terça-feira, 24 de setembro de 2013

Respostas para grandes problemas da vida

Por que isto está acontecendo comigo?

O tema do nosso encontro anterior foi o desânimo. Poderíamos dizer que o desânimo é uma “doença” terrível.

Primeiro, porque é universal. Todos ficamos desanimados.

Segundo, porque é recorrente. Podemos ficar desanimados, muitas vezes desanimados.

Terceiro, porque é altamente contagioso. Em alguns casos, outras pessoas ficam quando também estamos desanimados. E, nosso personagem central foi Neemias.
Estamos avançando na temporada de estudos “Respostas para os grandes problemas da vida”. Hoje abordaremos como tema, “Por que isto está acontecendo comigo?”

Este é sem dúvida um tema bastante interessante. Até porque, quem ainda não fez este tipo de questionamento em algum momento da vida? Frequentemente, este tipo de questionamento surge quando não encontramos razões e justificativas para aquilo que está nos acontecendo. Assim, a perplexidade e as dúvidas se alojam em nossos corações com uma força enorme.

Quando menos encontramos as respostas, maior é o sentimento de impotência. Como devemos reagir quando outras pessoas nos fazem mal? José, personagem do Antigo Testamento cuja história está no livro de Gênesis (capítulo 37 a 50), é um dos principais exemplos de alguém que sofreu em função de dificuldades criadas por outras pessoas.

Sendo assim, José é nosso personagem central deste estudo. Através da vida de José podemos encontrar caminhos para superar as adversidades e dificuldades, principalmente, quando não entendemos aquilo que nos está acontecendo. Através da história de José, somos informados dos grandes desencontros que a vida lhe proporcionou. Muitas foram as dificuldades, que humanamente falando não tinham qualquer explicação. Por vezes, a vida nos traz períodos onde será desperdício de tempo tentar encontrar explicação para aquilo que esta acontecendo. Vemos isto na vida de José. Nestes momentos,  

(a) a rebeldia não será a melhor resposta, nem tão pouco  

(b) a revolta, nos levara a algum lugar. Muitos menos, (c) a amargura nos fornecerá um entendimento apropriado da situação. Mais uma vez, José é exemplo de como precisamos aprender a lidar com aquilo que momentaneamente parece ser sem explicação. Vejamos…

Como já fomos informados, José é o personagem principal deste estudo. Desta forma é oportuno, ainda que panoramicamente, conhecermos um pouco da história de José.

José foi o décimo primeiro filho entre 12 irmãos. Em sua família havia muita rivalidade e os irmãos mais velhos começaram a sentir um ciúme especial de José por ele ser o favorito do seu pai (Gênesis 37.3). Por causa disso, o relacionamento entre José e seus irmãos tornou-se bastante belicoso. Quando o problema atingiu um ponto crítico, seus irmãos jogaram José em um poço e o deixaram lá para morrer (Gênesis 37.24). Contudo, mudaram de ideia. Tiraram-no do poço e resolveram vendê-lo aos mercadores, que o levaram como escravo para o Egito (Gênesis 37.28). Assim então começa a saga de José. Certamente, diante de tudo que lhe estava acontecendo, José tenha-se perguntado: “Por que isto está acontecendo comigo?”.

Texto bíblico: Gênesis 45.1-8
Contexto e explicação:

A história de José impressiona. Se existe alguém que tem todo o direito de questionar sobre os muitos acontecimentos incomuns e traumáticos que lhe ocorreram em vida, sem dúvida nenhuma, José é um grande e forte candidato. Vejamos os principais acontecimentos que se passaram na vida de José:

(a) Fora vendido pelos seus próprios irmãos a estranhos (Gênesis 37.28) – por causa da inveja que seus irmãos tinham de José, motivada também pela predileção do pai, seus irmãos maquinaram um plano contra sua vida. Resultado: fora vendido e tido como escravo;

(b) Fora assediado e caluniado pela mulher de Potifar (Gênesis 39.1-23) – José enfrentou uma pressão sexual enorme da mulher de Potifar, pois esta deseja deitar-se com ele. Como não teve êxito, resolveu caluniá-lo. Resultado: fora encarcerado;

c) Fora encarcerado injustamente (Gênesis 39.20) – diante da acusação maliciosa da mulher de Potifar, este, resolver encarcerar José. Desta forma, José vai do palácio a prisão;
A vida de José é uma sucessão de desencontros. Parece que nada dá certo a José. Tivera problemas na família (rivalidade com os irmãos), sofrera com o assédio sexual e por fim, cai em uma prisão injustamente.

Nada dá certo a José. Não é verdade, que em alguns momentos da nossa vida não exatamente isto que nos ocorre. Nada dá certo. O relacionamento dentro de casa é complicado, difícil. Quanto a sexualidade, há mais desencontros do que bem-estar. Apesar de todos os contratempos que José enfrenta, não vemos nenhuma atitude de agressividade ou então, tristeza. José reagiu de forma muito sábia, evitando cair em algumas armadilhas tão comuns, quando se vive uma situação assim. Vejamos:

(a) Não se entregou a autocomiseração – José não condenou a si mesmo pelos problemas. Não culpou a si próprio. Não deixou que sentimentos de condenação e culpa assaltassem seu coração;

(b) Não deu lugar à amargura - José não ficou remoendo e valorizando os desencontros que a vida lhe proporcionou. Os tratou com naturalidade, por isso, não ficou refém da amargura que nasce de um coração apegado às tristezas e frustrações que a vida tenha proporcionado;
Ainda, podemos apreender algumas lições valiosas a partir da história de José. Vejamos:

1- O plano de Deus

A primeira lição que pode ser percebida na vida de José é o plano de Deus. “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.” (Romanos 8.28). Esse versículo não diz que todas as coisas são boas. Até porque, há muita maldade neste mundo e a vontade de Deus nem sempre é vista. Contudo, o versículo diz que, na vida do cristão, todas as coisas – até mesmo as ruins – cooperam para o bem.

José compreende todos os acontecimentos a partir do plano de Deus: “… não foram vocês que me mandaram para cá, mas sim o próprio Deus.” (Gênesis 45.8). Ser vendido. Enfrentar o assédio. Ser encarcerado. Nada foi ao acaso. Nada foi desprovido de propósitos. Pelo contrário, Deus estava no controle de todas as coisas e fazendo com que tudo pudesse convergir para o bem de José e não o seu mal.
Deus jamais trabalha contra nós, mas sempre em nosso favor. Porque os planos de Deus jamais podem ser frustrados, assim Ele transforma dificuldades em bênção. Aquilo que momentaneamente parece ser um prejuízo, na verdade, é apenas um degrau para que alcancemos a vitória. Não temos dúvidas que José assim entendeu os percalços. Não encontramos nele, murmuração. Não há sinais de desânimo. Tão pouco, frustração ou decepção com Deus. Mas, uma incrível firmeza, que era fruto de saber que Deus estava na direção de sua vida e história.

Precisamos apreender muito com José. Um simples sinal de “fumaça” nos leva ao desespero. Ficamos acuados. Perdemos a esperança. Diante dos desencontros que a vida proporciona agimos com impaciência e indignação. Somos prepotentes. Precisamos aprender uma valiosa lição a partir da vida de José, tudo aquilo que nos ocorre, ainda que não compreendamos em curto prazo, certo é, que entenderemos em longo prazo. Cada dificuldade que surge, deve ser entendida como oportunidades de crescimento e não barreira.

2- Deus é fonte de todo e suficiente auxílio 

Outra lição valiosa que podemos extrair do episódio de José é o auxílio sempre presente de Deus em favor dos homens. A história de José está repleta de intervenções sempre oportunas de Deus em seu favor: (a) Enquanto seus irmãos planejavam matá-lo, Deus interveio mudando tais corações. Ao invés de matá-lo, venderam-no; (b) Quando fora caluniado e preso, Deus interveio permitindo que José tivesse a simpatia do carcereiro (Gênesis 39.21-23). Estes pequenos exemplos, já nos são suficientes para compreendermos que

Deus fora o auxílio de José.

Diante dos emaranhados que os problemas nos causam, Deus traz o auxílio. Assim, diante da dor, Deus traz o consolo. Diante da tristeza, Deus traz o conforto. Diante do desânimo, Deus traz a força. Diante das enfermidades, Deus traz a cura. Diante da “tempestade”, Deus traz a bonança. Diante do pecado, Deus traz o perdão. Diante da opressão, Deus traz a libertação. Diante daquilo que é impossível, Deus diz que é possível. Diante da morte, Deus traz a vida. Ou seja, Deus está sempre trazendo seu auxilio as nossas vidas (Salmos 46.1). Ele não nos deixa desamparados (Salmos 37.19).

Alias, o apóstolo Paulo fala com clareza a respeito do auxilio oportuno de Deus, “não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo lhes providenciará um escape, para que o possam suportar.” (1Coríntios 10.13). O próprio Jesus nos diz que o Espírito Santo é Deus que habita em nós, com a função de nos consolar e auxiliar (João 14.26). Desta forma, não existe um dia sequer que não tenhamos o auxílio de Deus.

Deus interveio na história de José, ainda que, momentaneamente este tenha passado por períodos difíceis. Assim Deus faz igualmente conosco. Não é porque estamos passando por problemas que deixaremos de ter o sustento da mão poderosa de Deus. Ele derrama sua misericórdia e bondade diariamente sobre nós, como sinal de seu auxilio (Lamentações 3.22-23). Assim, confie, pois Deus não esqueceu ou se distraiu. Ele não apenas trabalha em nosso favor, como também traz as provisões necessárias a nossa vida.

Conclusão: 

Deus tem o controle supremo do desfecho de todas as coisas. Ele pode pegar todos os nossos erros e também nossos pecados que os outros cometeram contra nós e, então, tornar tudo em bem. Ainda que “percamos” a batalha, Deus já venceu a guerra por nós. Ainda, Deus pode tomar até mesmo situações muito difíceis e torná-las em bem. Quando imaginamos que nossa vida está desmoronando, Deus tem a palavra final. Ele decide o que acontecerá. Creia nisto. Amém…

Deus, José e o impacto de sonhos realizados

GÊNESIS 37 A 50

A história de José é uma das mais instrutivas do Velho Testamento. Não é sem razão que o livro de Gênesis dá mais espaço a vida de José do que a de qualquer outro personagem. Sua vida foi tão significativa que ele foi incluído na galeria dos heróis da fé, mencionada em Hebreus 11: 22. Mas “o relato dos sonhos, vindo logo no início, faz de Deus, não de José, o herói da história”, afinal, não há quem controle os próprios sonhos.

Os capítulos anteriores de Gênesis narram diversos fatos que nos levam a concluir que José vivia em um lar desestruturado. A narrativa bíblica dá, ainda, a impressão de que Israel (Jacó) nada aprendera com sua experiência anterior de favoritismo, tanto que Gênesis 37:3 diz: “Ora, Israel gostava mais de José do que de qualquer outro filho, porque lhe havia nascido em sua velhice”. A vida de José, entretanto, vai mostrar que nem tudo que uma pessoa recebe no lar, nem tudo que vê e ouve em casa, precisa ter influência determinante em seus dias posteriores.

Na história narrada a partir do capítulo 37, vemos que os irmãos de José o odiavam porque percebiam a preferência do pai. O clima entre eles era tão ruim que o texto diz que “não conseguiam falar com ele amigavelmente”. A situação já era complicada quando José teve sonhos, e relatou-os, tanto aos seus irmãos, quanto ao seu pai. Isso só fez aumentar o ódio de seus irmãos.

A ira dos irmãos os levou a desejarem sua morte, e isso só não aconteceu por intervenção divina. Ruben, o irmão mais velho, foi usado por Deus para livrar José (Gen. 37: 21). Ao invés de matá-lo, resolveram vende-lo. Seus irmãos lhe arrancaram a túnica, marca da preferência do pai, e o jogaram em um poço, que estava vazio (Gen. 37: 23).

O mal-intencionado plano dos irmãos se concretizou quando eles se deparam com uma caravana de comerciantes Ismaelitas, carregados de produtos, indo em direção ao Egito. Vinte peças de prata para cá, José para lá, e lá se vai o “filhinho do papai”, que os irmãos não toleravam mais ter por perto.

Assim como diz o Salmo 42:7: “um abismo chama outro abismo”, os irmãos de José experimentam essa verdade.

Para explicar ao pai a ausência do irmão, eles inventam uma tragédia: matam um animal e molham a túnica de José no seu sangue, desejando que Jacó concluísse que um animal selvagem havia atacado seu filho amado (Gên. 37: 31-33). No fundo de seu coração carregado de maldade, os irmãos de José pensam terem-se livrado dele. No entanto, como sabemos, o herói da história é Deus, e nada pode sair do Seu controle.

Chegando ao Egito, José foi vendido a um oficial do faraó e capitão da guarda. Na casa do influente e poderoso Potifar, José teve a oportunidade de mostrar seu caráter, justificando por que tinha sido escolhido por Deus, para dar continuidade à aliança firmada com Abraão. Nesse tempo, José experimentou altos e baixos. Tempos de grande êxito, e tempos de injustiça e frustrações.

José chegou à casa de Potifar como um simples escravo e aos poucos foi dando evidências de honestidade, responsabilidade e lealdade. No capítulo 39 lemos que quando Potifar percebeu que o Senhor estava com José, e que tudo que José realizava prosperava, colocou-o como administrador de todos os seus bens: “Potifar deixou a seu cuidado a sua casa e lhe confiou tudo o que possuía” (Gên. 39:4). O texto não deixa claro a forma como Potifar reconheceu a causa da prosperidade de José. Entretanto, não é difícil concluir que deve ter sido em decorrência do testemunho do próprio José, que a todo instante devia atribuir a Deus a razão de suas habilidades e de seu caráter.

Mas o texto diz que “José era atraente e de boa aparência” (Gên. 39: 6). E essa descrição é a introdução da narrativa do episódio entre ele e a esposa do seu patrão.

José estava vivendo um tempo de ventos a favor. Sucesso, muito sucesso.

Mas não é justamente quando as coisas caminham bem que o inimigo fica de olho, preparando ciladas para os filhos de Deus? A mulher de Potifar aguardou um momento oportuno e atacou o homem a quem o seu marido havia confiado todas as coisas.

Resistir não deve ter sido fácil para José. Ele era jovem e saudável, e estava na época em que o impulso sexual anda à flor da pele. E não devemos nos esquecer que frequentemente, os tempos de sucesso tendem a produzir orgulho, e a gerar uma baixa natural da guarda, tornando a pessoa vulnerável.

A mulher de Potifar mentiu ao relatar o acontecido, e pressionou o marido a agir.

A Bíblia Vida Nova sugere que “se Potifar tivesse crido naquela história contada por sua mulher, certamente teria executado a José”. Mas o respeito que José havia conquistado perante Potifar certamente contribuiu para que houvesse um “abrandamento da pena”.

Acima de qualquer outro motivo, Deus estava cuidando e preservando a vida de José. Como consequência, José vai para a prisão. E embora estivesse preso no local em que eram postos os prisioneiros do rei (Gên. 39: 20), não devemos imaginar que fosse um lugar de algum conforto, porque o Salmo 105:18, mencionando José, informa: “Machucaram-lhe os pés com correntes e com ferros prenderam-lhe o pescoço”. Por mais de dois anos José permaneceu preso.

Quando o faraó tem sonhos que não podem ser interpretados pelos magos do Egito (Gên. 41:8), José é lembrado pelo chefe dos copeiros, que sugere o seu nome como alguém capaz de ajudá-lo. José não só interpreta os sonhos, mas como a graça de Deus era abundante sobre a vida de José que ele foi capaz de apresentar um plano para salvar o Egito do tempo de fome que estava por vir. O faraó fica tão encantado que entrega a José o comando do seu palácio e determina que todo o povo se sujeite às suas ordens.

Ao ser vendido pelos irmãos, injustiçado pela mulher de Potifar e esquecido na prisão, José tinha tudo para ser um homem revoltado, amargurado e ressentido. Mas, como mostra a continuidade do texto, José não permitiu que qualquer dessas coisas negativas e destrutivas o afetasse. José podia agora, do alto de sua posição, vingar-se de todos. Mas o jovem governador, de apenas 30 anos (Gên. 41: 46) escolheu usar o seu poder para beneficiar não só a terra do Egito, mas todo o mundo.

Quando a fome alcançou a terra onde vivia seu pai e seus irmãos, Jacó enviou seus filhos para buscarem alimento no Egito. E embora José fosse o governador, tinha a responsabilidade pela venda do trigo aos povos da terra (Gn 42:6). Que bela oportunidade para José pagar os seus irmãos com a mesma moeda. Afinal, agora eles dependiam de José para sobreviver.

A princípio José não se dá a conhecer a seus irmãos, e chega até mesmo a tratá-los com aspereza. Entretanto, no coração de José há amor e misericórdia, e ao ver seus irmãos prostrando-se diante dele, lembra-se imediatamente dos sonhos que tivera (Gên. 42:6-9).

Ele testa seus irmãos de todas as maneiras para ter certeza de que agora tinham uma nova atitude. No segundo encontro com os irmãos, o choro compulsivo revela que seu coração já não aguentava mais de tanta emoção, e ele dá-se a conhecer (Gên. 45: 2).

Impressiona a convicção que José revela a respeito da soberania de Deus sobre aqueles que o temem. São marcantes as palavras que ele usa para consolar seus irmãos: “Assim, não foram vocês que me mandaram para cá, mas sim o próprio Deus. Ele me tornou ministro de faraó, e me fez administrador de todo o palácio e governador de todo o Egito” (Gên. 45: 8). Não é possível encontrar nessa fala de José qualquer princípio de rancor, mágoa ou vontade de vingança. Com essa atitude José se tornou benção para seus irmãos, seu pai, o povo de Israel e a história.


PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO EM GRUPO


    Que problemas pode causar a postura de predileção dos pais em relação aos filhos?
    As influências recebidas na casa dos pais determinarão, com certeza, o comportamento dos filhos, na vida adulta?

VOCÊ PODE RELATAR UM EXEMPLO?

Que outros exemplos de ódio e inveja encontramos na Bíblia? Em que eles resultaram?
   
A presença de Deus em nossa vida é sempre certeza de tempos de vitória?
   
Podemos afirmar que José prosperou na casa de Potifar por o Senhor estava com ele?

E quando você experimenta êxito e progresso, também costuma reconhecer que é por causa da presença de Deus em sua vida?
   
É verdade que o sucesso na vida tende a nos tornar auto-suficientes?

Quais são as consequências quando isso acontece?
   
Você acredita que foi colocado na posição onde se encontra, apenas para o seu benefício?

De que forma você pode abençoar outros com sua posição?
   
Há fatos em sua vida, que dariam a você direito de vingança?

Como servo de Deus, como você deve responder a isso?


SUGESTÃO DE ATIVIDADE PARA O GRUPO

(As atividades aqui propostas visam auxiliar o Líder de PG no preparo das reuniões. São apenas sugestões, que tem por objetivo ajudar os membros do grupo, de uma maneira mais lúdica, a refletir e a se dispor a mudanças de atitude e pensamento, com base no tema abordado no culto do domingo anterior, à luz da Palavra de Deus.)

PERDOAR... EU?

Objetivo: Estimular os membros do grupo a perdoarem antigas ofensas e mágoas, como José.

Material necessário: Acessórios de cabelo (chapéu, boné, borrachinha, presílias, tearas, fitas, gel, peruca), de rosto (óculos de grau, óculos escuros, maquiagem, bigode, barba, cicatriz) e de pescoço (gravata, chale, enxarpe) /ou/folhas A4 cortadas ao meio, pincéis atômicos e fita crepe ou alfinetes.

Atividade: Coloque no centro da sala os acessórios para rosto, cabelo e pescoço ou as folhas A4 partidas ao meio, os pincéis atômicos e fita crepe ou alfinetes. Se você optar pelos acessórios, peça para que se disfarcem o melhor possível, a ponto de ficarem irreconhecíveis. Se optar pelas folhas de papel, peça para esceverem o nome de uma profissão que considerem importante, a profissão dos sonhos e devem prendê-la no peito, sobre a roupa, como se fosse um crachá gigante.


QUANDO ESTIVEREM TODOS PRONTOS, FAÇA AS SEGUINTES COLOCAÇÕES:

- Anos passaram e você mudou, está diferente, irreconhecível para as pessoas do seu passado.


- Anos passaram e você se tornou o profissional que tanto queria ser, o melhor na área, importante, reconhecido e até diferente na aparência e na postura.

- Uma pessoa do seu passado, que muito lhe magoou, feriu, humilhou não o reconhece e pede sua ajuda para um problema grave que está passando: perdeu o emprego e está passando fome, ele e sua família.

Ele não sabe que você é um cristão. Como você reagiria? O que faria por ele?

Dê um tempo para que todos possam se expressar.

Em seguida, diga que alguém viveu uma situação similar na Bíblia e então apresente um resumo das passagens bíblicas abaixo, contando rapidamente o que acontecera a José.

Gen. 37 – a maldade de seus irmãos

Gen. 39: 1-5 – José torna-se Governador do Egito

Gen. 42,43 – José reconhece seus irmãos

Gen. 45 – José os perdoa e pede para virem morar com ele.Perguntas para o grupo:
- Tem alguém ou alguma situação na sua vida, que você constantemente lembra com dor, ira, revolta, tristeza...?

Você já perdoou essa pessoa?


- LEIA AS PASSAGENS ABAIXO:

Salmos 86: 5
Porque tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para com todos os que te invocam.

Provérbios 17: 9
O que perdoa a transgressão busca a amizade; mas o que renova a questão, afastam amigos íntimos.

Miquéias 7: 18
Quem é Deus semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade, e que te esqueces da transgressão do resto da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque ele se deleita na benignidade.

Mateus 6: 14,15
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.

Efésios 4: 32
Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.

PEÇA AOS MEMBROS DO GRUPO ORAREM SOZINHOS PEDINDO A DEUS QUE LHES DÊ FORÇAS PARA PERDOAR E VOLTAR A AMAR COMO JOSÉ O FEZ.

José: Forte ou Fraco?



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INTRODUÇÃO

O perdão ilimitado de Deus é uma das grandes e maravilhosas mensagens da Bíblia. Há perdão para qualquer pecado, desde que confessado e abandonado. Essa é uma verdade confortadora para nós, seres humanos falhos.

Infelizmente, algumas pessoas deturpam as verdades bíblicas e fazem do perdão de Deus uma autorização para viverem no pecado. Alguns chegam ao cúmulo de “programarem” o pecado e também o pedido de perdão. Não é assim que deve ser a vida do cristão.

O pecado na vida do cristão deve ser um acidente e não uma constante. Assim João expôs este assunto: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 Jo. 2:1). O ideal da vida cristã é não pecar, o perdão é a solução de Deus para quando não conseguirmos atingir este ideal.

Deus deixou em Sua palavra princípios que, se seguidos, podem nos fazer mais resistentes ao pecado. A vida de José é, sem dúvida, uma rica fonte dos princípios divinos para este assunto.

UM DOS EPISÓDIOS MAIS SIGNIFICATIVOS DA VIDA DESTE PATRIARCA FOI RELATADO NA BÍBLIA DA SEGUINTE FORMA: “José foi levado ao Egito; e Potifar, oficial de Faraó, capitão da guarda, egípcio, comprou-o da mão dos ismaelitas que o haviam levado para lá. Mas o Senhor era com José, e ele tornou-se próspero; e estava na casa do seu senhor, o egípcio. E viu o seu senhor que Deus era com ele, e que fazia prosperar em sua mão tudo quanto ele empreendia. Assim José achou graça aos olhos dele, e o servia; de modo que o fez mordomo da sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha. Desde que o pôs como mordomo sobre a sua casa e sobre todos os seus bens, o Senhor abençoou a casa do egípcio por amor de José; e a bênção do Senhor estava sobre tudo o que tinha, tanto na casa como no campo. Potifar deixou tudo na mão de José, de maneira que nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que comia. Ora, José era formoso de porte e de semblante. E aconteceu depois destas coisas que a mulher do seu senhor pôs os olhos em José, e lhe disse: Deita-te comigo. Mas ele recusou, e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe o que está comigo na sua casa, e entregou em minha mão tudo o que tem; ele não é maior do que eu nesta casa; e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto és sua mulher. Como, pois, posso eu cometer este grande mal, e pecar contra Deus? Entretanto, ela instava com José dia após dia; ele, porém, não lhe dava ouvidos, para se deitar com ela, ou estar com ela. Mas sucedeu, certo dia, que entrou na casa para fazer o seu serviço; e nenhum dos homens da casa estava lá dentro. Então ela, pegando-o pela capa, lhe disse: Deita-te comigo! Mas ele, deixando a capa na mão dela, fugiu, escapando para fora” (Gn. 39: 1 – 12).

UMA RASTEIRA DA VIDA

José era o filho preferido de Jacó, nascido de sua esposa amada o pai dava uma atenção especial para ele. Por exemplo, certa vez Jacó fez uma capa especial e a deu a José, o que provocou muito ciúme em seus irmãos.

MAS NA VIDA DE JOSÉ ACONTECEU ALGO QUE É COMUM ENTRE OS SERES HUMANOS.

*      Ele estava em um lugar confortável,
*      Tinha toda a atenção que poderia ter,
*      Morava em segurança com seus pais,
*      Mas a vida deu uma rasteira nele,

DE FILHO PREFERIDO DE JACÓ ELE PASSOU A SER UM ESCRAVO NO EGITO.

AS VEZES ACONTECE ISSO EM NOSSA VIDA.

ü  Temos um emprego estável,
ü  Uma família feliz,
ü  Uma boa saúde,

Mas de repente uma dessas coisas ou todas elas nos são tiradas pelas circunstâncias da vida.


José passou por isso.

Em um espaço de dias:

§  Ele saiu da casa do pai para a casa dos escravos,
§  Passou da condição de livre para cativo,
§  Saiu de sua terra para um lugar distante e desconhecido.

Hoje nós sabemos que Deus tinha um plano a executar através de toda esta tragédia que acontecia na vida de José, mas certamente enquanto ele vivia aqueles momentos muitas dúvidas pairavam em sua cabeça e ele se sentiu golpeado pela vida.

A ASCENSÃO

Apesar de toda a angustia pela qual passava a Bíblia diz que “O Senhor era com José”. Aí está o segredo desse jovem que naquele momento tinha aproximadamente 18 anos. Não importa o quão difícil é a situação pela qual passamos, o que importa é com quem passamos por este situação. Quem está com o Senhor tem paz na tempestade.

É interessante observarmos uma coisa.

A Bíblia começa descrevendo José por sua condição interior.

Estar com o Senhor é essencialmente uma condição interna.

[...] reavivamento e reforma. São duas necessidades urgentes dos cristãos modernos. Mas esta sequência precisa ser respeitada.

Primeiro a comunhão com Deus deve acontecer para que depois as reformas possam ser realizadas.

*      Reforma sem reavivamento vai gerar legalismo.
*      Reavivamento sem reforma é apenas “fogo de palha’’.

Na vida de José vemos claramente o processo correto acontecendo. Após a Bíblia descrever a situação interna dele, passa a descrever a parte exterior do jovem. O versículo seguinte começa dizendo: “Vendo Potifar que o Senhor era com José”.

Aqui percebemos claramente a situação interior sendo retratada no exterior. José não forçava uma aparência de cristianismo. A comunhão que ele tinha com Deus era facilmente percebida por quem o observava.

É útil que pensemos um pouco em quem viu que o Senhor era com José.

Potifar era um pagão, certamente idólatra, pois era um egípcio. Não tinha o temor do verdadeiro Deus, mas até um pagão percebeu que aquele jovem era diferente. Dentre todos os escravos, José se destacava moralmente e quando Potifar precisou de alguém de confiança para administrar sua casa, foi o jovem diferente que ele buscou.

Por mais que o mundo critique o cristão, sempre que precisam de pessoas confiáveis os procuram. Portanto, não devemos ter vergonha ou medo de sermos diferentes. Os jovens devem mostrar a diferença de ter Cristo na vida ao estudarem, trabalharem, namorarem ou fazerem qualquer outra atividade. As pessoas devem “ver” Cristo em nós.

Precisamos lembrar que para aqueles que não conhecem a Cristo, nós somos “Cristo”.

QUE TIPO DE “CRISTO” TEMOS SIDO?
O que as pessoas estão vendo em nós?

Ø  Quando andamos na nossa vizinhança,
Ø  Quando estamos na faculdade,
Ø  Quando estamos no trabalho,

O que as pessoas dizem ao nosso respeito?

José ascendeu no trabalho, virou mordomo de Potifar, porque nele se via a Cristo. Deus abençoou Potifar por causa de José. Deus abençoou um ímpio por causa de um jovem justo.

A Prova

A Bíblia diz que José era “Formoso de porte e de aparência”. Todo o período de escravidão não retirou de José o porte de um filho de Deus.

Não devemos permitir que as pancadas que levamos da vida nos façam perder a noção de quem somos. Somos príncipes, filhos do Rei do universo.

Todos perceberam que José era um jovem especial, inclusive a esposa de Potifar. Ela começou a encher a cabeça do jovem fiel de propostas indecentes de adultério e fornicação. Satanás lançou sobre José uma tentação que tem levado muitos jovens cristãos a se afastarem de Deus: a sexualidade ilícita.

§  O relato inspirado diz que todos os dias ela o importunava.

José era exatamente como qualquer outro jovem saudável. Possuía todos os hormônios e desejos que qualquer rapaz normal possui, fisicamente ele era igual a todos, mas espiritualmente tinha qualidades que o tornavam especial.

A resposta de José nos dá uma pista de quem ele era: “Mas ele recusou, e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe o que está comigo na sua casa, e entregou em minha mão tudo o que tem; ele não é maior do que eu nesta casa; e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto és sua mulher. Como, pois, posso eu cometer este grande mal, e pecar contra Deus?” (Gn. 39: 8-9).

Aquela era uma decisão que definiria toda a vida futura dele. Se observarmos bem a resposta, perceberemos que a preocupação de José não estava em não desagradar homens, ele preocupava-se de verdade em não desagradar a Deus.

Assim deve ser a vida de cada cristão. Em todas as nossas decisões devemos ter a preocupação de agradar primeiramente a Deus e, se possível, agradarmos também aos homens.

José possuía outra coisa que nos seria muito útil: a noção perene da presença de Deus. Se acalentássemos uma impressão habitual de que Deus vê e ouve tudo que fazemos e dizemos, e conserva um registro fiel de nossas palavras e ações, e de que devemos deparar tudo isto, teríamos receio de pecar.

Quão bom seria se ao resistirmos à tentação pela primeira vez ela nos abandonasse, mas a tentação insiste, e a mulher insistia com José todos os dias. Um dia ela o agarrou arrancou sua roupa e ele fugiu, saiu correndo da presença da mulher.

José era fraco ou forte? Ele era fraco e tinha total noção de sua fraqueza. Sabia que se ficasse mais alguns momentos ali corria o sério risco de cair.

Nós também precisamos ter a consciência de que somos muito fracos em relação ao pecado. Dessa forma faremos o possível para sempre andar longe dele e apegados ao único que tem força contra a tentação: Jesus cristo.

Preciosas Lições

Todos os dias somos tentados como José.

Talvez não com a mesma modalidade de tentação, mas certamente com a mesma intensidade. O inimigo não desiste de nos vencer. Constantemente inventa novos métodos para nos derrubar. Fabrica tentações personalizadas com as quais tenta nos tirar dos braços de Jesus.

Sempre me perguntava por que a história da vida de José começava a ser contada no capítulo 37 de gênesis era interrompida pela história de Judá e Tamar no capítulo 38 e era retomada no capítulo 39. Se formos atentos, perceberemos que no capítulo 38 temos uma história de um homem que foi derrotado espiritualmente pelo pecado sexual e no capítulo 39 temos a vitória de um jovem sobre o mesmo tipo de pecado. Deus queria estabelecer uma comparação entre as duas histórias.

Judá não tinha algo que abundava na vida de José: comunhão com Deus. Na frase “O Senhor era com José” estão contidas as bases da força espiritual dele.

Estudo da Bíblia e oração.

É somente assim que o Senhor pode ser conosco.

Não existe mágica para nos aproximarmos de Deus.

É caminhando com Ele cada dia, tendo momentos de íntima comunhão que conseguiremos ter a força que estava em José.

Deus quer nos dar as vitórias que deu aos heróis da fé, porém há uma parte que cabe a nós.

Este é o momento de nos aproximarmos de Deus e sermos fortes em Seu nome.