TEXTO BÍBLICO:
ATOS 2: 42 – 47.
LEITURA DIÁRIA:
Segunda Feira -------=> Atos 1: 1 – 2.
Terça Feira----------- => Atos 1: 13 – 20.
Quarta Feira ---------=> Atos 1: 21 – 26.
Quinta Feira ---------=> Atos 2: 1 – 13.
Sexta Feira ----------=> Atos 2: 14 – 21.
Sábado ---------------=> Atos 2: 22 – 36
Domingo -------------=> Atos 2: 37 – 47.
Um dos grandes problemas da vida
moderna é a falta de relevância que as pessoas sentem em termos de sua
individualidade. A sociedade moderna tem deixado pouco espaço para que as
pessoas se relacionem. O fenômeno da urbanização, apesar de reunir milhares de
pessoas em uma mesma área geográfica, tem provocado o efeito colateral do distanciamento
entre as pessoas.
Esbarramo-nos uns nos outros, mas
não nos comunicamos. Vemos pessoas em diferentes situações, mas temos receio de
desenvolver relacionamento significativo com elas. Se é verdade que nunca
estivermos tão uns do outro em termos físico, não menos verdade é que nuca
estivermos tão distante em termos de relacionamento pessoais. Temos medo de nos
expor. Temos medo de compartilha problemas. Apavoramo-nos com a ideia de que alguém
invada a nossa privacidade. Ao invés de aprofundarmos nossas relacionamentos em termos pessoais, recolhemo-nos nas cavernas em
que se transformaram nossas casas e apartamento. E o que não dizer dos verdadeiros
presídios representado pelos condomínios.
Nossos relacionamentos, em consequência,
são por demais superficiais. Ate mesmo a forma de cumprimentarmos os outros denuncia
a nossa a nossa incapacidade – ou seria melhor dizer, falta de vontade? - de conhecer melhor as pessoas comas quais
nos relacionamos no dia a dia de nossas vidas.
Quando cumprimento alguém perguntamos:
“Como vai? Vai tudo bem?” E as pessoas respondem: “Sim, vai tudo bem, e você?” temos
receio de que a pessoa fale que não esta bem, que esta enfrentando algum tipo
de problema pois caso isso aconteça, nos veremos na contingencia de parar a fim
de escuta-la. Neste caso, o “vai bem?” funciona como uma espécie de coerção
para que a pessoa nos responda de forma convencional.
Por outro lado, a pessoa que nos
responde prefere dizer que esta “tudo bem”, pois não desenvolveu a confiança necessária
para compartilhar problemas a nível mais profundo. Desta forma vivemos a farsa de relacionamentos
amistosos, aparente. Quando enfrentamos crises profundas, entramos em depressão
por não termos com quem compartilhar os problemas. Muitas pessoas se desesperam
e atentam contra a vida.
Deus tem um remédio para tudo
isso. Através da igreja de Jesus Cristo temos a chance de viver a gostosa experiência
de comunhão solidaria. A nossa comunidade formada pelos salvos que respondem
com fé à graça de Deus revelada em Jesus Cristo, de acordo com o plano do pai
celestial, deve ser e promover o ambiente necessário e indispensável para que
as pessoas desenvolvam relacionamentos significativos no aqui e no agora de
suas vidas.
1) COMUNHÃO: QUE BICHO É ESSE?
Quando você ouve a palavra
comunhão, que tipo de imagem se forma em sua mente?
Um cafezinho ou um lanche na cantina da igreja?
A conversa com seus irmão e irmã em Cristo, depois que o
culto termina?
Uma viagem turística a Israel com um grupo de pessoas?
Uma atividade de grupo na igreja?
Temos o hábito de utilizar a
palavra comunhão para designar a nossa participação em atividades como essas. Mas
esse uso da palavra comunhão é equivocado. O fato de participarmos de
atividades sociais com outras pessoas na igreja, não significa necessariamente
que temos comunhão com elas. Não se nega que que tais atividades tenham o seu
lugar na vida da igreja. Mas coloca-las como se fossem sinônimas de comunhão é
um abuso da linguagem Cristã.
Esse é um abuso perigoso. Leva a
decepção por nos induzir ao pensamento de que estamos mantendo comunhão uns com
os outros quando na verdade, o nosso ser interior está faminto por falta de
verdadeira comunhão.
COMUNHÃO É UMA DAS GRANDES
PALAVRAS DO NOVO TESTAMENTO
Detona algo que é vital para a
saúde espiritual do Cristão e que tem um significado central para a verdadeira
vida da igreja. é de suma importância portanto, que esclarecemos o seu real
sentido no cristianismo.
A palavra comunhão aparece na
primeira descrição que o novo testamento nos dá sobre a vida da jovem igreja Atos 2: 42 E perseveravam na
doutrina dos apóstolos, e na “comunhão...” conversas,
lanches, viagens turísticas? Não; para os cristãos primitivos comunhão era uma palavra
que detonava algo de uma outra natureza e de um nível mais profundo.
A continuação da leitura de Atos cap. 2 nos esclarece o sentido e a profundidade da
palavra comunhão.
Veja Atos 2: 42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no
partir do pão, e nas orações. 43 E em toda
a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. 44 E todos
os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. 45 E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos,
segundo cada um havia de mister. 46 E, perseverando unânimes todos os dias no
templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de
coração, 47 Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os
dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
A luz desse quadro fica evidente
que estamos bem longe de experimentar a verdadeira comunhão. Uma grande quantidade
de atividade que denominamos de comunhão não tem nada a ver. Dai a importância de
resgatarmos o sentido da verdadeira comunhão no novo testamento, a fim de viver
essa experiência no aqui e no agora de nossas vidas, como participantes do
Corpo de Cristo – A igreja.
Na língua grega, idioma em que
foi escrito o novo testamento, a palavra que é traduxida por comunhão é “koinonía" . Essa palavra expressa a ideia de participação, de ter algo
em comum com alguém mais.
Veja 1º Cor. 10: 16 Porventura o cálice de
bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que
partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo? 17 Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um
só corpo, porque todos participamos do mesmo pão.1º Cor. 6: 14 Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará
a nós pelo seu poder.1º Cor. 13: 13 Agora, pois,
permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
Diz respeito ás coisas que compartilhamos uns com os outros e as
quais nos relacionamos. Um companheiro, por exemplo, é koinonós.
Essa comunhão pode assumir duas
formas:Você pode permite que uma outra pessoa
participe daquilo que você tem ou faz; Ou você pode participar daquilo que uma outra pessoa
tem ou esta fazendo. Na comunhão cristã essa duas formas tem o seu lugar.
2) A DUPLA DIMENÇÃO DA COMUNHÃO CRISTÃ.
A comunhão cristã tem uma dupla
dimensão: É primeiramente vertical e, depois horizontal. O plano horizontal da
comunhão que é a nossa preocupação imediata, pressupõe a dimensão vertical como
garantia de nossa própria existência. A dimensão vertical como da comunhão foi descrita
pelo apostolo João quando ele escreveu: O que vimos e
ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a
nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo. 1ª João 1: 3 é essa comunhão que identifica um cristão.
De fato, João evita uma definição
precisa de um cristão. Ele apenas diz que a pessoa que não esta em comunhão
como pai e com o filho, por mais piedosa que possa parecer aos nossos olhos,
não é cristã.
Já a dimensão horizontal da
comunhão é o compartilhar habitual, o constante dar e receber um do outro, que
deve caracterizar o verdadeiro e autentico padrão de vida para o povo de Deus. A
comunhão com Deus, portanto, é a fonte de onde se origina a comunhão entre os
cristãos. A comunhão com Deus é o fim ultimo a ser alcançado. A comunhão cristã
é um meio para se atingir essa meta.
Consequentemente, não deveríamos considerar
a nossa comunhão com os outros cristãos como um tipo de capricho espiritual ou como
um acréscimo aos nossos exercícios devocionais privados! Pelo contrario! A comunhão
é algo essencial a vida própria cristã! Devemos reconhece-la como uma como uma
necessidade espiritual, pois Deus nos fez de tal maneira que a nossa comunhão
com ele seja alimentada pela nossa comunhão com os nossos irmãos em Cristo.
Precisamos alimenta-la
constantemente para que possamos aprofundar e enriquecer a nossa comunhão com o
próprio Deus.
CONCLUSÃO!!!
“TER COISAS EM COMUM, ViVER COM PESSOAS EM
COMUM”. É isto o que a verificamos na vida das igrejas na
atualidade?Vivemos realmente aquilo que é chamado no novo testamento de
comunhão dos santos, como família de Deus?
Parece que a realidade que observamos
é bem diferente. Em muitas igrejas, hoje, seria difícil reconhecer que os
cristãos têm qualquer coisa em comum, a não ser que se reúnem para cultuar a
Deus em conjunto, em um período determinado do dia de domingo, num lugar
especifico chamado templo ou santuário. Terminando o período de culto suas
vidas não se tocam mais.
Caminham por
direções completamente separadas e distantes.
Não oram
um pelo o outro.
Não se ajudam
mutuamente.
Algumas
vezes nem mesmo se conhecem.
Que
tipo de comunhão é essa?
Será que esse tipo de convivo social e superficial pode ser
chamado de comunhão?
Carente de relacionamento
significativo, os membros da igreja irão procura-lo em outros lugares como:
Clubes de serviço ou recreativo, grupos sociais profissionais, seitas
religiosas emergentes, misticismo oriental, ou outras igrejas cuja proposta
procuram suprir essa necessidade básica de pertencer e de sentirem-se relevantes,
ou valorizados, em termos pessoais.
QUAIS AS PROVÁVEIS CAUSA DESSA
SITUAÇÃO?
Por que as igrejas, em grande
numero, não tem conseguido suprir a necessidade de comunhão entre os seus
membros, uma vez que, de acordo com o ensino da bíblia, a comunhão é parte inseparável de
sua natureza de ser?
Por outro lado, como desenvolver
a vida de comunhão na vida da igreja, de acordo com o novo testamento?
Isto é o que vamos procurar responder no próximo estudo.
Autor: Pr. Darci Dusillek: Bacharel
em teologia, licenciado em filosofia, especialista em documentação científica e
mestre em ciência da informação. Foi professor do Seminário Teológico Batista
do Sul do Brasil, da Universidade do Rio de Janeiro, da PUC e da Universidade
Gama Filho, todos no Rio de Janeiro.
É autor do conhecido: A Arte da Investigação Criadora.
Em janeiro de 2006 lançou seu último livro: O Que Deus Sabe
Sobre o Meu Futuro? — a doutrina da predestinação e eleição à luz da Bíblia, da
teologia e da cosmologia.
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