domingo, 19 de outubro de 2014

LIÇÃO Nº 11 (EBD) – CHEGANDO JUNTO DE QUEM ENFRENTA PROBLEMAS.


TEXTO BÍBLICO: ROMANOS 8: 31 – 39.


LEITURA DIÁRIA:



Segunda – Feira -------------------=> João 14: 16 – 20.

Terça – Feira -----------------------=> Romanos 8: 31 – 35.

Quarta – Feira ---------------------=> Romanos 8: 36 – 39.

Quinta – Feira ---------------------=> Gálatas 6: 1 – 2.

Sexta – Feira -----------------------=> 2ª Coríntios. 1: 3 – 7.

Sábado ------------------------------=> Colossenses 3: 12 – 13.

Domingo ----------------------------=> Gálatas 5: 22 – 26.



Quem já não enfrentou alguma crise na vida?




Uma situação em que você se sentiu acuado num canto sem poder vislumbrar uma saída? É numa hora como esta que você descobre quem são os verdadeiros amigos, não é verdade?



Na hora da crise muitos que você pensava que eram seus amigos se afastam, ao passo que outros aos quais você não dava muita importância, se aproximam de você para ajudar. Mas perguntamos a nós mesmos, no ambiente da família de fé – a igreja – todos não deveriam ajudar uns aos outros? O que acontece na realidade?



Nesse sentido, que experiência  concreta, pessoal ou de alguém conhecido, você poderia compartilhar? Você já experimentou aquela sensação de estar sozinho no mundo apesar de ter muitas pessoas ao teu redor? Por que razão temos dificuldade de chegar junto do irmão ou irmã na hora da crise? Deveríamos nos comportar de maneira diferente?



O objetivo deste estudo é demonstrar o que de bênçãos a igreja pode ser na demonstração de uma comunhão solidária, num mundo cada vez mais hostil, impessoal, competitivo e despenalizante.



Em 2º Cor. 1: 3 – 7 o apóstolo Paulo nos apresenta três aspectos que fazem da igreja uma comunidade muito especial. “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.  Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo. Mas, se somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação e salvação é, a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos; E a nossa esperança acerca de vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação”. Vamos considerar a seguir os três aspectos que tornam a igreja uma comunidade muito especial.



1.       A IGREJA É A COMUNIDADE DA FÉ EM DEUS.

 

A fé que temos não é em um Deus qualquer perdido na poeira da historia.



Nossa fé não é uma fé arqueológica. Nosso Deus é um Deus acima de todos os deuses. Ele é o Senhor dos Senhores. O Deus em quem confiamos é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele não é um Deus vingativo que por sua vontade arbitraria nos inflige sofrimento.



O Deus em quem cremos nos visitou em nossa forma e condição humana e sofreu a tentação, a dor, a crucificação, a fim de abrir os portões de uma nova vida para nós. Ele é o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o pai das misericórdia e o Deus de todas as consolações.



Note como apalavra consolação ou, conforto, é usada para designar a pessoa do Espírito Santo ( João14: 16 e 26). O consolador, o companheiro, o Paracleto, é aquele que é chamado para estar ao nosso lado para nos ajudar. Sua função é a de ajudar; nunca de estar contra nos. O Espírito Santo é o nosso  companheiro no sofrimento. Com ele podemos conversar pois ele nunca nos abandonara a nossa própria solidão.



O sofrimento nos isola e nos torna pessoas solitária (Prov. 14: 10). O Espírito Santo se aproxima de nós nessas horas e nos faz saber que Deus é conosco e que não estamos lutando sozinho. Ele nunca vem até nós em atitude de condenação. Ele sempre se aproxima para estar junto de nós a fim  de experimentarmos o seu conforto e consolação. Esse é o Deus em quem depositamos nossa fé e que nos faz experimentar a bênção da comunhão solidaria. Esse é o Deus do amor, da misericórdia e do conforto, que nos socorre em todas as nossas aflições. Que coloca a sua mão sobre nos para nos apoiar, proteger e sustentar.




2.       A IGREJA É A COMUNIDADE DO CONFORTO.




Deus é o Deus de toso o conforto.



Ele chega junto de nós em todas as nossas aflições. O Deus que seleciona algumas poucas pessoas para cuidar delas. Ou algumas aflições mais fáceis de serem trabalhadas. O texto fala de um Deus “que consola em toda a nossa tribulação”. Seja uma tribulação de ordem econômico-financeira, um osso quebrado que não é restaurado, AIDS ou qualquer outro tipo de enfermidade ou tribulação.



Deus não olha as pessoas nem leva em conta o tipo de suas doenças ou calamidade para somente então agir. O sofrimento também acontece a todos. Há sofrimento que podem nos isolar mais das outras pessoas,  mas nenhum sofrimento pode nos separar do amor de Deus revelado em cristo Jesus (Romanos 8: 38 – 39). Deus, o Deus de todo o conforto e consolação, nos torna a comunidade do conforto, isso, em qualquer que seja o tipo de aflição que venhamos a enfrentar.



3.       A IGREJA É A COMUNIDADE DA MINISTRAÇÃO.




Deus tem um propósito ao chegar junto de nós para nos confortar.



Ele quer que sejamos capazes de confortar uns aos outros por meio do conforto que ele providenciou pata nós. Há aprendizado resultante do sofrimento, que experimentamos.



O autor de Hebreus fala que Jesus, o Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio daquilo que sofreu (Heb. 5: 8). Da mesma forma aprendemos a obediência e a disciplina por meio do sofrimento que passamos. É como se, por meio da tribulação e sofrimento adquiríssemos uma caixa de ferramentas fim de sermos sensíveis e compassivos para com as pessoas que sofrem.



Assim, Deus deseja que a sua igreja seja uma comunidade onde as pessoas encontrem apoio e conforto em meio às aflições que elas passam. A igreja precisa recuperar o sentido e identidade de uma comunidade onde as pessoas encontrem apoio e ajuda nos momentos de angustia e dor. Deus a tem provido de recursos através da ação do Espírito Santo para que ela cumpra essa função e papel. Assumindo a sua identidade e função como uma comunidade de conforto, estará sendo utilizada por Deus para ministrar o seu amor e graça para com as pessoas que sofrem.



Vamos assumir esse papel?



Olhe ao seu redor. Tenho certeza de que hoje, na igreja da qual você faz parte, há pessoas que estão enfrentando algum tipo de dificuldade ou tribulação. Que tal chegar junto delas só ou acompanhado, a fim de demonstrar-lhes o cuidado, o carinho, o amor e a graça de Deus?



4.       UM HOSPITAL CHAMADO IGREJA.




Escrevendo aos Gálatas o apóstolo Paulo acrescenta um outra dimensão ao ministério da igreja. ele fala que a igreja deve ser uma igreja hospital. Gálatas 6: 1 IRMÃOS, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.



É muito importante que fixemos o conceito de que a igreja deve agir no mesmo sentido da cura e da restauração das pessoas. Todos somos suscetíveis de falhas devido ao caráter de nossa própria humanidade ou natureza. Longe de ser uma excursa para nossos erros e pecados, essa afirmação procura reconhecer que todos nos temos “pé de barro”.



A experiência comum das igrejas é logo tratar de disciplinar e excluir a pessoa que errou. Mas somos ordenados a procurar agir com mansidão, visando a restauração da pessoa faltosa. Esse tipo de ação é uma expressão de nossa própria espiritualidade. Como igreja, deveríamos aprender e praticar a disciplina do perdão.



CONCLUSÃO!



O Espírito Santo é mencionado pelo Senhor Jesus como o Confortador ou Consolador. Uma atitude de conforto e consolo de nossa parte é um sinal da presença e atuação do Espírito Santo em nós como pessoas e como comunidade de fé.



Paulo fala da consolação que de vemos dar uns aos outros. (Tess. 4: 18 e 5: 14). A atitude é de ajuda, é chegar junto para apoiar, não de juízo (contrastada com a atitude dos amigos de Jó que foram incapazes de estabelecer uma relação de empatia e de simpatia com o sofrimento dele, por terem assumido uma atitude intelectual de ajuizamento sobre as possíveis causas do seu sofrimento).



Veja também Romanos 15: 1, onde Paulo fala do nosso dever de suportar as fraquezas dos fracos. Em Gálatas 6: 2, o apostolo inspirado nos admoesta a levarmos as cargas uns dos outros a fim de cumprimos a lei de Cristo. O conforto de que nos fala a Bíblia é esse suporte que devemos dar e ser para os outros a fim de que tenham sustentação ao enfrentarem a adversidade em suas vidas. (Ver Colossenses  3: 12 – 13).



A comunhão – Koinonía – deve ser a atmosfera da vida interna da igreja. A comunhão requer espírito desarmados, humildade pessoal, disposição para perdoar e muito amor para dar. Requer que demonstremos efetivamente o fruto do Espírito Santo em nossas vidas (Gálatas 5: 22 – 26).



O dia em que o nosso amor for bastante forte para levar-nos a viver essa comunhão, estão o mundo haverá de ser novamente transformado e mudado pela mensagem do evangelho.



Vamos fazer um novo propósito de afetivamente procurarmos desenvolver a vida de comunhão na igreja? Procure conversar com a outras pessoas em sua igreja a fim de desenvolver estratégias que ajudem no fortalecimento da vida de comunhão entre vocês. Fazendo assim serão abençoados como pessoas e, com certeza, abençoarão a todos quantos estiverem ao alcance da influência desta comunhão vivenciada por todos.



Autor: Pr. Darci Dusillek: Bacharel em teologia, licenciado em filosofia, especialista em documentação científica e mestre em ciência da informação. Foi professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, da Universidade do Rio de Janeiro, da PUC e da Universidade Gama Filho, todos no Rio de Janeiro.



É autor do conhecido Livro: A Arte da Investigação Criadora.

Em janeiro de 2006 lançou seu último livro: O Que Deus Sabe Sobre o Meu Futuro? — a doutrina da predestinação e eleição à luz da Bíblia, da teologia e da cosmologia.

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