domingo, 19 de outubro de 2014

LIÇÃO Nº 13 (EBD) CONSTRUINDO A COMUNHÃO NA VIDA DA IGREJA.



 TEXTO BÍBLICO: 1ª Coríntios Cap. 13 e 14.



LEITURA DIÁRIA:



Segunda – Feira -------------------------=> 1ª Coríntios 13: 1 – 7.

Terça – Feira -----------------------------=> 1ª Coríntios 13: 8 – 13.

Quarta – Feira ---------------------------=> 1ª Coríntios 14: 1 – 10.

Quinta – Feira ---------------------------=> 1ª Coríntios 14: 11 – 21.

Sexta-feira -------------------------------=> 1ª Coríntios 14: 22 – 30.

Sábado -----------------------------------=> 1ª Coríntios 14: 31 – 40.

Domingo ---------------------------------=> Salmo 77.



Duas realidades precisam ser salientadas na conclusão destes estudos:



    1)      A comunhão cristã é algo que já existe no plano eterno de Deus; ela foi por ele estabelecida e, nesse plano, nada que venhamos a fazer aqui no cenário da historia dos seres humanos pode alterar essa realidade.



    2)      A comunhão é algo que precisa ser trabalhado e construído no relacionamento entre os crentes no dia a dia de suas vidas. É desse segundo aspecto que iremos tratar no presente estudo.



Ao longo dos doze estudos o leitor deve ter aprendido sobre o significado e importância da comunhão na vida da igreja. Sabe que a igreja é parte de uma comunhão com dimensões além da historia. A comunhão de que faz parte a igreja invade a própria eternidade. É um privilegio pertencer a essa comunhão.



Também deve ter se conscientizado dos compromissos de mutualidade que o cristão tem para com os seus irmãos no contexto da vida as igreja, nos relacionamentos que oferece e requer de cada filho de Deus, segundo a cimentação e orientação dp Espirito Santo na forma do corpo de cristo aqui na terra.



Agora, como estudo conclusivo, vamos considerar alguns aspectos práticos que podem facilitar, do ponto de vista humano, os cristãos a tornarem visível a comunhão que desfrutam na fé no filho de Deus.



    1.     PRECISAMOS ENCONTRAR TEMPO PARA ESTARMOS JUNTOS.



Para contrabalançar a pressão de um mundo cada vez mais competitivo, precisamos como igreja encontrar tempo para estar juntos com mais frequência.



Os cultos dominicais, conquanto necessários, não são suficientes para promover o tipo de relacionamento que aprofundem a comunhão entre os crentes. Comunhão entre as pessoas somente pode ser estabelecidas à medida em que elas possam se relacionar umas com as outras, se conhecer, se ajudar, se conversar entre si, enfim, possam exercer a mutualidade em todas as dimensões.



É preciso deixar claro, entretanto, que não estamos preconizando mais reuniões de tipo formal na igreja. Isso seria massacrante e teria um efeito contrario aos propósitos da comunhão.  O que precisamos são encontros menores onde a qualidade dos relacionamentos possa ser trabalhada de forma eficaz e sistemática.



O simples fato de pertencermos a família de Deus nos impõem o compromisso moral de vivermos a comunhão de uma vida em família. Isso, mesmo na família natural, só é possível quando os membros da família tem a oportunidade de estar juntos.



    2.     VAMOS MEXER COM OS BANCOS NA IGREJA?




Já foi mencionado que a forma pela qual os bancos estão dispostos no santuário da maioria das igrejas é em linha. Isso nos faz conhecedores das “nucas” e das “costas” uns dos outros. A comunhão se estabelece mais facilmente quando as pessoas podem olhar de frente umas com as outras.



Reconhecemos a dificuldade de mudar a disposição dos bancos e assentos no santuário principal da igreja. Mas o que é quase impossível de ser feito a nível macro é possível e tranquilo a nível de salas e classes da Escola Bíblica Dominical. Os lideres de grupos de estudo bíblico e de treinamento cristão devem procurar envolver seus liderados na procura da melhor solução para dispor os assentos na sala a fim de proporcionar a possibilidade de relacionamento significativo entre eles.



Uma igreja que esteja planejando construir um novo santuário deve colocar esse objetivo para o arquiteto preparar a planta adequada. Igreja que estejam nesse estágio de vida tem a oportunidade impar de desenhar uma planta orientada pela necessidade de comunhão dos seus membros. Normalmente os santuários são construídos na forma retangular tradicional. Essa concepção precisa mudar. Graças a Deus esta mudando.



    3.     QUEM DISSE QUE TODAS AS REUNIÕES TEM QUE SER NO SANTUÁRIO DA IGREJA?

Verifica-se o fenômeno da sacralização do templo por parte dos crentes. Praticamente todas as reuniões, com as respectivas exceções, são marcadas para o santuário da igreja. Essa pratica as tornam reuniões muito formais e pouco contribui para estabelecer ou fortalecer a comunhão entre os salvos na   igreja.



Reuniões podem ser feitas nos lares dos crentes, em restaurantes, em casas de campo, etc... Em ambiente propicio, as pessoas poderão ser mais autenticas umas com as outras aumentando, assim, a comunhão entre elas.



    4.     GRUPOS DE CONVIVÊNCIA PODEM AJUDAR.



Já foi mencionado que algumas igrejas de porte maior estão adotando a estratégia de formar grupos de convivência – ou qualquer outro nome que se convencione e se queira adotar para facilitar e fomentar a comunhão entre os membros. Tais grupos se reúnem em algum dia durante a semana na casa de um de seus participantes, no sistema de rodizio, para estudarem a Bíblia juntos, para compartilharem problemas pessoais no casamento, para intercessão, para jogar um pouco de conversa fora, enfim, para se sentirem gente. Tais grupos são formados por 12 a 15 pessoas.



As pessoas preferencialmente devem ter algum fator que identifique estre si para funcionarem melhor desde o inicio. Um cuidado a se tomar na adoção da estratégia de grupos de convivência é o de evitar-se a formação de igrejinhas dentro da igreja.



É preciso ter uma boa coordenação do programa para que ele possa funcionar. Os participantes desses grupos devem sempre ser lembrados de que não são autossuficientes e de que pertencem ao corpo maior representado pela igreja.



    5.     AS PESSOAS SÃO MAIS IMPORTANTES QUE ORGANIZAÇÃO.



A finalidade do programa de educação cristã de uma igreja deve levar os crentes á maturidade segundo o padrão de Jesus cristo. É comum que esta finalidade seja desvirtuada para uma espécie de promoção da organização denominacional, ou da própria igreja, que promove aquele programa particular de educação cristã.



No entanto, todo programa de educação cristã que não leve em conta as pessoas e suas necessidades está condenada ao fracasso, esta, sem dúvida, é a razão principal da pequena frequência dos crentes em algumas dessas reuniões dessas organizações.



Quando as pessoas são respeitadas em suas necessidades, elas serão as primeiras interessadas em participar e promover determina organização ou sistema de ensino. Alias, esse é um dos princípios básicos do marketing: A satisfação de necessidades.



Por essa razão é importante que, ao se montar a estratégias de grupos, as pessoas e suas necessidades sejam o foco principal do programa.



CONCLUSÃO!!!



Estamos conscientes da importância da comunhão solidaria na vida das pessoas que formam a igreja. Ao final do estudo desta revista gostaria de destacar alguns fatores importantes sobre a comunhão.



    1.       OS CRISTÃO PRECISAM TER COMUNHÃO UNS COM OS OUTROS.



A igreja é o Corpo de Cristo e seus membros devem relacionar-se entre si como os membros de nosso corpo fazem (veja novamente o texto de 1ª Cor. 12: 14). Nenhum de nos é autossuficiente. Deus não nos fez dessa maneira. Ele nos fez para vivermos em comunhão e preparou a igreja para tornar essa possibilidade em algo concreto.



Vida em comunhão é um principio da vida espiritual. John Wesley declarou que “não existe nada que seja mais anticristão do que um cristão solidário”.



    2.       OS CRISTÃOS NÃO ESTÃO VIVENDO EM COMUNHÃO.



Temos muitos encontros e reuniões que denominamos de comunhão. Porem observa-se que nesses encontros a comunhão real e verdadeira esta faltando. É que permitimos que a ideia secular de comunhão – com sua ênfase centrada em uma reunião alegre – tomasse o lugar do conceito bíblico de comunhão – baseando na concepção trinitariana de nos identificarmos cada vez mais com o Pai e filho através do poder do Espírito Santo. Essa identificação com o Deus triúno é fundamental para que nos identifiquemos uns com os outros na irmandade da igreja.



    3.       OS CRISTÃOS DEVEM PROCURAR VIVER EM COMUNHÃO.



Isso é fundamental para que possamos cumprir o mandamento de Cristo: “Nisto conhecereis que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” João 13: 35. É fundamental para que a igreja cumpra a sua missão de evangelização.



Falta de comunhão prejudica o testemunho da igreja. Todos os esforços que a igreja puder envidar no sentido de estimular e fortalecer a comunhão entre os seus membros ainda serão poucos para contrabalancear os efeitos de uma sociedade pós-moderna marcada pelo pragmatismo materialista.



Dada a importância da matéria vamos procurar a viver em comunhão? Tome o propósito de ser um facilitador para que a comunhão seja uma realidade viva em sua igreja. De mais tempo para conversar com seu irmão a com a sua irmã em cristo.



Procure visitar e apoiar os irmãos em suas necessidades. Abra sua vida. Cultive a transparência, o perdão e a compreensão para com seus irmãos  e irmã em cristo. Não construa trincheiras de relacionamentos que sempre separam e isolam



Mais do que construir pontes de relacionamentos seja você mesmo uma ponte através da qual o amor de Deus possam fluir a abençoar os outros que se encontram ao  seu redor. Você irá perceber que a sua vida se tornara mais e mais feliz e significativa. Vamos viver em comunhão!



Autor: Pr. Darci Dusillek: Bacharel em teologia, licenciado em filosofia, especialista em documentação científica e mestre em ciência da informação. Foi professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, da Universidade do Rio de Janeiro, da PUC e da Universidade Gama Filho, todos no Rio de Janeiro.



É autor do conhecido Livro: A Arte da Investigação Criadora.

Em janeiro de 2006 lançou seu último livro: O Que Deus Sabe Sobre o Meu Futuro? — a doutrina da predestinação e eleição à luz da Bíblia, da teologia e da cosmologia.   

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