Estou
impressionado com a quantidade de títulos eclesiásticos criados nos
últimos anos. De apóstolo, a apóstolo embaixador, o que mais temos no
meio evangélico é o culto a hierarquia institucionalizada.
Há
pouco ouvi um relato de uma irmã que ao dirigir-se a um senhor
chamou-lhe de irmão. Para surpresa dela, o homem de modo sisudo
respondeu firmemente dizendo: Irmão não. Pastor. Por favor me chame de pastor.
Pois
é, lamentavelmente alguns dos líderes evangélicos tupiniquins tem
demonstrado ao longo dos anos uma enorme fome por titulos. Se não
bastasse os oficios e titulos convencionais, esta corja aproveitadora,
inventou outros tantos mais. Nesta perspectiva multiplicaram-se os
apóstolos, apareceram os profetas da restauração que a reboque
fabricaram os titulos de paipostolo, Patriarca Apostólico, Principe de
Israel, dentre tantos outros mais.
Caro
leitor, essa busca desenfreada por títulos e oficios me enoja. A
questão é que essa galera descompromissada com as Escrituras prefere a
ostentação de uma função eclesiástica a ser um simples servo. Aliais, o
termo servo, definitivamente caiu em desuso. Todavia, ao contrário do
que deveria ser, parte da igreja evangélica brasileira esqueceu das
Palavras de Jesus que nos ensina que todo aquele que deseja ser grande
deve aprender a servir.
Jesus
os chamou e disse: "Vocês sabem que aqueles que são considerados
governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem
poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Pelo contrário,
quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem
quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos. Pois nem mesmo o
Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida
em resgate por muitos". Marcos 10:42-45
Lamentavelmente
os homens querem ostentação, sem contudo entenderem que somos e fomos
chamados para servir àqueles que conosco se relacionam. Como bem afirmou
Thomas Brooks, "os cristãos que permanecem no serviço do Senhor precisam considerar mais a cruz do que a coroa."
Prezado
amigo, quem somos nós? Que possuímos nós? Ora, não somos nada! Como bem
disse o reformador Martinho Lutero, nós não passamos de sacos de
esterco, servos inúteis carentes da graça e da misericórdia de Deus.
Pense nisso!
fonte - Renato Vargens => www.renatovargens.blogspot.com.br
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