TEXTO BÁSICO:
JOÃO 14: 9 – 11 E 17: 20 – 23.
LEITURAS DIÁRIAS:
Segunda Feira -----------------------=> 2º Tess; 3: 1 –
2.
Terá Feira ----------------------------=> João 14: 9 –
11.
Quarta Feira ------------------------=> João 17: 20 –
23.
Quinta Feira -------------------------=> Rom. 15: 17 – 17
– 33.
Sexta Feira ---------------------------=> Hebreus 12: 22
– 25
Sábado --------------------------------=> 1ª João 1: 6 – 7
Domingo ------------------------------=> Salmos 84.
Já falamos sobre diversos
aspectos da vida de comunhão que deve caracterizar a vida e o comportamento dos
membros da comunidade cristã. Creio que todos entendemos a necessidade e o
imperativo de termos comunhão uns com os outros 1ª João 1: 6 – 7.
Antes porém de abordar os aspectos de como tornar essa realidade em algo
concreto na experiência da comunidade cristã, é importante ressaltar algumas
dimensões teológicas sobre a comunhão.
A razão de insistirmos na
exploração do significado teológico do conceito de comunhão é que, tendo esse
conceito bem firme e arraigado em mentes e corações, os cristãos se esforçarão
em vivenciar em suas vidas diárias. Temos dado pouca ênfase ao aspecto da
comunhão.
Poucas igrejas têm uma
estratégia com atividades programadas para facilitar o desenvolvimento dos
relacionamentos e, consequentemente, da comunhão, entre os seus membros. No dizer de John stot, somos mais agregação do que
congregação de pessoas. A superficialidade dos relacionamentos é apenas uma
consequência desse fato.
1. A COMUNHÃO É UM DOS MEIOS DE MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA DE DEUS.
Através da comunhão a alma do
crente é renovada e alimentada. Por meio do esforço que o crente faz de
compartilhar o conhecimento que adquiriu das coisas divinas ele fortalece o seu
próprio conhecimento delas. Saber que os filhos de Deus estão orando por você,
que se preocupam por você, como um(a) companheiro(a) de fé, que compartilham as
experiências que tem ao enfrentar e vencer as tentações traz grande
enriquecimento a vida cristã.
O apoio e suporte que você dá
aos outros, da mesma forma que eles procedem com relação á sua vida, são um
passo importante no seu processo de amadurecimento cristão. Esse comportamento
também beneficia os seus irmãos e irmãs na igreja. Os apelos constantes de
Paulo para que os cristãos orassem em seu favor ( Rom. 15: 30 – 2º
Cor. 1: 11 – Efésio 6: 19 – Col. 4: 3 – 2ª Tess. 5: 25. – Filemom 2 – Heb. 13: 18 ) e a junção de
Tiago 5: 16: “confessai, portanto, os vossos pecados uns dos outros,
e orai uns aos outros, e orai uns pelos outros para serem curados” confirmam a
verdade do que foi dito.
A COMUNHÃO CRISTÃ É UM DOS MEIOS DE MANIFESTAÇÃO DA
GRAÇA DE DEUS QUE NEGLIGENCIAMOS POR NOSSA PRÓPRIA CONTA E RISCO,
Podemos mesmo afirmar que as
igrejas que têm uma intensa atividade evangelizadora e que, no entanto,
contabilizam poucos resultados em termos de batismo dos convertidos são igrejas
que demostram uma vida de comunhão superficial. Os novos convertidos têm
dificuldade de ver a graça de Deus operando de forma concreta na vida dos
crentes dessas igrejas. Com o tempo, esfriam no ardor inicial de fé e se
afastam. Deus deseja que sua igreja vivencie uma vida de comunhão intensa e
solidaria, como uma das formas de manifestar a sua graça, de formar encarnada,
concreta e visível, aqueles que estão sendo tocados pelo seu Espirito para
aceitarem o seu filho Jesus como Salvador de suas vidas.
2.
COMUNHÃO É UM TESTE DE VIDA.
Comunhão, em termos simples,
significa a abertura do coração dos cristãos para com o seu irmão, ou sua irmã
que partilha a fé comum em cristo juntamente com ele (a). Onde existe
fingimento e dissimulação não pode haver comunhão profunda e verdadeira. Mas a
única pessoa que esta livre para evitar o fingimento e a dissimulação acerca de
sí mesma, ao falar aos seus irmãos e irmãs em Cristo, é a pessoa que se mostra
de forma aberta e honesta em seu relacionamento diário com Deus. A pessoa que
não permite que a luz de Deus brilhe com toda a sua plenitude em sua vida não
tem condições de ter uma comunhão profunda, livre e aberta com os seus irmãos e
irmãs em cristo.
Na realidade, ele fugira do
ambiente da comunhão da igreja a fim de impedir que a sua falta de sinceridade
seja detectada. João foi claro a esse respeito quando escreveu: Mas, se
andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o
sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado. 1ª João 1: 7.não há outra forma. Um dos teste da comunhão é
a abertura de um para o outro nos relacionamentos. Essa abertura implica em
sinceridade e honestidade entre os membros da família.
ASSIM, A COMUNHÃO SE TORNA UM VERDADEIRO TESTE
PRATICO DE VIDA PARA OS CRISTÃOS COMO PESSOAS E COMO COMUNIDADE.
=> Como
você esta nesse teste? E a sua igreja?
=> Comunhão
é algo que caracteriza a sua vida e a vida de sua igreja?
=> O
que você pode e deve fazer para modificar esse quadro?
=> Como
o Salmista, você tem mais prazer em estar nos átrios do senhor, como resultado
da comunhão que ali desfruta Salmo 84:
10, do que nas tendas da impiedade?
3.
A COMUNHÃO É UMA DADIVA!
A bênção apostólica declara: A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão
do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.
2º Cor. 13:13.
Essa é uma verdade inconsequente. É somente onde o Espirito Santo foi derramado
que podemos ver pessoas vivas espiritualmente que se mostram ansiosas. Elas
próprias , para crescer na graça e no conhecimento de Jesus Cristo; é somente onde
o Espirito Santo capacita os crentes a se ajudarem mutualmente em busca desse
crescimento constante, que a comunhão é possível. E é somente mediante a
capacitação do Espirito Santo que somos habilitados a falar aos outros e eles a
nós de forma tal que Jesus Cristo e o pai se tornem revelados por meio daquilo
que falamos que a comunhão se torna uma realidade.
Quando
procuramos desfrutar a comunhão entre os santos devemos faze-lo em oração e na
dependência do Espírito Santo, a terceira pessoa da trindade, cuja função e
oficio é revelar Jesus Cristo a nos, caso contrario, nossas palavras e
conversação de uns para com outros, parecerão algo vazio. Nesse caso, o
objetivo da comunhão o pleno conhecimento daquele que é igualmente o nosso
senhor não será atingido.
Porem
quando somo como barro macio nas mãos de Deus e nos submetermos a ação do seu
Espirito Santo, então, podemos experimentar comunhão verdadeira e profunda no
seio da igreja.
4. A DIVINDADE É UM EXMPLO DE COMUNHÃO!
Uma das
doutrinas essenciais a fé cristã é a doutrina da trindade – ou da tri-unidade de
Deus. Essa doutrina é um mistério desafio para nossas limitadas mentes humanas.
Ela nos fala de um Deus triúno. Um Deus que se revela como ters pessoas
distintas mas que são uma só em sua essência, caráter e natureza. A pessoa de
Deus neste caso é o exemplo mais obvio da comunhão perfeita ( João 14: 9 – 11. 17: 20 – 23. Romanos 15: 17 – 33.)
Devemos
procurar entender a unidade divina como uma unidade ética e não matemática.
Essa unidade ética tem a ver com o fato de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espirito
Santo terem a mesma essência e natureza divina. É por essa razão que a
divindade se torna na Bíblia, o modelo de comunidade. Há comunhão perfeita
entre as três pessoa da divindade.
5. O LADO HUMANO DA COMUNHÃO.
Destacamos acima o papel de Deus no
estabelecimento da comunhão entre os membros de sua família no cenário da
historia dos seres humanos. A comunhão perfeita se dá na dimensão da
eternidade. Aqui, no cenário da historia, nós cristão, somos responsáveis em
viver em comunhão. Deus colocou recursos em nossas mãos para que possamos viver
assim.
Devemos utilizar tais recursos se
desejamos sinceramente viver em comunhão. Em sua palavra inspirada temos
orientação segura sobre como desenvolver a comunhão na vida da igreja. Essa
orientação tem a ver com o principio da mutualidade e da reciprocidade das
ações que devemos realizar de uns para com os outros. Nosso papel e tarefa é
obedecer e colocar tais princípios em pratica. No poder e na força do Espirito
Santo. Tais principio são elaborados com mais detalhes nos próximos estudos.
Entretendo, devemos salientar que
conquanto exista um lado humano na construção no ambiente da igreja, em ultima
analise, a comunhão é resultado da ação direta de Deus em nossas vidas e na
vida da igreja.
6. A DIMENSÃO ETERNA DA COMUNHÃO.
Nossa tarefa não se esgota na
temporalidade de nossas existências, da mesma forma a realidade da igreja não é
apenas uma realidade histórica e temporal. O autor de Hebreus
(veja no comentário do capitulo 12: 22 – 25, no
primeiro estudo) deixa claro que a comunhão da igreja é uma comunhão que
ultrapassa os limites estreitos da historia e alcança a dimensão da eternidade.
A igreja é uma entidade horizontal, isto é, esta na historia, sofre as
limitações do processo histórico, mas pela fé consegue enxergar além do
horizonte.
Ao vivermos em comunhão uns com os outros
antecipamos, aqui neste mundo, um pouco da comunhão que iremos desfrutar na
dimensão da eternidade Deus dom todos os santos de todas as épocas.
CONCLUSÃO!
Creio que uma pergunta se faz necessária
a esta altura de nosso estudo: Se a comunhão é algo tão importante e sublime no
plano de Deus para nossas vida se para vida da igreja, por que damos tão pouca
ênfase a esse aspecto fundamental de nossa fé?
Essa é uma resposta que, pelo menos em
parte, pode ser encontrada no estudo que fala sobre os “obstáculos na comunhão na vida
da igreja”.
Espero que você e seu grupo de estudo
possam elaborar outras razões dessa deficiência. Orem para que Deus os utilize
para aprofundar a vida de comunhão na igreja.
Autor: Pr. Darci Dusillek: Bacharel
em teologia, licenciado em filosofia, especialista em documentação científica e
mestre em ciência da informação. Foi professor do Seminário Teológico Batista
do Sul do Brasil, da Universidade do Rio de Janeiro, da PUC e da Universidade
Gama Filho, todos no Rio de Janeiro.
É autor do conhecido Livro: A Arte da
Investigação Criadora.
Em janeiro de 2006 lançou seu último
livro: O Que Deus Sabe Sobre o Meu Futuro? — a doutrina da predestinação e
eleição à luz da Bíblia, da teologia e da cosmologia.
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