneiras:
A. Resistir a Tentação
Cristo,
ainda em forma de homem, passou por tentações e assim enfrentou pessoalmente a
Satanás que em nenhuma instância quis poupar a Esse que veio o derrubar (Mat.
4:1-11).
Nessas
tentações Jesus, semelhante a nós "em tudo foi tentado, mas sem
pecado" (Heb 4:14-16) nos mostrando que, pelo seu poder, também podemos
vencer esse mal sempre presente. Não há razão para que não retenhamos
firmemente a nossa confissão. Cristo já passou por estas situações, venceu e é
a nossa força que nos facilita um escape das mesmas situações (I Cor 10:13).
Durante as
tentações, como fez Cristo, só podemos ter a vitória lembrando-nos da Palavra
de Deus aplicando-a à nossa situação. A nossa força durante as tentações é
Cristo e não a nossa carne. Quando Satanás vier nos tentando temos a instrução
de Pedro; "Ao qual resisti firmes na fé" (I Ped 5:9), e somos
lembrados por Tiago a chegarmos a Deus, e Ele se chegará a nós (Tiago 4:7-8).
Chegando a Deus lembraremo-nos da nossa relação com Deus por Cristo. Lembrar-se
de Cristo nestas horas opera dando-nos força para resistirmos a Satanás, quem
Cristo já venceu. Medite sempre nas obras de Cristo.
B. Persistir no Caminho da Santidade
A carne é
fraca e vai se enfraquecendo a cada dia. As situações e os problemas em nossa
vida nos desafiam a ponto de parecer que logo desfaleceremos e perderemos
qualquer avanço que pela graça de Deus temos alcançado. A nossa força é pequena
e a batalha é longa, séria e sombria. Há provocações que podem desafiar até
mesmo os grandes na fé (I Cor 11:24-29). Em tudo, Cristo é a nossa força. Temos
embaraços (impedimentos) na vida e sempre temos "o pecado que tão de perto
nos rodeia". A solução é estarmos "Olhando para Jesus, autor e
consumador da fé" e considerando "Aquele que suportou tais
contradições dos pecadores contra si mesmo". Olhando para Jesus podemos
ser animados para que não enfraqueçamos, desfalecendo nossos ânimos (Heb
12:1-4). Não resistimos até o sangue, combatendo contra o pecado. Vamos, então,
olhar mais para Cristo e assim seremos resolutos e continuaremos na batalha.
Medite na fidelidade de Cristo em face aos obstáculos.
C. Obedecer os Mandamentos
Há tantos
mandamentos que Cristo deixou para nós guardamos que precisamos continuamente
ser relembrados de todas as coisas que Ele nos tem mandado (Mat. 28:20). Há
tanta fraqueza por parte da carne para obedecer que se não tivermos algo para
nos ajudar, seremos vencidos. Apesar da seriedade dos preceitos que devemos
cumprir ("Sede santos" I Ped 1:16; "sede vós pois
perfeitos" Mat. 5:48) e apesar da fraqueza da nossa carne, podemos agradar
o Santo e Perfeito por Cristo. "Posso todas as coisas em Cristo que me
fortalece." (Fil. 4:13). Não batalhamos em obediência a força da carne
(batalhamos para morremos à carne!) mas em obediência aos mandamentos de Deus,
com a força de Deus (Efés 6:12). Nessa batalha, Cristo é Quem nos capacita.
Medite na obediência de Cristo.
"Olhando
para Jesus, autor e consumador da fé" Hebreus 12:2
D. Amar uns aos outros
Cristo
ocupou muito do seu tempo em oração quando esteve aqui na terra e muitas
orações foram dirigidas em favor a aqueles que o seguiam. Cristo desejava o
amor com que Deus o amava estivesse com os discípulos. Cristo deu o Seu
mandamento que é este: "Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos
amei" (João 15:12). Cristo é a força que nos capacita para amarmos uns aos
outros, pois por Ele conhecemos o amor de Deus em primeira instância. Cristo é
a força que nos capacita para amarmos uns aos outros, pois entre o seu
mandamento e a operação do Espirito Santo não pode haver oposição. Medite na
maneira como Cristo amou e procure a obra de Deus para amar aos outros.
E. Perdoar Nossos Devedores
Parte da
ação de amar um ao outro é perdoar um ao outro. Temos o exemplo de Cristo para
amar e temos Ele como modelo para perdoar. Efés 4:32 nos ensina, "Antes
sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus vos perdoou em Cristo." Pense nas ações contra
Cristo e Ele as perdoou para dar-nos um exemplo de perdão em relação a aqueles
que são nossos opositores. (Lucas 22:26-43, "Pai, perdoa-lhes, porquê não
sabem o que fazem."). Veja que Cristo é a força que nos capacita para que
façamos o que agrada á Deus, inclusive perdoar um irmão de algo inferior ao que
Deus já nos perdoou por Cristo
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