TEXTO BIBLICO: 1ª João Cap. 1.
LEITURA DIARIA:
Segunda Feira
-------------=> 1ª João Cap. 1.
Terça Feira
-----------------=> Salmo 133.
Quarta Feira ---------------=>
Filipenses 2: 1 – 11.
Quinta Feira ---------------=>
Efésios 2: 1 – 19.
Sexta Feira ----------------=>
Mateus 18: 15 – 35.
Sábado --------------------=>
João 1: 12 – 13.
Domingo ------------------=>
Mateus 7: 1 – 5.
Comunhão não é algo que se tem
pronto. A comunhão estre pessoas precisa ser construída no relacionamentos. A
própria palavra dimensão vertical de nossa comunhão com Deus não acontece de
forma automática. Depende de esforço e muita disciplina horizontal da comunhão.
Da mesma forma a dimensão
horizontal da comunhão na igreja não acontece de uma hora para outra. Ela surge
nos relacionamentos entre as pessoas que formam a comunidade cristã.
Anteriormente considerávamos a importância de uma vida de comunhão entre os
cristãos, como membros família de Deus.
Surge então, a pergunta: por que
o nível tão superficial de vida comunitária nas igrejas?
Quais as causas que impedem que os cristãos vivam uma vida
de comunhão entre sí?
A resposta a essas perguntas é de
natureza complexas como a própria natureza do problema. Possivelmente existe um
numero amplo que explicam o fenômeno psico-economico-social-espiritual da
dificuldade de experimentarmos uma vida de comunhão frutífera e restauradora,
de forma integral, da suade das pessoas em nossas igrejas.
É bom ter na lembrança que a
lista em análise não pretende ser exaustiva. Desafiando você e seu grupo a
ampliarem essa lista a partir do que acontece em sua própria igreja ou
congregação.
1.
AUSÊNCIA DE CONVERSÃO.
Pode acontecer que aqueles que se reúnem como igreja a fim
de cultuar a Deus não sejam cristãos de fato. Tem uma base cristã. Compartilham
e defendem os valores cultura cristã. Seus pais foram ou são crentes, mas
falta-lhes, como filhos, uma convicção de experiência pessoal e direta com a
pessoa de Jesus Cristo. Em ultima análise, falta-lhes a experiência da
conversão. Não nasceram de novo.
Esse é fenômeno conhecido como o
da segunda ou terceira geração de crentes. Esse grupo é formado por aquelas
pessoas que nasceram no contexto da fé e se acostumaram aos valores cristãos.
Sua vida, no entanto, se ressente da autenticidade dos que, pela fé no filho de
Deus, recebem o direito de serem chamados filhos de Deus ( João 1: 12 – 13
e 1ª João 3: 1).
Parece que as igrejas não estão
preparadas para trabalhar esse problema. Na verdade, poucas igrejas têm
consciência desse problema para dedicar a ele tempo necessário para desenvolver
estratégias especificas que ajudem no seu equacionamento. No entanto, à medida
em que avançamos na historia, esse fenômeno se torna mais crucial na vida das
igrejas.
2.
PECADOS NÃO CONFESSADOS.
Um segunda causa pode ser o
pecado não confessado na vida dos crentes. Não se trata de dizer genericamente
que todos estamos em pecado. Significa a existência de pecados específicos, não
confessados, os quais destroem em primeiro plano a nossa comunhão com os outros
irmãos e irmãs;
O pecado nos leva à desconfiança.
Nos faz agir de forma camuflada. Temendo ser descoberto deixamos de ser
espontâneo. Nossas conversas com outros se tornam superficiais em demasia. É
sempre bom termos em casa memorias as palavras do apostolo João sobre o assunto
(1ª João 1: 3 – 7).
3.
INCAPACIDADE DE VIVENCIAR A GRAÇA DE
DESUS.
A falta de comunhão entre os
crentes pode ser o resultado de nossa incapacidade de crermos o suficiente na graça
de um Deus de amor revelado em Jesus Cristo.
Falamos muito da garça mas somos
incapazes de viver a graça em nossas experiência cotidiana. Predomina no seio
da igreja uma atitude legalista, de condenação das pessoas junto aos seus
erros. Não separamos as pessoas dos seus erros e generalizamos nosso conceito
sobre elas. Gostamos de exercer o papel de Juiz dos outros em flagante
desobediência ao mandamento de Jesus.(Mateus 7: 1 – 5. 18: 15 – 35).
Olhamos mais para fora, para os outros, do que para nós mesmos.
Assim procedendo temos
dificuldade de cumprir o que o apostolo Paulo recomenda: Irmãos, se algum homem
chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai
o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também
tentado. Gálatas 6: 1.
De acordo com esse ensino a
igreja deveria funcionar como um hospital a fim de restaurar a saúde das
pessoas em todos os sentidos, principalmente no plano espiritual. O ambiente na
igreja deveria ser o mais saudável possível para que as pessoas ficassem á
vontade para colocar para fora os seus problemas, sabendo que seriam
compreendidas. Mas ao invés de agir assim, as igrejas tem se transformado em
verdadeiros centros de contaminação e discursão de enfermidade pessoais e
sociais.
Tendo em vista um ambiente como
esse, quem, em sã consciência, se habilitaria a compartilhar problemas pessoais em um nível
mais profundo.
4.
A ESTRUTURA FUNCIONAL DA IGREJA.
A estrutura funcional da igreja
pode dificultar a comunhão. Uma estrutura hierárquica centralizadora tende a
afastar as pessoas uma das outras. Essa estrutura pode ser muito formal. O
próprio arranjo dos bancos no santuário pode tomar-se um obstáculo neste
sentido.
Bancos em fileiras fazem com que
as pessoas se conheçam pelas nucas umas das outras. Bancos arranjados em forma
circular fazem com que as pessoas olhem para os rosto umas das outras, o que
facilita um contato mais pessoal entre elas.
A igreja pode ser tão grande em
numero de membros que as pessoas se perdem em sua grandeza. As igrejas muito
grandes, no dizer de John stott tendem a ser agregações. Transformam-se em
agregações de pessoas que não tem relação entre si.
Isto tem levado algumas igrejas
grandes a desenvolverem a estratégia de
trabalho em pequenos grupos a fim de aprofundar o sentido de comunhão entre os
seus membros. São grupos de dez a doze pessoas que se reúnem uma vez por semana
na casa de um de seus componentes para estudar a bíblia, compartilhar problemas,
orar uns com os outros, demostrar solidariedade, recrear-se e ate mesmo “jogar conversa um pouco de fora”, sentindo-se como gente. Tudo o que se puder fazer
para facilitar e aprofundar a comunhão entre os crentes ainda será pouco.
5.
O ESTILO DE LIDERANÇA.
O estilo de liderança do pastor e
da equipe ministerial também pode ser uma das causa do baixo nível de comunhão
na comunidade cristã. Pastores cujo estilo de liderança é muito formal se
tornam distantes e suas ovelhas correm o risco de assumir esse comportamento na
relação umas com as outras. Essa é uma razão pela qual os grupos carismáticos
estruturados mais ao estilo de comunidade cristãs, geralmente mais informais,
crescem de forma assustadora.
Seria bom se as igrejas de corte
mais tradicional fizessem uma avaliação de sua estrutura e estilo de
funcionamento a fim de introduzir as mudanças que venham a atender à
necessidade de comunhão por parte dos seus membros.
6.
OS GRUPOS DE ELITE.
Entendemos por elitismo, a
atitude superior demostrada por alguém que produz um comportamento baseado na
exclusividade. Trata-se de uma tendência satânica pois induz o conceito de
segregação por classes dentro da igreja. Onde predomina o elitismo torna-se impossível
vivenciar a verdadeira comunhão.
No elitismos as pessoas constroem
barreiras entre si. Na comunhão as barreiras são derrubadas pois as pessoas
passam a ter as coisas em comum. Os assim chamados”grupos de elite” na igreja
têm sido uma pedra de tropeço no sentido de impedir que os crentes desfrutem a
benção de uma vida em comunhão (Salmo 133).
A leitura e estudo de Filipenses 2: 1 – 11 nos lembra do exemplo de Deus que
tomou-se servo entre nós para revelar –nos o amor, a graça e a salvação de Deus
para todo gênero humano.
7.
A AUTO-SUFICIÊNCIA.
Precisamos reconhecer, como o
afirma Thomas Merton, que “ homem algum é ilha”.
Não pode haver comunhão quando as pessoas não percebem que dependem umas
das outras. É uma atitude de orgulho que distancia as pessoas entre si.
A hipocrisia predomina nessa
atitude por criar a falsa impressão de que uma pessoa é melhor que a outra.
Quem pesa dessa maneira jamais terá disposição para compartilhar seus problemas
pois terá dificuldade de solicitara juda ao seu irmão ou irmã. Qualquer que
seja a fonte da auto-suficiência, ela exclui por completo a comunhão.
8. A VIDA EM FAMÍLIA PRESSUPÕE A VIDA EM
COMUNHÃO.
Escrevendo aos efésios (2: 19) “Paulo assim se expressa: Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas
concidadãos dos santos, e da família de Deus...”. Essa é uma
verdade substancial que nos é dada pela revelação de Deus. A metáfora da
família se aplica bem à igreja. No plano de Deus, as pessoas na igreja deviriam
se considerar realmente como irmãos e irmãs.
Numa família temos:
1) Origem comum;
2) Vida em comum;
3) Identidade de proposito;
4) Diferença decorrente das personalidades de
cada um;
5) Disposição para ajudar;
6) Ambiente favorável para compartilhar
problemas;
7) Solidariedade.
Dentre todos esses fatores
destaca-se os que pressupõem a comunhão familiar. Esse é um fato psicossocial:
a vida em família implica necessariamente numa vida de comunhão.
Como é difícil quando numa
família, surgem disputas e contendas que impedem a comunhão dos seus membros.
Da mesma forma, como membros da família de Deus, deveríamos nos esforçar por desenvolver a
comunhão no mais extremo e profundo de que somos capazes. Isso será sem duvida
algo que glorificará o nosso Pai que está no céu.
CONCLUSÃO!
Há muito por fazer com relação à
comunhão a ser desfrutada e evidenciada pelos salvos em cristo. E, na Bíblia,
temos diversos indicadores e princípios sobre a maneira pela qual podemos
desenvolver a vida de comunhão no ambiente da igreja. isso implica em desenvolvera
vida corporativa, o sentido de estar juntos, as atitudes e a mutualidade na
igreja. são princípios tirados da palavra de Deus. Eles devem ser vistos no seu
conjunto e não tratados de forma isolada.
Em última análise tais princípios
representam aquilo que nós, como cristão devemos uns aos outros.
Vamos conhecê-los a fim de
coloca-los em pratica?
Autor: Pr. Darci Dusillek: Bacharel
em teologia, licenciado em filosofia, especialista em documentação científica e
mestre em ciência da informação. Foi professor do Seminário Teológico Batista
do Sul do Brasil, da Universidade do Rio de Janeiro, da PUC e da Universidade
Gama Filho, todos no Rio de Janeiro.
É autor do conhecido Livro: A Arte da Investigação Criadora.
Em janeiro de
2006 lançou seu último livro: O Que Deus Sabe Sobre o Meu Futuro? — a doutrina
da predestinação e eleição à luz da Bíblia, da teologia e da cosmologia.