Fel. 2: 1 – 2 “Se há, pois,
alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do
Espírito, se há entranhados afetos de misericórdia, completai a minha alegria,
de modo que pensei a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma,
tendo o mesmo sentimento”.
A comunhão entre pessoas está ficando cada vez mais escassa,
ela é ressaltada nas sagradas escrituras como um meio para que os indivíduos de
uma sociedade possam viver bem. Não faz muito tempo que as pessoas tinham um
relacionamento mais próximo entre vizinhos, parentes e amigos, nas calçadas das
casas aconteciam às belas prosas entre eles, brincavam, riam e tudo acontecia
naturalmente, era o normal em uma sociedade. Mas com o passar do tempo
parece-nos que o individualismo foi isolando as pessoas uma das outras.
Atualmente a coisa se agravou com o aumento do isolamento
cibernético, onde as pessoas se isolam no mundo da internet deixando de lado o
contato mais pessoal com amigos e até a própria família, porém, temos que nos
conscientizar que esse avanço tecnológico traz seus benefícios e malefícios. Ou
falamos isso hoje ou então conformadamente arcaremos com prejuízos que
refletirão na família e consequentemente na sociedade. A comunhão não se limita
somente a vida religiosa, mas nos relacionamentos e compartilhamentos.
Significado de comunhão: De maneira resumida é a associação com uma pessoa
envolvendo amizade, incluindo participação nos seus sentimentos, nas suas
experiências e vivências e a comunhão dos fiéis, união no mesmo estado de
espírito: estar em comunhão de ideias com outrem.
Comunhão, relação de respeito: Ela não se refere somente à comunhão de
fé, mas também em um estado de espírito, em comunhão de ideias em uma “comunidade,
congregação, irmandade e sociedade” havendo respeito entre indivíduos (1ª Cor. 1: 10).
Outros tipos de comunhão como: Direito, comunhão de bens, ou seja, a
participação dos cônjuges no patrimônio do casal. Comunhão é muito mais do que
um aperto de mão ou um abraço, é um relacionamento que envolve propósitos e
atividades comuns.
A COMUNHÃO DOS APÓSTOLOS
A igreja cristã primitiva, ela desenvolveu o seu potencial
através da unidade, onde há comunhão o individualismo não prevalece. A comunhão
dos apóstolos resultou no fortalecimento e suprimento da igreja, no entanto
essa prática de compartilhamento era natural entre os cristãos (At 2.42; 4.32-34), já no primeiro século com o crescimento
da igreja os problemas de relacionamentos foram aumentando trazendo sérias
dificuldades para a obra, enquanto a comunhão une, a desarmonia causa contenda
e divisão, e quando isso acontece não há espaço para a graça de Deus,
dificultando a pregação do evangelho e a permanência dos novos convertidos na
igreja (1ª Cor. 3. 3; 12. 13). Essa comunhão nos dias de hoje
não deve ser diferente.
A COMUNHÃO DO CRENTE COM CRISTO
Quando o indivíduo se dispõe a seguir a Cristo, e
ingressando na igreja ele passa a ser um membro dela, a igreja é chamada de “o
corpo de Cristo”, sendo ele próprio cabeça desse corpo, os membros dela devem
ser saudáveis, pois assim sendo esse corpo cresce.
O Apostolo Paulo descreve também a comunhão dos cristãos
usando a analogia do corpo humano da seguinte forma:
(1) os membros são diversos (1ª Cor. 12. 12 - 13);
(2) há harmonia no funcionamento dos mesmos (1ª Cor. 12. 13 – 14);
(3) A dependência mútua era necessária (1ª Cor. 12. 21 – 2.6);
(4) a diversidade dos membros leva-os a fazerem a vontade de
Deus (Rom. 12. 27 - 31)
Paulo compara com a
construção de um edifício (Efé. 2. 21),
A COMUNHÃO ENTRE OS IRMÃOS
A comunhão entre irmãos nos leva a participar dos
sentimentos, não visualizando propriamente o que é nosso, mas também para o que
dos outros, assim como Cristo Fel. 2. 4 – 5.
Estamos sentindo a dor do
nosso irmão?
Estamos chorando com ele?
Estamos intercedendo por
ele? Rom. 12: 15 – 16.
O amor entre irmãos é uma prioridade porque é mandamento do
Senhor (1ª João 1: 10; 2: 9 – 11), não é um amor
aparente para se aproveitar de alguma coisa em beneficio próprio, “é o amor
Ágape” somos um corpo e todos os nossos membros compartilham uns com os outros,
exceto quando alguns estão doentes.
Conclusão!
A comunhão entre irmãos é essencial e proveitosa tanto para
o crente, quanto a comunidade cristã, pois ela foi quem levou a igreja ao
crescimento, foi nessa relação respeitosa que conviveram os apóstolos da igreja
do primeiro século Atos 2: 42 – 43.
Os cristãos devem viver em harmonia, esse não era somente o
desejo do salmista Salmo 133: 1, mas
também de Paulo apóstolo do Senhor.
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